INTRODUÇÃO
O Instituto Paulista de Geriatria e Gerontologia “José Ermírio de Moraes” (IPGG) tem como missão oferecer assistência à saúde da pessoa idosa de forma integral e integrada, procurando desenvolver seu potencial, diminuir suas limitações, manter a autonomia, prevenir a perda da independência e promover o envelhecimento ativo, a partir de seus pilares: saúde, participação segurança e a aprendizagem ao longo da vida, conforme preconiza o documento do Centro Internacional da Longevidade (2015).
Envelhecer hoje em dia para aqueles idosos que mal tiveram oportunidade de frequentar os bancos escolares pode significar exclusão digital e isolamento social. A revolução da informática transformou drasticamente os modos de produção do saber e as formas de comunicação. E muitos idosos ficaram à margem desta inovação.
De acordo com Souza e Sales (2016), para compreender as relações do idoso com a utilização de Tecnologias de Informação e Comunicação (TIC), deve-se considerar contextos sociais e históricos distintos. A Era Digital está sendo vivenciada pela primeira vez pelos idosos da Contemporaneidade, diferentemente das crianças que nascem na atualidade.
A facilidade de acesso aos telefones celulares favoreceu a compra destes aparelhos por ou para idosos, que se depararam com um novo desafio: como usá-lo? Para as famílias, ter seus idosos portando celulares pode significar segurança e tranquilidade. No entanto, notou-se no serviço (IPGG) que muitos idosos ganhavam ou até compravam os aparelhos, mas não sabiam como utilizá-los, tornando-os inúteis em suas bolsas e bolsos. Foram várias as queixas dos idosos de que seus filhos, netos, sobrinhos etc não tinham paciência para ensiná-los a manusear o aparelho e compreender suas funções. Esta foi uma das principais motivações para que o IPGG voltasse o olhar na busca por um programa de inclusão digital adaptado ao idoso, considerando sua escolaridade, experiência anterior com tecnologias, habilidade manual, acuidade visual e auditiva e funções cognitivas.
O Estatuto do Idoso prevê no Art. 21. que “o Poder Público criará oportunidades de acesso do idoso à educação, adequando currículos, metodologias e material didático aos programas educacionais a ele destinados”. Conforme o parágrafo primeiro deste artigo: “os cursos especiais para idosos incluirão conteúdo relativo às técnicas de comunicação, computação e demais avanços tecnológicos, para sua integração à vida moderna”.
OBJETIVOS
Preocupado em proporcionar a equidade de acesso às novas tecnologias e em incentivar a participação do idoso na família, na sociedade e até no mercado de trabalho, o IPGG desenvolveu o programa de inclusão digital para idosos.
Com o Programa de Inclusão Digital espera-se introduzir o idoso às novas tecnologias, tais como computadores, notebooks, tablets e smartphones, para que o mesmo adquira autonomia na utilização destes recursos, ampliando suas possibilidades de comunicação e de relacionamento com a família, amigos e com a comunidade.
Outro objetivo foi buscar o aproveitamento e a otimização dos conhecimentos dos colaboradores da área administrativa da unidade na concretização da oferta de cursos de inclusão digital em uma unidade de saúde, estimulando a cultura intergeracional, de respeito e valorização da pessoa idosa. Diante das várias orientações dadas por colaboradores do serviço aos usuários, nas salas de espera, nos balcões de atendimento e nos corredores, observou-se a potencialidade dos próprios colaboradores como professores das oficinas.
De acordo com o documento “Envelhecimento Ativo: um marco político em resposta à revolução da longevidade” (2015), promover a inclusão digital por meio do acesso à Internet e do treinamento pode ser uma forma de facilitar a participação de pessoas que foram excluídas da vida cívica. O documento ainda recomenda como uma das formas de promover a aprendizagem ao longo da vida a inclusão tecnológica: “reduzir a exclusão digital garantindo acesso e treinamento adaptado às necessidades específicas das pessoas de todas as idades que estejam sujeitas ao risco de exclusão”.
PÚBLICO-ALVO
O programa é direcionado para idosos de ambos os sexos, com 60 anos ou mais (não há limite máximo de idade), que consigam comparecer ao IPGG, ou seja, que consigam vir sozinhos ou acompanhados à unidade. Não é necessário ter computador ou celular.
DIVULGAÇÃO
O programa foi amplamente divulgado na unidade, além da divulgação para a Assessoria de Imprensa da Secretaria de Estado da Saúde, que disseminou a divulgação para todas as unidades do Estado, além da divulgação no site do IPGG e no Facebook do IPGG.
ATIVIDADES
A Inclusão Digital no IPGG deve ser entendida como meio de garantir a introdução (conhecer, ter, acessar e usar) às Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC), de forma a permitir a inserção dos idosos no “Mundo Digital”.
