Identificação da Experiência

Co-gestão como ferramenta para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de COVID-19

Ano da experiência : 
2021
Região da Prática: 
Sul
Município: 
Curitiba
Instituição Responsável: 
Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA) / Fundação Estatal de Atenção a Saúde (FEAS)
Parceiros: 
Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
Coordenação da experiência: 
Clovis Cechinel
Telefone institucional: 
(41) 3316-5947
Email da coordenação: 
ccechinel@feaes.curitiba.pr.gov.br

Esfera, eixo e categoria

Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
Eixo temático: 
Experiência relacionadas à pandemia de COVID-19
Categoria da experiência relacionada à Covid-19: 
Identificação, acompanhamento e tratamento dos casos de COVID-19 em idosos

Justificativa

Explique as razões ou acontecimentos que levaram ao planejamento da iniciativa.
O que motivou a realização dessa experiência?: 
Considerando o Decreto Municipal n.º 421, de 16 de março de 2020, que declara Situação de Emergência em Salde Publica no Município de Curitiba; Considerando o Decreto Municipal n.º 478, de 31 de marco de 2020, que declara Situação de Emergência no Município de Curitiba, Considerando que o Plano de Contingência é um instrumento gerencial que padroniza, organiza as ações necessárias para o controle e combate de ocorrências que colocam em risco o funcionamento diário do serviço de saúde. Visando minimizar agravos do Coronavírus SARS-COV-2 por meio de ações de organização, prevenção e controle de infeção, controle de estoques e insumos essências para o manejo de pacientes graves no enfrentamento a COVID-19; Considerando o Memorando LMS 59/2021, que tange as dificuldades logísticas para recebimento de insumos Siemens para a realização dos exames de gasometria; Considerando o panorama nacional que sinalizava sobrecarga do sistema de saúde com déficit de leitos de internamento e de UTI; Considerando as Recomendações da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência, SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) de alocação de recursos em esgotamento durante a pandemia por COVID-19 Considerando o Memorando n.003/2021 da Farmácia do Hiza em relação aos estoques atuais de bloqueadores neuromusculares e as ordens de compras pendentes teriam quantidade suficiente para suprir a demanda interna até o dia 26/03/2021, caso estas medicações não sejam disponibilizadas a mais estruturas da Feas. Considerando, portanto a escassez atual de insumos e medicamentos a nível nacional, assim como, de leitos críticos. Urge a necessidade de um pensar multidisciplinar de modo transdisciplinar, estabelecendo-se um Comitê técnico que utilizou a Co-gestão como ferramenta para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de COVID-19.

Objetivos

Detalhe os objetivos da proposta, o que se esperava alcançar.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
Descrever as ações do Comitê técnico para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de Covid-19 no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns e da Rede de Atenção a Saúde de Curitiba. Estabelecer critérios definidos para triagem durante a pandemia, caso houvesse a necessidade.

Metas

Detalhe as metas estabelecidas para o funcionamento da prática. Exemplo: META 1: distribuir 1000 exemplares de material didático sobre prevenção de quedas. META 2: diminuir as internações por quedas entre idosos em n%.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Aplicação de instrumento de triagem para encaminhamento dos idosos para as Unidades de terapia Intensiva
Garantir suporte de oxigenioterapia para 100% dos idosos internados
Avaliar rede de oxigênio da Unidade diariamente e de vacúo
disponibilizar materiais de orientação via aplicativo de mensagens, site institucional e documentos informativos da qualidade (Protocolo de sedação e analgesia, Prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos, protocolo de antimicrobianos

Abrangência

Onde foi desenvolvida?: 
Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA)
Esta experiência já participou de alguma edição de seleção anterior?: 
Não

