Identificação da Experiência

Prevenção da COVID-19: a televigilância dos idosos na atenção primária em saúde.

Ano da experiência : 
2020
Região da Prática: 
Nordeste
Município: 
NATAL/RN
Instituição Responsável: 
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Departamento de Saúde Coletiva.
Parceiros: 
Secretaria Municipal de Saúde de Natal-RN - local onde se deu a experiência, ou seja nas Unidades de Saúde da Família e cedeu os profissionais de saúde como preceptores. Universidade Potiguar (UnP), Centro Universitário Facex (UNIFACEX) - cedeu estudante
Coordenação da experiência: 
Maria Angela Fernandes Ferreira.
Telefone institucional: 
(84) 3215-41004
Email da coordenação: 
mangelaf50@gmail.com

Esfera, eixo e categoria

Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
Eixo temático: 
Experiência relacionadas à pandemia de COVID-19
Categoria da experiência relacionada à Covid-19: 
Prevenção e manejo da COVID-19

Justificativa

Explique as razões ou acontecimentos que levaram ao planejamento da iniciativa.
O que motivou a realização dessa experiência?: 
Visando minimizar ou impedir a transmissão da COVID-19, foi priorizado o distanciamento social, regras de higiene, bem como o uso adequado de máscaras e Equipamentos de Proteção Individual, sendo a educação em saúde fundamental para este processo. Além do grupo de pessoas com comorbidades, os idosos foram enquadrados como público vulnerável às manifestações clínicas mais graves da COVID-19, o que os caracteriza como grupo de risco para a doença. Isso se justifica por esses indivíduos representarem um percentual da população com maior prevalência às doenças cardiovasculares, respiratórias, doenças crônicas, obesidade, câncer, diabetes, dentre outros. Somado a isso, tem a questão da vulnerabilidade social, na qual muitos idosos desconhecem os impactos que essa doença pode lhes causar, seja pela falta de informação ou, até mesmo, pelas condições socioeconômicas e de moradia. Assim, idosos que habitualmente residem sozinhos, tendem a se encontrarem em situações desfavoráveis de apoio social, sobretudo no que diz respeito à assistência à saúde. Para mais, é um público cujo acesso à informação é diretamente proporcional ao tipo de núcleo familiar ao qual ele esteja inserido, ou seja, quanto maior a instrução familiar, maior será o acesso à informação e conhecimento acerca das medidas de biossegurança contra o coronavírus. Essa falta de assistência foi diretamente relacionada a uma maior hospitalização dos idosos em comparação às demais faixas etárias. Nesse contexto, durante a pandemia da COVID-19, alguns profissionais de saúde fizeram uso de ferramentas de tecnologia para promover maior assistência à saúde das pessoas, sobretudo daqueles pertencentes ao grupo de risco. Estudos têm mostrado os benefícios do uso dessas ferramentas de telemonitoramento a pacientes em situações de moradia com difícil acesso, bem como àqueles menos favorecidos de assistência médica, os quais possibilitaram um maior acesso à informação, promoção e prevenção à saúde da população em geral. Em razão disso, e diante da relevância de se evitar a exposição ao coronavírus, fez-se uma ação de extensão que integrou Instituições de Ensino Superior com o Sistema Único de Saúde - SUS, foi pensada de modo a utilizar as tecnologias de informação para uma ação que pudesse impactar positivamente na saúde e segurança da pessoa idosa do município de Natal, Rio Grande do Norte. Nesse sentido, através de contatos telefônicos, foi realizado o monitoramento de idosos usuários das Unidades básicas de saúde, no que se refere ao seu estado de saúde geral, além de orientações acerca dos autocuidados e prevenção da COVID. As demandas de assistência médica desses idosos eram imediatamente encaminhadas às equipes de saúde das suas respectivas unidades e uma resposta rápida era obtida. Dessa forma, evitava-se a ida desnecessária dessa população aos serviços de saúde. Importante ressaltar que esse projeto só foi possível graças a parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e demais universidades de ensino superior (UNP, UNIFACEX, dentre outras) que disponibilizaram seus alunos para realizarem o serviço de televigilância, e as equipes de saúde da rede básica da Secretaria Municipal de Saúde de Natal/RN.

Objetivos

Detalhe os objetivos da proposta, o que se esperava alcançar.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
Monitorar, através da Televigilância, a pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia da COVID-19 município de Natal/RN. Objetivos específicos: Verificar o perfil biopsicossocial dos idosos adscritos às unidades de saúde do Município de Natal-RN e acompanhados pelo projeto “Prevenção da COVID-19: a televigilância dos idosos na atenção primária em saúde”. Avaliar as principais demandas dos idosos monitorados pelo serviço de televigilância durante a pandemia de COVID-19; Analisar as respostas das equipes de saúde diante das necessidades dos idosos monitorados pelo serviço de televigilância; Avaliar a satisfação dos idosos, televigilantes, preceptores e tutores sobre o serviço de televigilância.