As inscrições são feitas a partir da manifestação por vontade própria dos idosos ou diante da divulgação do curso pelos profissionais, que incentivam os idosos a se inscreverem, ou até mesmo indicam o curso como atividade de convivência. Os idosos são chamados conforme lista de espera e conforme disponibilidade de horário do idoso. Caso o mesmo não possa comparecer nos horários disponibilizados pelo serviço, o mesmo é remanejado para a próxima turma, sem perder a vaga. O mesmo ocorre caso o idoso precise interromper o curso por motivo de doença ou problemas familiares, viagem. Avisando ao professor sobre o motivo do afastamento, o mesmo poderá retornar em outra turma.
Antes de iniciar as aulas, todos os idosos passam pela avaliação multiprofissional para investigação das condições de saúde e para a identificação de suas expectativas diante do curso ou oficina.
O protocolo contempla aspectos sociodemográficos, clínicos, avaliação da acuidade visual, por meio do Teste de Snellen e da acuidade auditiva por meio da audiometria. Já a avaliação da cognição foi investigada por meio do Teste do Relógio e da Fluência Verbal; e a Escala de Depressão Geriátrica foi utilizada para avaliar humor. A escuta aberta foi utilizada para identificar a perspectiva do idoso em relação ao curso, principalmente considerando o mercado de trabalho e a situação ocupacional do idoso, caracterizando a personalização do curso de acordo com as necessidades, interesses e expectativas dos idosos.
Diante das alterações observadas após a aplicação do protocolo, tais como perdas visuais e/ou auditivas, disfunções cognitivas ou clínicas, os idosos são encaminhados para avaliação oftalmológica, otorrinolaringológica, neuropsicológica, nutricional, ou aqueles que se fizerem necessários. O objetivo da avaliação é promover a saúde da população idosa em todas as suas dimensões e determinantes, ainda que o idoso procure o serviço apenas para participar do programa de inclusão digital.
A partir da identificação da perspectiva do idoso em relação ao curso, são ofertados conteúdos direcionados aos seus anseios, que incluem introdução ao mundo digital, possibilidade de inserção nas redes sociais para relacionamentos familiares, amorosos e de amizade, busca de novas e melhores oportunidades de trabalho, expansão e/ou potencialização de negócios a partir da internet (principalmente por meio de noções de empreendedorismo e de e-commerce), capacitação profissional, e empoderamento digital. Deste modo, os idosos iniciam as aulas aprendendo conhecimentos básicos e vão expandindo seus interesses, avançando até onde desejarem.
São oferecidas oficinas para manuseio de smartphones e aplicativos para celulares, tornando possível a conexão do idoso com suas redes e com o mundo. A Oficina de Celular contempla conteúdos sobre: como fazer e receber ligações, enviar e responder mensagens de texto, utilizar a câmera (funções zoom, selfie, armazenamento, edição), rádio, relógio, alarme, agenda, conexões por bluetooth, uso de aplicativos (principalmente WhattsApp), Youtube, entre outras funções. As aulas e oficinas são ministradas por profissionais do IPGG, mas são previstas parcerias com empresas públicas e privadas, que podem trazer voluntários para colaborarem com os programas.
O Curso de Inclusão Digital aborda conteúdos como identificação dos equipamentos e acessórios, principais funções/comandos, utilização do mouse, digitação, gerenciamento de arquivos, navegação na internet e redes sociais. Considerando a exposição do idoso ao oportunismo cibernético e aos crimes digitais, todos os cursos contemplam noções de navegação com segurança, proteção contra golpes financeiros, amorosos, furto de dados etc. A partir do crescente endividamento da população, principalmente diante da facilidade de contratação dos empréstimos consignados, o IPGG também realiza palestras de educação financeira, tanto para idosos, quanto para seus colaboradores, por meio de parcerias com especialistas do assunto.
EQUIPE
Oficina de Celular: uma professora (Diretora Técnica pertencente ao Núcleo de Convivência) e três colaboradores para apoio administrativo.
Curso de Inclusão Digital: dois professores (colaboradores da área de Informática do Serviço), 4 estagiários de cursos de graduação na área de Informática, dois voluntários (colaboradores da área administrativa do serviço), três idosos voluntários (monitores).
EQUIPAMENTOS
Todos os recursos físicos foram reaproveitados da própria unidade. Uma sala foi adaptada e equipada para o programa, tornando-se o Centro de Inclusão Digital (CID). Após reestruturação de recursos humanos e materiais, foram disponibilizados oito computadores, teclados, mouses, mouse pad, caixas de som, sistema de cabeamento de rede (internet), quadro branco, pincéis atômicos, mesas e cadeiras, todos estes materiais já existiam na unidade, sem a necessidade de que novos equipamentos fossem comprados. Alguns idosos possuem notebook em casa e optam por trazê-lo às aulas para aprenderem a manuseá-lo, mas sempre há um computador disponível para cada idoso. A Oficina de Celular ocorre no Centro de Inclusão Digital, sendo utilizadas apenas a mesa e as cadeiras.