Público-alvo

Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Idosos com COVID grave e necessidade de suplementação de oxigênio
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Uma das ações foi a educação dos profissionais e a substituição de medicamentos e insumos, que foram trabalhadas no site da Feas, através de protocolos de atendimento, fluxogramas para troca de medicamentos.
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Os idosos foram avaliados através da triagem realizada pelas UPAS e encaminhados de acordo com os scores definidos.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
2745
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
No ano em questão 2234 idosos receberam atendimento em nossas Unidades de Internação e 511 em nossas Unidades de Terapia Intensiva, totalizando 2745 idosos. Durante tal período a Unidade recebeu também pacientes com idade <60 anos
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
2745
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
As principais causas para saída do Programa são as que motivaram a saída do hospital, sendo os desfechos domicilio, transferências para Unidades hospitalares de maior complexidade, para hospitais de retaguarda, transferência para Serviço de Atendimento Domiciliar (SAD), transferência para equipe de oxigenioterapia do SAD e óbito.

Implementação

Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
Implantou-se um comitê técnico gestor a fim de discutir as dificuldades e as oportunidades de melhoria no processo de ampliação de leitos críticos dos antigos 20, para os 83 leitos no auge da pandemia. Esta situação trouxe a dificuldade de contratação de recursos humanos com expertise, levando a Instituição a trabalhar no desenvolvimento de Protocolos Institucionais a fim de padronizar condutas e uso de medicamentos para o manejo de pacientes críticos em ventilação mecânica bem como plano de alocação de pacientes e recursos para leitos de UTI, na qual a logística se inverte a logística prévia de encaminhamento dos pacientes mais graves, para o encaminhamento do paciente com a melhor possibilidade de recuperação, com melhor prognóstico, através de instrumentos que avaliam quadro clinico atual (SOFA), funcionalidade prévia (ECOG) e expectativa de vida (SPICT-BR); acompanhamento diário dos estoques de insumos e ajustes diários dos protocolos de analgesia e sedação conforme a disponibilidade. Os médicos intensivistas ficaram responsáveis pelo matriciamento do cuidado horizontal, o serviço de Infeção hospitalar atuou intensamente no controle das infeções relacionadas à assistência, as visitas presenciais deram espaço as vídeo-chamadas e o boletim médico presencial foi substituído por ligações telefônicas diárias. Como as mudanças de cenário evoluíram rapidamente a comunicação efetiva tornou-se imprescindível para que o hospital atendesse as demandas da população e do município.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
As dificuldades criaram oportunidades, a resiliência transformou processos e despertou a melhoria de fluxos. A co-gestão direciona uma ruptura da tendência de centralização e concentração de decisões e do poder normativo da gestão para o compartilhamento das decisões com os diversos atores do sistema. A co-gestão, nessa perspectiva, é uma dimensão fundamental da co-produção de saúde. Houve estranheza de alguns, em participar do processo decisório e se corresponsabilizar pelas medidas adotadas.

