INTRODUÇÃO

A motivação pela busca da integralidade da Rede de forma humanizada impulsionou a nova gestão da Atenção Básica a buscar profissionais técnicos em parceria com a Academia para discutir a possibilidade de se desenvolver a Linha de Cuidado Integral em todas as Assistências desenvolvidas na Atenção Básica.

Por se tratar de uma linha de cuidado em destaque no mundo devido ao seu grande perfil populacional, ressalta-se, o idoso como piloto na iniciativa dessa construção.

São Gonçalo, município da região metropolitana II do Estado do Rio de Janeiro, fundada em 06 de abril de 1579 pelo colonizador Gonçalo Gonçalves, está localizado próximo a grandes centros econômicos do país e local de passagem para áreas turísticas do Estado. Sua regionalização serve como ponto estratégico para do desenvolvimento econômico, que ocasionou um crescimento demográfico expressivo ao longo dos anos. Constituído por 92 bairros, São Gonçalo possui uma população de 1.044.058 habitantes (IBGE de 2016). Possui um Índice Desenvolvimento Humano alto (IDHM entre 0,700 e 0,799), devido aos índices de longevidade, renda e educação (Atlas Brasil, 2010).

O município possui uma população de 122.258 idosos (IBGE, 2012), correspondente 12,03% da população total. Apesar de o município possuir um IDH alto, alguns dos fatores que caracterizam o perfil da população idosa gonçalense chamam a atenção a fim de empenhar esforços para melhorias dos serviços ofertados. Dentre os fatores socioeconômicos, identifica-se a baixa escolaridade entre os idosos, sendo 12% analfabetos. Com relação ao rendimento mensal 52,61% desta população vivem com até um salário mínimo e os que vivem em situação de pobreza são 12.77% da população idosa.  (SISAP IDOSO, 2010).

Outros aspectos que chamam a atenção é a proporção de idosos com algum tipo de deficiência, estimado em 66.71% e com alguma deficiência motora é de 35.88%. (SISAP IDOSO, 2010)

O crescimento populacional ao longo das décadas somado ao aumento da expectativa de vida no município significou tanto melhoria na qualidade de vida da população, como também aumento de morbidades e doenças crônicas que a longevidade traz, influenciando na capacidade funcional dos idosos.

Segundo dados do Datasus (2016),  a população idosa do município de São Gonçalo possui índices significativos de neoplasia estimado em 51,36%, doenças endócrinas e metabólicas (67,44%), doenças do aparelho circulatório (61,91%), do aparelho respiratório (22,86%) e por causas externas (22,86%). (Secretaria Estadual de Saúde do RJ, 2016).

Além dos dados estatísticos de saúde do idoso, existem algumas questões institucionais que intensificaram a motivação para a composição de uma Rede de Atendimento Integral para o atendimento do idoso.

Diante deste cenário de morbidades, doenças cônicas presentes na população idosa Gonçalense somadas às dificuldades relativas à padronização e organização dos serviços, motivou-se a criação de um Grupo de Trabalho com a proposta de tornar público à equipe de trabalho, através da sistematização de fluxos de atendimento reais existentes no município, contemplando a Linha de Cuidado ao idoso.

Desse modo, tornou-se essencial a utilização de instrumentos legais relacionados ao cuidado do Idoso baseados numa metodologia científica, possibilitando a realização de diagnóstico e prognóstico das funcionalidades dos idosos.

A sistematização da linha de cuidado ao idoso contribui para intervenções precoces e efetivas na prevenção de riscos e agravos à saúde do Idoso.

OBJETIVOS

Geral:

Construir uma Linha de Cuidado à população idosa do município de São Gonçalo, através da criação de um Caderno de Recomendações para Assistência à Saúde da Pessoa Idosa.

Específicos:

Estabelecer o fluxo da Rede de Atenção Básica na Linha de Cuidado ao idoso no município de São Gonçalo.

Capacitar os profissionais da rede através de instrumentos científicos de Avaliação Funcional (estado mental, cognitivo, psíquico, físico, social, nutricional, mobilidade física), para aumento da qualidade do cuidado prestado.

Promover a articulação entre os dispositivos Municipais que ofertam ações e serviços à pessoa idosa.

PÚBLICO-ALVO

Todos os idosos residentes no município.

DIVULGAÇÃO

As experiências são divulgadas no site oficial da Prefeitura, nas reuniões de gestão, no Conselho dos Direitos da Pessoa Idosa, Conselho Municipal de Saúde e em páginas de rede social.

ATIVIDADES

Convocação dos profissionais envolvidos na assistência ao Idoso no município, definição de perspectiva teórica e metodológica de trabalho, leitura de material normativo e políticas sobre idoso.

GTs com a participação diversificada para contribuição com dados sobre a situação dos idosos da cidade.