RECURSOS FINANCEIROS
Todos os materiais necessários já existiam na unidade e foram reaproveitados de vários setores. Não houve gastos extras para compra de equipamentos. As apostilas entregues para cada aluno foram elaboradas pela equipe da Gerência de Informática e pelo Núcleo de Estudos do Processo de Envelhecimento, com a participação das fisioterapeutas do Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Gerontologia da unidade, sendo impressas com material e equipamento do próprio serviço. Considerando que o IPGG é um equipamento da administração direta da Secretaria de Estado da Saúde, os recursos utilizados foram providos pelo orçamento anual da unidade, sem gastos adicionais.
RESULTADOS
A avaliação inicial dos idosos apontou média de idade de 69,7 anos, variando entre 60 e 82 anos. Houve prevalência do sexo feminino (80,4%) em relação ao masculino (19,6%). Quanto ao estado civil, 37% são casados, 34,8% viúvos, 23,9% solteiros e 4,3% separados. Considerando os arranjos familiares, 37% residem com cônjuge, 34,8% moram sozinhos, 26,1% moram com filhos e 2,2% residem com outros familiares. Quanto à ocupação, 60,8% são donas de casa, 21,7% trabalham e 15,2% não exercem atividade laboral. A avaliação clínica apontou 13,6% de idosos que sofreram internação no último ano e 23,9% de idosos caidores no último ano (variando de 1 a 5 quedas), convidados a participar de um programa de intervenção multidimensional de prevenção de quedas, com ações educativas e exercícios de fortalecimento, marcha e equilíbrio, após avaliação especializada. Houve prevalência de 54,35% de déficit visual (idosos que enxergaram somente até a linha 0,5 do teste de Snellen). Após os exames, 64,4% dos idosos falharam na triagem auditiva. Os participantes foram orientados sobre a importância do cuidado com a saúde ocular e auditiva e encaminhados para oftalmologista e otorrinolaringologista para acompanhamento. Foi encontrada avaliação normal do humor na maioria dos entrevistados (88,9%), e quando necessário o idoso foi orientado sobre a possibilidade de acompanhamento psicoterapêutico, mediante sua aceitação e disponibilidade.
Quanto aos interesses pelo curso, 67,4% referiram que buscam atualizar-se diante da realidade digital, manifestando o desejo de pertencerem ao contexto social em que estão inseridos; 24,1% relataram que já possuem algum equipamento eletrônico em casa e que gostariam de aprender a utilizá-lo. Poucos idosos (6,7%) acreditam que o computador pode ajudá-los a melhorar seu desempenho no trabalho (formal ou informal). Vale ressaltar que houve outras respostas e que alguns idosos responderam mais de um motivo pelos quais escolheram fazer o curso.
Foi desenvolvido um programa de inclusão digital de 3 meses de duração com duas horas semanais, totalizando a carga horária de 20 horas. Segue abaixo o conteúdo básico do curso:
a. Identificação física dos recursos de tecnologia
Micro Computador
Notebook
Tablet
Smartphone
CPU
Monitor
Teclado
Mouse
Estabilizador
b. Identificação dos itens mais utilizados no dia a dia
Área de trabalho
Identificando ícones e Barra de Tarefas
Botão Iniciar
Pasta Documentos
Movimentação do mouse
Tipos de Clicks do mouse (Click Simples, duplo, com Botão Direito e Scroll do Mouse).
c. Familiarização com a Escrita / Digitação
Bloco de notas
Identificação e navegação com o cursor
Identificação e utilização das teclas Shift, Capslock, Home, End.
d. Gerenciamento de Arquivos
Criação de Pasta do Aluno na Área de Trabalho
Salvar arquivos em uma pasta específica e não só na pasta documentos - Alunos com pendrive criam pastas no pendrive, Identificação de tipos de arquivos (Imagem, Vídeo, Texto)
e. Identificação de softwares e suas funcionalidades
Sistema Operacional
Suítes de Ferramentas de escritório
Navegadores
Cliente de e-mail.
f. Suítes de Ferramentas de Escritório – noções básicas
Editor de texto
Planilha eletrônica
g. Internet e Segurança Digital – Conceito e sua utilização
Navegação na internet e envio de e-mail
Noção do que é rede de computadores e WWW
Noções de Segurança para Validação de Informações da Internet
Conscientização das ameaças e ataques cibernéticos e como se proteger
A particularidade do programa é que apesar de existir o conteúdo programático básico, as aulas são personalizadas, havendo um computador por idoso. Um aspecto importante a ser destacado é a preocupação dos professores (em sua maioria, sem a formação na área da Gerontologia) em compreender as necessidades de cada idoso e adaptar as aulas às condições cognitivas e de aprendizado de cada idoso. Vale ressaltar que o coordenador das aulas e Diretor Técnico da área de Informática do serviço foi capacitado previamente por meio do Curso Básico de Gerontologia, oferecido anualmente pelo serviço. Esta particularidade facilitou a detecção mais humanizada e acolhedora das dificuldades dos idosos desde o primeiro dia de aula, sendo transmitida aos demais professores, incluindo os estagiários.