Resultados

Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
A pandemia gerou a necessidade de readequação da Rede de Assistência a Saúde (RAS) devido o aumento da demanda e a necessidade de alocação de recursos. Neste cenário, a co-gestão se mostrou um instrumento gerencial importantíssimo, pois agrega diferentes saberes e organiza as ações. Investindo o gestor da autoridade de seus papéis, trazendo a Instituição uma potência anteriormente não visualizada na Instituição.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Aplicação de triagem para encaminhamento dos idosos para as Unidades de terapia Intensiva: atingido em 96%
Garantir suporte de oxigenioterapia para 100% dos idosos internados: meta atingida em 100%
Avaliar rede de oxigênio da Unidade diariamente e de vacúo: meta atingida em 92%
meta atingida em 100%
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Idosos internados em UTI totalizaram 511 Idosos internados unidade de internamento no ano em questão totalizou 2234
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
semanalmente, ou intervalos menores quando necessário
Quais os pontos positivos da experiência?: 
Às medidas de enfrentamento direcionaram uma reconfiguração da lógica estruturada de um eixo vertical e hierarquizado, que produz a fragmentação dos processos, dividindo os trabalhadores e o conhecimento, segundo especialidades e funções, para um sistema horizontal. Houve uma maior segurança das equipes nas tomadas de decisões frente ao estado de urgência em saúde publica, compartilhando assim as angustias e medos, fortalecendo as redes interpessoais em momentos tão difíceis. Com a diminuição dos casos, manteve-se o Comitê técnico e com a diminuição dos casos, neste momento, as equipes voltaram seus olhos para o cuidado integral do paciente, retomando os Grupos de Trabalho relacionados as Metas de Segurança do Paciente (NSP), retomada das Comissões vinculadas ao CRM como de prontuário do paciente e de óbito, retomada das visitas multidisciplinares e estruturação de um plano terapêutico singular, retomada de cirurgias e filas de especialidades, criação de uma Unidade referenciada na Emergência para qualificar casos das UPAS de algumas especialidades clinicas e cirurgicas
Quais as limitações da experiência?: 
As dificuldades para a implantação do processo foram relacionadas ao esgotamento psíquico e a sobrecarga de trabalho gerados pela pandemia.
Outras informações/resultados relevantes: 
Implantou-se um comitê técnico gestor a fim de discutir as dificuldades e as oportunidades de melhoria no processo de ampliação de leitos críticos dos antigos 20, para os 83 leitos no auge da pandemia. Esta situação trouxe a dificuldade de contratação de recursos humanos com expertise, levando a Instituição a trabalhar no desenvolvimento de Protocolos Institucionais a fim de padronizar condutas e uso de medicamentos para o manejo de pacientes críticos em ventilação mecânica bem como plano de alocação de pacientes e recursos para leitos de UTI, na qual a logística se inverte a logística prévia de encaminhamento dos pacientes mais graves, para o encaminhamento do paciente com a melhor possibilidade de recuperação, com melhor prognóstico, através de instrumentos que avaliam quadro clinico atual (SOFA), funcionalidade prévia (ECOG) e expectativa de vida (SPICT-BR); acompanhamento diário dos estoques de insumos e ajustes diários dos protocolos de analgesia e sedação conforme a disponibilidade. Os médicos intensivistas ficaram responsáveis pelo matriciamento do cuidado horizontal, o serviço de Infeção hospitalar atuou intensamente no controle das infeções relacionadas à assistência, as visitas presenciais deram espaço as vídeo-chamadas e o boletim médico presencial foi substituído por ligações telefônicas diárias. Como as mudanças de cenário evoluíram rapidamente a comunicação efetiva tornou-se imprescindível para que o hospital atendesse as demandas da população e do município
2021
-
Sul
Co-gestão como ferramenta para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de COVID-19
Introdução
Considerando o Decreto Municipal n.º 421, de 16 de março de 2020, que declara Situação de Emergência em Salde Publica no Município de Curitiba; Considerando o Decreto Municipal n.