Metas

Detalhe as metas estabelecidas para o funcionamento da prática. Exemplo: META 1: distribuir 1000 exemplares de material didático sobre prevenção de quedas. META 2: diminuir as internações por quedas entre idosos em n%.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Alcançar 100% das pessoas idosas através da Televigilância nas áreas da ESF no município de Natal/RN;
Conhecer as principais vulnerabilidades e suprir as principais demandas das pessoas idosas em isolamento social durante a pandemia da COVID-19;
Repassar informações sobre o autocuidado e prevenção da COVID-19 em 100% dos idosos da Televigilância na APS;
Contribuir para minimizar o sofrimento e a solidão dos idosos durante a pandemia da COVID-19 nas áreas adscritas da APS.

Abrangência

Onde foi desenvolvida?: 
Distritos sanitários de saúde da cidade de Natal?RN
Esta experiência já participou de alguma edição de seleção anterior?: 
Não

Público-alvo

Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Idosos em situação de vulnerabilidade, adscritos às Unidades de Saúde da Família.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Através de redes sociais, como o Instagram (https://www.instagram.com/televigilanciadosidosos/); nas redes sociais e sites das instituições de ensino superior de Natal-RN; sites de notícias da UFRN; e nos distritos sanitários através de reuniões com gesto
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Através de listagens obtidas com os agentes comunitários de saúde das Unidades de Saúde da Família que aceitaram se vincular ao projeto.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
3000
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
Por ano, cerca de 600 idosos.
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
1348
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
Desistência, em virtude da falta de interesse em receber as ligações de monitoramento e responder aos questionamentos feitos pela equipe do projeto, como também alguns idosos não tem aparelho celular ficando na dependência de algum parente, além da dificuldade da audição e de falta de internet.

Implementação

Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
Durante a pandemia da COVID-19, especialmente no que se refere aos indivíduos do grupo de risco da doença, tais como idosos, a telessaúde pode fornecer subsídios para um adequado monitoramento de saúde e cuidados de rotina, sem o risco de exposição em hospitais, clínicas e estabelecimentos diversos de saúde potencialmente congestionados. Diante desse cenário pandêmico, além da necessidade de monitorar a saúde de grupos mais suscetíveis à doença, a superlotação dos sistemas de saúde tem sobrecarregado os profissionais de saúde. Nesse contexto, iniciativas que atuem visando auxiliar o trabalho dos profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) são importantes e a integração ensino-serviço entre universidades públicas e o Sistema Único de Saúde (SUS) assume relevância na materialização das mesmas. Portanto, em abril de 2020 teve início o projeto “Prevenção da COVID-19: a Televigilância dos idosos na atenção primária em saúde”, uma parceria da UFRN, SMS de Natal e universidades privadas. Teve como objetivo o monitoramento e vigilância das pessoas idosas através do sistema remoto. Os idosos foram classificados quanto a sua vulnerabilidade, escala epidemiológica e risco para COVID-19. O projeto contou com alunos, os televigilantes; professores e profissionais de saúde. Como principais resultados, verificou-se que a maior parte dos idosos era do sexo feminino (63,65%), com média de 70 anos, morava acompanhado (81,82%), esteve assintomática (77,0%), possuía comorbidades (81,45%) e dependia de medicações de uso contínuo (81,90%). Os sintomáticos diminuíram ao longo dos três momentos avaliados e menos de 1% foi a óbito. A televigilância contribuiu com a longitudinalidade do cuidado, propiciando a busca ativa contínua de idosos sintomáticos e fortalecendo as atividades das Unidades de Saúde.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
ouco engajamento dos profissionais de algumas unidades de saúde, dificuldade em adquirir voluntários que permanecessem em contato com os idosos continuamente (a desistência dos alunos voluntários ocorria com frequência, então o vínculo ficava comprometido).