Outro aspecto muito positivo do programa é a formação, desde a primeira turma, de idosos voluntários, que após o término do curso, passam a auxiliar os novos alunos, oferecendo serviço voluntário de monitoria. Esta iniciativa foi um diferencial no programa, considerando que o idoso que apresenta mais dificuldade para aprender ou para se expressar, consegue fazê-lo de maneira facilitada diante de uma pessoa com idade semelhante.
Diante das dificuldades motoras encontradas nos idosos durante as aulas, um dos professores conversou com uma fisioterapeuta do serviço e a mesma foi inserida nas atividades, juntamente com as fisioterapeutas aprimorandas do Programa de Aprimoramento Multiprofissional em Gerontologia. A partir da análise e discussão das dificuldades observadas, foram elaborados exercícios de mobilidade, flexibilidade, coordenação motora fina e destreza manual. Os exercícios foram descritos em linguagem leiga, apropriada aos idosos, seguidos de ilustrações. Em seguida foram impressos, plastificados e afixados no Centro de Inclusão Digital em formato de varal, à altura dos olhos dos idosos quando estes estavam diante do computador. As fisioterapeutas compareceram às aulas e ensinaram os idosos a realizarem os exercícios antes, durante e após as aulas, com o objetivo de preparar ou relaxar a musculatura, além de reduzir a rigidez articular. Os idosos foram incentivados a praticarem os exercícios em casa e para isso, cada idoso recebeu uma cartilha com os mesmos exercícios contidos no varal do Centro de Inclusão Digital.
Além disso, visando à melhoria da destreza manual e cognitiva dos idosos, outros colaboradores do Setor de Informática do IPGG projetaram um game para os idosos, em que o mesmo é incentivado a movimentar o mouse a partir de comandos ou tarefas para avançar fases do jogo, a partir do posicionamento adequado de blocos em 3D, de diferentes cores, em um determinado limite de tempo. Até julho de 2017, o game encontrava-se em fase de teste e espera-se que em breve comece a ser utilizado pelos alunos.
A partir das principais dúvidas e dificuldades identificadas foi elaborada uma cartilha de orientações, totalmente adaptada à linguagem leiga e às alterações provocadas pela senescência e pela senilidade, impressa e entregue para cada aluno, além de disponibilizada no site do IPGG, disponível livremente para download.
Para incentivar os idosos a praticarem o que aprenderam e a seguirem em busca de mais cursos ou atividades as quais se interessem, realiza-se uma cerimônia simbólica de encerramento do curso, com a entrega de um certificado de conclusão aos participantes. As famílias são convidadas a prestigiarem o evento, visando à valorização do idoso, de sua autonomia e participação social.
A Oficina de Celular proporcionou aos idosos a descoberta de uma nova ferramenta de comunicação e de auxílio nas atividades cotidianas, nos momentos de lazer, promovendo a interface entre as novas tecnologias e seus benefícios no processo de envelhecimento. Os idosos aprenderam a fazer e receber ligações, hoje são membros de vários grupos nos aplicativos de conversas, inclusive com os professores; utilizam seus celulares para programarem atividades, consultas, lembretes; e para acessar a internet. Os idosos referem melhoria da autonomia e autoconfiança para utilizar os aparelhos, “sem cara feia….sem precisar depender de ninguém…”, como eles próprios afirmam.
Outro resultado foi a inserção de adolescentes de uma escola de ensino médio nas aulas da Oficina de Celular. Anualmente, o IPGG promove a Semana Intergeracional, desenvolvendo atividades entre os usuários e estudantes de ensino médio. Desde 2015, na Semana Intergeracional, os estudantes “se tornam professores” e ministram aulas para os idosos. Trata-se de uma excelente oportunidade de aprendizado mútuo, de desconstrução de preconceitos e de melhoria do relacionamento interpessoal, que pode ser refletido positivamente nas relações familiares e sociais, tanto dos idosos quanto dos estudantes.
Vale ressaltar a importância deste serviço para a manutenção e fortalecimento dos vínculos familiares, afetivos e de amizade dos idosos, contribuindo indiretamente para a qualidade de vida e proteção contra isolamento social e agravos, conforme comprovado cientificamente na literatura nacional e internacional (POCINHO et al., 2015).
Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
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