Identificação da Experiência

Tintura da Erva Baleeira (Cordia verbenacea) como recurso terapêutico adjuvante no controle da dor crônica na atenção primaria

Ano da experiência : 
2021
Região da Prática: 
Sul
Município: 
Municipal de Florianópolis – SC
Instituição Responsável: 
Prefeitura Municipal de Florianópolis – SC: Secretária de Saúde
Coordenação da experiência: 
Luis Rafaeli Coutinho
Telefone institucional: 
(48) 3248-04514
Email da coordenação: 
luisrafaelli29@gmail.com

Esfera, eixo e categoria

Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência: 
Reabilitação da pessoa idosa
Eixo temático: 
Experiência em gestão da atenção básica no campo do envelhecimento

Justificativa

Explique as razões ou acontecimentos que levaram ao planejamento da iniciativa.
O que motivou a realização dessa experiência?: 
Utilização das plantas medicinais na promoção da saúde é uma pratica milenar, com a implementação da política de práticas integrativas e complementares no sistema único de saúde, a fitoterapia passa a desempenhar um papel importante na manutenção da saúde dos usuários não apenas como uma terapêutica adjuvante, mas por ser parte das crenças e valores enraizados na cultura popular brasileira (Antonio et al, 2013). Na atenção primária, em razão do alto índice de pacientes com dores musculoesqueléticas encaminhados ao serviço de fisioterapia, bem como da escassez de recursos terapêuticos para o manejo desses pacientes, a terapêutica fitoterápica constitui-se como uma prática integrativa útil, por ser de baixo custo, boa aceitabilidade, sem contraindicação absoluta e acesso fácil (Goncalves et al, 2022). Originária do Brasil, a erva-baleeira é uma planta medicinal arbustiva, amplamente distribuída no Brasil. Tradicionalmente usada na medicina popular dos caiçaras brasileiros como cicatrizante e, principalmente, como anti-inflamatório natural no tratamento de artrites, contusões, dor muscular, reumatismo etc.. (Miller & Gottschling, 2007; Sertié et al., 2005). Devido à ampla distribuição geográfica da erva-baleeira e de seu uso terapêutico pela medicina popular, diversos outros nomes são também utilizados para ela: camarinha, camarona, balieira-cambará, erva-preta, catinga-preta, salicina, pimenteira, catinga-de-barão, mariamilagrosa, maria-preta, camaroneira-do-brejo. Porém, o nome mais utilizado é mesmo erva-baleeira, o qual é apontado como sendo dado por nativos de Santa Catarina, que atuavam como caçadores de baleia e utilizavam a espécie para cura de ferimentos relacionados à atividade (Lorenzi; Matos, 2008).

Objetivos

Detalhe os objetivos da proposta, o que se esperava alcançar.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
Proporcionar aos pacientes idosos um recurso adicional e disponíveis no tratamento de dores crônicas. Fortalecimento do conhecimento e a cultura da comunidade quanto ao uso de fitoterápicos e plantas medicinais. Implementar a prática integrativa na prevenção de agravos e da promoção e saúde, com ênfase no cuidado continuado, humanizado, integral, promovendo o acesso ampliado, seguro ao uso racional das plantas medicinais.

Metas

Detalhe as metas estabelecidas para o funcionamento da prática. Exemplo: META 1: distribuir 1000 exemplares de material didático sobre prevenção de quedas. META 2: diminuir as internações por quedas entre idosos em n%.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Distribuir tintura de erva baleeira e material didático sobre a produção e utilização
Adicionar um recurso terapêutico complementar no controle da dor crônica em idosos

Abrangência

Onde foi desenvolvida?: 
A experiência é desenvolvida é desenvolvida na Atenção Primária das Unidades Básicas de Saúde da Prefeitura Municipal de Florianópolis – SC. Distrito Sanitário Continente: Centro de Saúde Coqueiro, Centro de Saúde Vila Aparecida, Centro de Saúde Abraão, Centro de Saúde Novo Continente e Centro de Saúde Capoeiras.
Esta experiência já participou de alguma edição de seleção anterior?: 
Não

Público-alvo

Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Idosos residentes na comunidade dos referidos Centros de Saúde com 60 anos ou mais, atendidos nos centros de saúde do município de Florianópolis com queixas de dor crônica musculoesquelética.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Divulgado durante a consulta Médica e Fisioterapêutica, Equipe de Estratégia de Saúde da Família e Grupos de Atividades Coletivas
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Por conveniência durante a consulta Fisioterapêutica, Equipe de Estratégia de Saúde da Família e Grupos de Atividades Coletivas.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
50
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
45 idosos
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
28

Implementação

Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
Realizaram-se entregas periódicas de solução de erva-baleeira aos idosos com histórico de dor crônica musculoesquelética durante a avaliação fisioterapêutica e por intermédio da equipe da estratégia de saúde da família, como forma complementar ao tratamento tradicional, proporcionando o cuidado continuado, humanizado e integral. Visto que, a terapêutica fitoterápica apresenta-se como uma prática integrativa útil, por ser de baixo custo, boa aceitabilidade, sem contraindicação absoluta e acesso fácil.