Resultados

Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
Na presente experiência, a maioria dos idosos não apresentavam sintomas e, mesmo os que referiram alguma sintomatologia, não obtiveram acesso à testagem para confirmação da COVID-19. No entanto, havia uma forte possibilidade desses idosos sintomáticos possuírem a doença, tendo em vista o momento de pandemia que nos encontrávamos. A ausência de testagem foi uma constante no período inicial da pandemia e esta foi uma grande limitação. No que se refere ao comportamento dos idosos, foi observado que os cuidados preventivos adotados protegeram-os de desenvolverem sintomatologia gripal. Ficaram menos vulneráveis aqueles que relataram não sair de casa durante a pandemia e que não receberam visitas em suas residências. Já os que conviveram com familiares sintomáticos estiveram mais susceptíveis a desenvolverem a sintomatologia da COVID-19. Grande parte da população avaliada apresentava vulnerabilidade financeira ou alimentar e, muito provavelmente, por causa dessa situação, a maioria dos familiares (90%) precisaram sair para o trabalho. Nesse contexto social, a constatação de que poucos idosos moravam sozinhos, apenas 18,18%, é compreensível a associação entre a convivência com sintomáticos em casa e a sintomatologia em idosos.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Devido as limitações descritas atingimos 50% da meta proposta .
tendo em vista a ordenação do risco a partir do sistema de pontuações e escores que propiciaram a priorização da atenção àqueles idosos em situação de maior vulnerabilidade, algumas ações do projeto certamente contribuíram para os os dados encontrados. D
A diminuição das médias dos escores de vulnerabilidade constitui um achado positivo, provavelmente em função dos cuidados individuais e da equipe da televigilância, que reforçaram orientações de prevenção da doença por telefone e apoiaram as demandas dos
Foi observado que a maioria dos idosos acompanhados desevolveram vinculos com os televigilantes e afirmavam se sentir menos sozinhos com as ligações recebidasn
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Durante o período de seguimento do estudo foi possível monitorar 1.348 idosos. Nessa amostra, prevaleceram as mulheres (63,65%), com média de idade de 70,43 anos, que moram acompanhadas (81,82%), possuem comorbidades (81,45%), utilizam medicações de uso contínuo (81,90%) e não tiveram contato com casos confirmados de COVID-19 (96,29%) (Tabela 1). Quanto à sintomatologia da COVID-19, 77% dos idosos e aproximadamente 90% de seus familiares não apresentaram sintomatologia da doença. Para os 310 idosos que se encontravam sintomáticos (23%), a maioria apresentava mais de dois sintomas (11,5%). Menos de 1% da amostra foi a óbito. Dentre os sintomáticos, foi observado uma maior proporção de idosos com comorbidades, que utilizavam medicações de uso contínuo e que conviveram com familiares sintomáticos. No que se refere ao comportamento desses idosos, 97,77% deles relataram fazer higiene frequente das mãos com sabão ou álcool (97,77%), 57,3% não compartilhava utensílios com seus familiares em casa, 53% relataram não sair de casa durante a pandemia e 63,1% não receber visitas em suas residências. Mais de 80% residiam com familiares (81,82%) e quase a totalidade desses familiares (90%) saíam de casa para trabalhar. Observou-se redução gradual das médias dos escores de vulnerabilidade (p<0,05), sendo de aproximadamente 67 no Tempo 1 (T1), 57 no T2 e 40 no T3. Também houve redução significativa (p<0,05) da sintomatologia gripal e do risco de contrair COVID-19 nos períodos T1, T2 e T3.
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
Sim. A equipe era composta por televigilantes, preceptores e tutores, que monitoravam os dados coletados durante as ligações telefônicas a cada semestre através de planilhas google, análises em softwares como PSS Statistics, e também através de reuniões d
Quais os pontos positivos da experiência?: 
As vivências do projeto sugerem que hábitos individuais de prevenção à COVID-19, bem como as medidas de isolamento, foram essenciais para uma menor prevalência da doença na população acompanhada pelo projeto. Da mesma forma, a televigilância remota e contínua ao longo do tempo foi essencial para a redução do risco de adoecimento de COVID-19. Importante ainda ressaltar o apoio da equipe de saúde e televigilantes sempre que foram demandados pelos idosos e seus familiares. Com a manutenção do vínculo nesse momento de isolamento manteve-se um dos atributos essenciais da atenção básica que é a longitudinalidade do cuidado. Nesse sentido, a integração entre ensino-serviço, além de realizar a educação em saúde, a busca ativa de idosos sintomáticos para COVID-19 e a detecção precoce dos sintomas gripais, contribuiu com a manutenção das atividades das Unidades de Saúde nos momentos de alta demanda a partir da priorização da atenção. Permitiu ainda um maior contato de estudantes da área da saúde com a realidade da Atenção Primária à Saúde do município, com o propósito de formar profissionais mais capacitados para atuar no nível primário de atenção.