 EQUIPE

MARIA AUXILIADORA RODRIGUES (Enfermeira Mestre em Enfermagem – UFF, especialista em Saúde da Família- FAC-Redentor: Subsecretária de Atenção Básica do município de São Gonçalo, Fiscal do Conselho Regional de enfermagem do Rio de Janeiro.)

ÉDEN FELIPE BRITO SENA (Assistente Social Residência em Saúde da Família e em Gestão em Atenção Básica – ENSP/ FIOCRUZ: Coordenador de Atenção Básica do município de São Gonçalo)

ISABELA BARBOZA DA SILVA TAVARES AMARAL (Enfermeira Mestre em Ciências do Cuidado em Saúde e especialista em Saúde da Família- UFF: Apoiadora Institucional da Atenção Básica)

MARIA DA CONCEIÇÃO SOARES NETO ANTONINO (Assistente Social especialista em Gênero e Saúde- UFF: Coordenadora do Programa Municipal de Saúde do Idoso)

SUZANA DE LEMOS FERREIRA ( Assistente Social especialista em Assistência Social e Direitos Humanos – PUC: Apoiadora do Programa Municipal de Saúde do Idoso).

             Organização e condução dos GT’s, elaboração textual do Manual de Assistência ao Idoso do Município de São Gonçalo e Validação dos Fluxos discutidos nos GT’s.

ROSIMERE FERREIRA SANTANA (Professora da Escola de Enfermagem Aurora de Afonso Costa- UFF)

AGATHA DA S. N. DE BARROS (Coordenadora regional: Enfermeira)

CAMILA C. G. GUIMARÃES (Coordenadora regional: Enfermeira)

CLEUSA RIBEIRO DE LIMA (Enfermeira: Diretora de pólo Sanitário)

DAIANA RAPOSO (Coordenadora regional: Enfermeira)

VILMA ELENA(Coordenadora regional: Enfermeira)

ILZA ANNA DE ANDRADE BIONDE (Coordenadora regional: Enfermeira)

MICHELE MENDES DE SOUZA (Coordenadora regional: Enfermeira)

MYLENA LUZIE DE S. CUNHA (Coordenadora regional: Enfermeira)

DENISE MARIA DE A. G. BARBOSA FRANÇA (Coordenadora regional: Enfermeira)

MICHELE MENDES(Coordenadora regional: Enfermeira)

ANA PAULA BATISTA MARTINS (Coordenadora regional: Enfermeira)

CIRLEI APARECIDA NOGUEIRA (Enfermeira: Direção Espaço Vida)

CAROLINA NERY DE ALMEIDA (Coordenadora regional: Enfermeira)

RONALDO DE MENEZES ALVES JUNIOR (Educador físico: Supervisor NASF)

MONICA MARQUES DE ALMEIDA (Psicóloga: Coordenadora NASF)

CRISTINA MARGARETE MIRANDA (PsicÓlogaSupervisora NASF)

ALESSANDRA DE NAZARETH ESPINDOLA (Psicóloga: Subsecretaria de Políticas para o Idoso)

WILLIAM DA SILVA MUNIZ(Assistente Social:Subsecretaria de Políticas para o Idoso)

MARCIA REGINA DA SILVA (Assistente Social:Secretaria de desenvolvimento social)

FERNANDO JOSÉ C. FADEL (Cirurgião dentista: Subsecretário de Odontologia)

MARCIA MORSE (Médica Sanitarista: Assessora Técnica da Secretaria Municipal de Saúde)

LENITA DA S. F. NUNES (Enfermeira: Diretora da Clínica Municipal Gonçalense)

MARIA ANGELICA S. CAMPOS (Médica Sanitarista: Superintendente de Saúde Coletiva)

REJANE CRISTINA SOUZA DE O. GOMES (Assistente Social: Assessora Técnica da subsecretaria de Atenção especializada)

NATALIA C. CARON (Fisioterapeuta- Coordenadora do serviço de Atendimento Domiciliar)

FABIOLA RODRIGUES DE MIRANDA (Psicóloga- Coordenadora do Programa Municipal de violência)

NEIDE LUCIA G. CARVALHO (Presidente do Conselho municipal do Idoso)

Contribuem nas discussões acerca da construção das atribuições dos atores envolvidos no âmbito da Assistência municipal ao Idoso e na organização dos fluxos de atendimento ao Idoso na rede.

EQUIPAMENTOS

Sala de reunião, 01 computador, 01 datashow (recursos próprios da secretaria municipal de saúde).

RESULTADOS

Implementação/implantação dos instrumentos de avaliação funcional baseado em métodos científicos.

Engajamento dos profissionais da Rede de Atenção Básica, exercendo um olhar sensível aos idosos de sua área de abrangência.

Adesão por outros níveis de gestão municipal para viabilização e implantação de serviços de atenção ao idoso que ainda não estão disponíveis na cidade.