A população adstrita possui uma incidência grande de pessoas idosas, cuja vulnerabilidade exige a atuação incisiva dos Serviços de Saúde. A saúde mental ocupa espaço importante de intervenção, o que justificou a implantação de um grupo de Terapia Comunitária, que propõe a análise de problemas cotidianos, ressaltando principalmente a construção de vínculos, com base na comunidade.

O começo dessa experiência, aconteceu quando o profissional do NASF, tendo como uma de suas atribuições o trabalho de apoio- técnico pedagógico, e participando das Reuniões de equipe da UBSF, discutiu com a equipe que um trabalho voltado para a saúde mental, era necessário ser realizado. Ao longo das reuniões, discutimos maneiras de se realizar esse trabalho. Alguns textos, vídeos, e experiências, foram apresentados nas reuniões. Muitas ideias surgiram, e a proposta de se realizar a Terapia Comunitária, apresentou-se para o grupo, como uma estratégia mais viável.
O próximo passo foi a mobilização e divulgação para a Comunidade. Nós elaboramos um material de divulgação (folders, e cartazes), contendo algumas informações básicas sobre a Terapia, com os locais, horários, e linhas de ônibus. Depois também, realizamos visitas domiciliares com os profissionais tanto da UBSF, como do NASF, em casas de algumas pessoas (idosas em sua maior parte), convidando-as, e esclarecendo alguns pontos sobre a terapia. Na realidade, essa proposta, foi pensada não apenas voltada para a população idosa, porém, ao longo dos encontros, percebemos que a grande maioria, era composta de pessoas com idades avançadas (60 anos acima).

Assim, durante o ano de 2012, as reuniões eram realizadas duas vezes por mês, com duração de aproximadamente 1 hora e meia a reunião da terapia. No ano de 2013, foram realizadas uma vez por mês. Todo final de encontro, era realizado um café (com bolos, chás, biscoitos, sucos) trazidos tantos pelos profissionais de Saúde da UBSF, como pelos participantes da terapia.