º 478, de 31 de marco de 2020, que declara Situação de Emergência no Município de Curitiba, Considerando que o Plano de Contingência é um instrumento gerencial que padroniza, organiza as ações necessárias para o controle e combate de ocorrências que colocam em risco o funcionamento diário do serviço de saúde. Visando minimizar agravos do Coronavírus SARS-COV-2 por meio de ações de organização, prevenção e controle de infeção, controle de estoques e insumos essências para o manejo de pacientes graves no enfrentamento a COVID-19; Considerando o Memorando LMS 59/2021, que tange as dificuldades logísticas para recebimento de insumos Siemens para a realização dos exames de gasometria; Considerando o panorama nacional que sinalizava sobrecarga do sistema de saúde com déficit de leitos de internamento e de UTI; Considerando as Recomendações da AMIB (Associação de Medicina Intensiva Brasileira), ABRAMEDE (Associação Brasileira de Medicina de Emergência, SBGG (Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia) e ANCP (Academia Nacional de Cuidados Paliativos) de alocação de recursos em esgotamento durante a pandemia por COVID-19 Considerando o Memorando n.003/2021 da Farmácia do Hiza em relação aos estoques atuais de bloqueadores neuromusculares e as ordens de compras pendentes teriam quantidade suficiente para suprir a demanda interna até o dia 26/03/2021, caso estas medicações não sejam disponibilizadas a mais estruturas da Feas. Considerando, portanto a escassez atual de insumos e medicamentos a nível nacional, assim como, de leitos críticos. Urge a necessidade de um pensar multidisciplinar de modo transdisciplinar, estabelecendo-se um Comitê técnico que utilizou a Co-gestão como ferramenta para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de COVID-19.
Objetivos
Descrever as ações do Comitê técnico para implantação de um Programa de Alocação de Recursos na pandemia de Covid-19 no Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns e da Rede de Atenção a Saúde de Curitiba. Estabelecer critérios definidos para triagem durante a pandemia, caso houvesse a necessidade.
Metas
  1. Aplicação de instrumento de triagem para encaminhamento dos idosos para as Unidades de terapia Intensiva
  2. Garantir suporte de oxigenioterapia para 100% dos idosos internados
  3. Avaliar rede de oxigênio da Unidade diariamente e de vacúo
  4. disponibilizar materiais de orientação via aplicativo de mensagens, site institucional e documentos informativos da qualidade (Protocolo de sedação e analgesia, Prevenção e tratamento de eventos tromboembólicos, protocolo de antimicrobianos
Público alvo
Idosos com COVID grave e necessidade de suplementação de oxigênio
Divulgação
Uma das ações foi a educação dos profissionais e a substituição de medicamentos e insumos, que foram trabalhadas no site da Feas, através de protocolos de atendimento, fluxogramas para troca de medicamentos.
Número de participantes
2745
Atividades
Implantou-se um comitê técnico gestor a fim de discutir as dificuldades e as oportunidades de melhoria no processo de ampliação de leitos críticos dos antigos 20, para os 83 leitos no auge da pandemia. Esta situação trouxe a dificuldade de contratação de recursos humanos com expertise, levando a Instituição a trabalhar no desenvolvimento de Protocolos Institucionais a fim de padronizar condutas e uso de medicamentos para o manejo de pacientes críticos em ventilação mecânica bem como plano de alocação de pacientes e recursos para leitos de UTI, na qual a logística se inverte a logística prévia de encaminhamento dos pacientes mais graves, para o encaminhamento do paciente com a melhor possibilidade de recuperação, com melhor prognóstico, através de instrumentos que avaliam quadro clinico atual (SOFA), funcionalidade prévia (ECOG) e expectativa de vida (SPICT-BR); acompanhamento diário dos estoques de insumos e ajustes diários dos protocolos de analgesia e sedação conforme a disponibilidade. Os médicos intensivistas ficaram responsáveis pelo matriciamento do cuidado horizontal, o serviço de Infeção hospitalar atuou intensamente no controle das infeções relacionadas à assistência, as visitas presenciais deram espaço as vídeo-chamadas e o boletim médico presencial foi substituído por ligações telefônicas diárias. Como as mudanças de cenário evoluíram rapidamente a comunicação efetiva tornou-se imprescindível para que o hospital atendesse as demandas da população e do município.
Resultados
A pandemia gerou a necessidade de readequação da Rede de Assistência a Saúde (RAS) devido o aumento da demanda e a necessidade de alocação de recursos. Neste cenário, a co-gestão se mostrou um instrumento gerencial importantíssimo, pois agrega diferentes saberes e organiza as ações. Investindo o gestor da autoridade de seus papéis, trazendo a Instituição uma potência anteriormente não visualizada na Instituição.

Ficha técnica

Município:
Curitiba
Instituição Responsável:
Hospital Municipal do Idoso Zilda Arns (HMIZA) / Fundação Estatal de Atenção a Saúde (FEAS)
Coordenação da experiência:
Clovis Cechinel
Email da coordenação:
ccechinel@feaes.curitiba.pr.gov.br
Telefone institucional:
(41) 3316-5947
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Identificação, acompanhamento e tratamento dos casos de COVID-19 em idosos
Parceiros:
Secretaria Municipal de Saúde de Curitiba
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Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br