Quais as limitações da experiência?: 
Podemos considerar as limitações do ponto de vista de vários atores; do que concerne aos televigilantes, os alunos, alguns estavam concluindo a graduação e acabavam se desligando do projeto, outros ficavam com diversas disciplinas, não apresentando mais tempo de seguir como televigilante, e outros iam para o interior do Estado em locais longínquos que muitas vezes havia dificuldade para conectar-se na internet. No que se refere aos preceptores, alguns também devido a inúmeras demandas da APS desistiram durante o percurso, outros demoravam a responder às demandas, dificultando o andamento das ações. E do ponto de vista dos idosos, alguns como dito anteriormente tinham dificuldade em receber ligações por não serem dono dos aparelhos telefônicos, alguns haviam dificuldade de audição e com tecnologias de modo geral.
2020
-
Nordeste
Prevenção da COVID-19: a televigilância dos idosos na atenção primária em saúde.
Introdução
Visando minimizar ou impedir a transmissão da COVID-19, foi priorizado o distanciamento social, regras de higiene, bem como o uso adequado de máscaras e Equipamentos de Proteção Individual, sendo a educação em saúde fundamental para este processo. Além do grupo de pessoas com comorbidades, os idosos foram enquadrados como público vulnerável às manifestações clínicas mais graves da COVID-19, o que os caracteriza como grupo de risco para a doença. Isso se justifica por esses indivíduos representarem um percentual da população com maior prevalência às doenças cardiovasculares, respiratórias, doenças crônicas, obesidade, câncer, diabetes, dentre outros. Somado a isso, tem a questão da vulnerabilidade social, na qual muitos idosos desconhecem os impactos que essa doença pode lhes causar, seja pela falta de informação ou, até mesmo, pelas condições socioeconômicas e de moradia. Assim, idosos que habitualmente residem sozinhos, tendem a se encontrarem em situações desfavoráveis de apoio social, sobretudo no que diz respeito à assistência à saúde. Para mais, é um público cujo acesso à informação é diretamente proporcional ao tipo de núcleo familiar ao qual ele esteja inserido, ou seja, quanto maior a instrução familiar, maior será o acesso à informação e conhecimento acerca das medidas de biossegurança contra o coronavírus. Essa falta de assistência foi diretamente relacionada a uma maior hospitalização dos idosos em comparação às demais faixas etárias. Nesse contexto, durante a pandemia da COVID-19, alguns profissionais de saúde fizeram uso de ferramentas de tecnologia para promover maior assistência à saúde das pessoas, sobretudo daqueles pertencentes ao grupo de risco. Estudos têm mostrado os benefícios do uso dessas ferramentas de telemonitoramento a pacientes em situações de moradia com difícil acesso, bem como àqueles menos favorecidos de assistência médica, os quais possibilitaram um maior acesso à informação, promoção e prevenção à saúde da população em geral. Em razão disso, e diante da relevância de se evitar a exposição ao coronavírus, fez-se uma ação de extensão que integrou Instituições de Ensino Superior com o Sistema Único de Saúde - SUS, foi pensada de modo a utilizar as tecnologias de informação para uma ação que pudesse impactar positivamente na saúde e segurança da pessoa idosa do município de Natal, Rio Grande do Norte. Nesse sentido, através de contatos telefônicos, foi realizado o monitoramento de idosos usuários das Unidades básicas de saúde, no que se refere ao seu estado de saúde geral, além de orientações acerca dos autocuidados e prevenção da COVID. As demandas de assistência médica desses idosos eram imediatamente encaminhadas às equipes de saúde das suas respectivas unidades e uma resposta rápida era obtida. Dessa forma, evitava-se a ida desnecessária dessa população aos serviços de saúde. Importante ressaltar que esse projeto só foi possível graças a parceria entre a Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e demais universidades de ensino superior (UNP, UNIFACEX, dentre outras) que disponibilizaram seus alunos para realizarem o serviço de televigilância, e as equipes de saúde da rede básica da Secretaria Municipal de Saúde de Natal/RN.
Objetivos
Monitorar, através da Televigilância, a pessoa idosa na Atenção Primária à Saúde durante a pandemia da COVID-19 município de Natal/RN. Objetivos específicos: Verificar o perfil biopsicossocial dos idosos adscritos às unidades de saúde do Município de Natal-RN e acompanhados pelo projeto “Prevenção da COVID-19: a televigilância dos idosos na atenção primária em saúde”. Avaliar as principais demandas dos idosos monitorados pelo serviço de televigilância durante a pandemia de COVID-19; Analisar as respostas das equipes de saúde diante das necessidades dos idosos monitorados pelo serviço de televigilância; Avaliar a satisfação dos idosos, televigilantes, preceptores e tutores sobre o serviço de televigilância.