Resultados

Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
O uso da fitoterapia promoveu o estreitamento do vínculo cultural dos usuários, permitiu reconhecer as peculiaridades dos grupos sociais bem como a compreender as diferentes necessidades acerca do processo saúde-doença. Assim, o uso da Prática Integrativa e Complementar em Saúde (PIC) como terapêutica potencializadora do cuidado desempenhou um papel importante e pode contribuir no tratamento de pacientes com dores crônicas.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Uumento do número de pacientes interessado na fitoterapia, além de adesão ao tratamento, os usuários buscam a unidade de saúde para ajudar os cuidados no horto comunitário da Unidade Básica de Saúde. O conhecimento adquirido foi replicado em casa
Houve uma redução das queixas álgicas dos pacientes que aderiram e deram continuidade ao tratamento proposto
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Participaram das práticas 20 mulheres e 8 homens, respectivamente 72% e 28% da, a idade média dos indivíduos variou de 67 anos para mulheres e 70 anos para homens. Todos participantes receberam no mínimo 3 atendimentos, os seguimentos corporais com maior relato de dor, foram Ombro, Joelho, Lombar, Cervical e Quadril. A prática foi percebida como benéfica pelos pacientes e com potencial para contribuir no enfrentamento da redução da dor crônica e melhora da situação física.
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
Semanal
2021
-
Sul
Tintura da Erva Baleeira (Cordia verbenacea) como recurso terapêutico adjuvante no controle da dor crônica na atenção primaria
Introdução
Utilização das plantas medicinais na promoção da saúde é uma pratica milenar, com a implementação da política de práticas integrativas e complementares no sistema único de saúde, a fitoterapia passa a desempenhar um papel importante na manutenção da saúde dos usuários não apenas como uma terapêutica adjuvante, mas por ser parte das crenças e valores enraizados na cultura popular brasileira (Antonio et al, 2013). Na atenção primária, em razão do alto índice de pacientes com dores musculoesqueléticas encaminhados ao serviço de fisioterapia, bem como da escassez de recursos terapêuticos para o manejo desses pacientes, a terapêutica fitoterápica constitui-se como uma prática integrativa útil, por ser de baixo custo, boa aceitabilidade, sem contraindicação absoluta e acesso fácil (Goncalves et al, 2022). Originária do Brasil, a erva-baleeira é uma planta medicinal arbustiva, amplamente distribuída no Brasil. Tradicionalmente usada na medicina popular dos caiçaras brasileiros como cicatrizante e, principalmente, como anti-inflamatório natural no tratamento de artrites, contusões, dor muscular, reumatismo etc.. (Miller & Gottschling, 2007; Sertié et al., 2005). Devido à ampla distribuição geográfica da erva-baleeira e de seu uso terapêutico pela medicina popular, diversos outros nomes são também utilizados para ela: camarinha, camarona, balieira-cambará, erva-preta, catinga-preta, salicina, pimenteira, catinga-de-barão, mariamilagrosa, maria-preta, camaroneira-do-brejo. Porém, o nome mais utilizado é mesmo erva-baleeira, o qual é apontado como sendo dado por nativos de Santa Catarina, que atuavam como caçadores de baleia e utilizavam a espécie para cura de ferimentos relacionados à atividade (Lorenzi; Matos, 2008).
Objetivos
Proporcionar aos pacientes idosos um recurso adicional e disponíveis no tratamento de dores crônicas. Fortalecimento do conhecimento e a cultura da comunidade quanto ao uso de fitoterápicos e plantas medicinais. Implementar a prática integrativa na prevenção de agravos e da promoção e saúde, com ênfase no cuidado continuado, humanizado, integral, promovendo o acesso ampliado, seguro ao uso racional das plantas medicinais.
Metas
  1. Distribuir tintura de erva baleeira e material didático sobre a produção e utilização
  2. Adicionar um recurso terapêutico complementar no controle da dor crônica em idosos
Público alvo
Idosos residentes na comunidade dos referidos Centros de Saúde com 60 anos ou mais, atendidos nos centros de saúde do município de Florianópolis com queixas de dor crônica musculoesquelética.
Divulgação
Divulgado durante a consulta Médica e Fisioterapêutica, Equipe de Estratégia de Saúde da Família e Grupos de Atividades Coletivas
Número de participantes
28
Atividades
Realizaram-se entregas periódicas de solução de erva-baleeira aos idosos com histórico de dor crônica musculoesquelética durante a avaliação fisioterapêutica e por intermédio da equipe da estratégia de saúde da família, como forma complementar ao tratamento tradicional, proporcionando o cuidado continuado, humanizado e integral. Visto que, a terapêutica fitoterápica apresenta-se como uma prática integrativa útil, por ser de baixo custo, boa aceitabilidade, sem contraindicação absoluta e acesso fácil.
Resultados
O uso da fitoterapia promoveu o estreitamento do vínculo cultural dos usuários, permitiu reconhecer as peculiaridades dos grupos sociais bem como a compreender as diferentes necessidades acerca do processo saúde-doença. Assim, o uso da Prática Integrativa e Complementar em Saúde (PIC) como terapêutica potencializadora do cuidado desempenhou um papel importante e pode contribuir no tratamento de pacientes com dores crônicas.

Ficha técnica

Município:
Municipal de Florianópolis – SC
Instituição Responsável:
Prefeitura Municipal de Florianópolis – SC: Secretária de Saúde
Coordenação da experiência:
Luis Rafaeli Coutinho
Email da coordenação:
luisrafaelli29@gmail.com
Telefone institucional:
(48) 3248-04514
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Reabilitação da pessoa idosa
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Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br