Metas
  1. Alcançar 100% das pessoas idosas através da Televigilância nas áreas da ESF no município de Natal/RN;
  2. Conhecer as principais vulnerabilidades e suprir as principais demandas das pessoas idosas em isolamento social durante a pandemia da COVID-19;
  3. Repassar informações sobre o autocuidado e prevenção da COVID-19 em 100% dos idosos da Televigilância na APS;
  4. Contribuir para minimizar o sofrimento e a solidão dos idosos durante a pandemia da COVID-19 nas áreas adscritas da APS.
Público alvo
Idosos em situação de vulnerabilidade, adscritos às Unidades de Saúde da Família.
Divulgação
Através de redes sociais, como o Instagram (https://www.instagram.com/televigilanciadosidosos/); nas redes sociais e sites das instituições de ensino superior de Natal-RN; sites de notícias da UFRN; e nos distritos sanitários através de reuniões com gesto
Número de participantes
1348
Atividades
Durante a pandemia da COVID-19, especialmente no que se refere aos indivíduos do grupo de risco da doença, tais como idosos, a telessaúde pode fornecer subsídios para um adequado monitoramento de saúde e cuidados de rotina, sem o risco de exposição em hospitais, clínicas e estabelecimentos diversos de saúde potencialmente congestionados. Diante desse cenário pandêmico, além da necessidade de monitorar a saúde de grupos mais suscetíveis à doença, a superlotação dos sistemas de saúde tem sobrecarregado os profissionais de saúde. Nesse contexto, iniciativas que atuem visando auxiliar o trabalho dos profissionais da Atenção Primária em Saúde (APS) são importantes e a integração ensino-serviço entre universidades públicas e o Sistema Único de Saúde (SUS) assume relevância na materialização das mesmas. Portanto, em abril de 2020 teve início o projeto “Prevenção da COVID-19: a Televigilância dos idosos na atenção primária em saúde”, uma parceria da UFRN, SMS de Natal e universidades privadas. Teve como objetivo o monitoramento e vigilância das pessoas idosas através do sistema remoto. Os idosos foram classificados quanto a sua vulnerabilidade, escala epidemiológica e risco para COVID-19. O projeto contou com alunos, os televigilantes; professores e profissionais de saúde. Como principais resultados, verificou-se que a maior parte dos idosos era do sexo feminino (63,65%), com média de 70 anos, morava acompanhado (81,82%), esteve assintomática (77,0%), possuía comorbidades (81,45%) e dependia de medicações de uso contínuo (81,90%). Os sintomáticos diminuíram ao longo dos três momentos avaliados e menos de 1% foi a óbito. A televigilância contribuiu com a longitudinalidade do cuidado, propiciando a busca ativa contínua de idosos sintomáticos e fortalecendo as atividades das Unidades de Saúde.
Resultados
Na presente experiência, a maioria dos idosos não apresentavam sintomas e, mesmo os que referiram alguma sintomatologia, não obtiveram acesso à testagem para confirmação da COVID-19. No entanto, havia uma forte possibilidade desses idosos sintomáticos possuírem a doença, tendo em vista o momento de pandemia que nos encontrávamos. A ausência de testagem foi uma constante no período inicial da pandemia e esta foi uma grande limitação. No que se refere ao comportamento dos idosos, foi observado que os cuidados preventivos adotados protegeram-os de desenvolverem sintomatologia gripal. Ficaram menos vulneráveis aqueles que relataram não sair de casa durante a pandemia e que não receberam visitas em suas residências. Já os que conviveram com familiares sintomáticos estiveram mais susceptíveis a desenvolverem a sintomatologia da COVID-19. Grande parte da população avaliada apresentava vulnerabilidade financeira ou alimentar e, muito provavelmente, por causa dessa situação, a maioria dos familiares (90%) precisaram sair para o trabalho. Nesse contexto social, a constatação de que poucos idosos moravam sozinhos, apenas 18,18%, é compreensível a associação entre a convivência com sintomáticos em casa e a sintomatologia em idosos.

Ficha técnica

Município:
NATAL/RN
Instituição Responsável:
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO GRANDE DO NORTE (UFRN) - Departamento de Saúde Coletiva.
Coordenação da experiência:
Maria Angela Fernandes Ferreira.
Email da coordenação:
mangelaf50@gmail.com
Telefone institucional:
(84) 3215-41004
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Prevenção e manejo da COVID-19
Parceiros:
Secretaria Municipal de Saúde de Natal-RN - local onde se deu a experiência, ou seja nas Unidades de Saúde da Família e cedeu os profissionais de saúde como preceptores. Universidade Potiguar (UnP), Centro Universitário Facex (UNIFACEX) - cedeu estudante
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Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br