Explique as razões ou acontecimentos que levaram ao planejamento da iniciativa.
O que motivou a realização dessa experiência?:
No ano de 2020, o Brasil e o mundo enfrenta um novo vírus que afetou os indivíduos e seus familiares (SARS-CoV-2) que rapidamente se espalhou, de forma rápida por todos os seus continentes, acarretando a pandemia do novo Coronavírus (Covid-19). A atuação fonoaudiológica no cuidado do paciente com Covid-19 durante a pandemia do novo Coronavírus (COVID-19) foi um grande desafio, especialmente para os profissionais de saúde. A transmissibilidade da doença se dá através de gotículas respiratórias de um indivíduo que esteja infectado. Possui sintomas semelhantes às gripes comuns, porém, nos casos mais graves de infecção, causa pneumonia, síndrome respiratória aguda grave (SARS), insuficiência renal e morte. Na perspectiva fonoaudiológica tem-se, algumas alterações decorrentes da síndrome do Coronavírus: Alteração de Deglutição; Alteração de Comunicação; Alteração de Olfato e Paladar; Alteração dos Aspectos Vocais e Alteração Auditiva.
As alterações de deglutição ou disfagia, referem-se a sinais relacionados a qualquer transtorno no processo da deglutição e requerem atenção já que estão diretamente relacionadas com a desnutrição, desidratação e comprometimento na qualidade de vida do indivíduo, e será também alterada em casos em que o paciente com disfagia apresenta um maior tempo de hospitalização, gerando maiores custos para o hospital e familiares. Dessa forma pode-se classificar como sendo um problema de ordem social, emocional, econômica e familiar. A disfagia também contribui para a perda da funcionalidade e independência do indivíduo acometido, levando a implicações não só de ordem biológica, mas também psicológica e social. O tratamento das disfagias é multidisciplinar, sendo essencial a presença do fonoaudiólogo na equipe multiprofissional (fonoaudiólogo, nutricionista, psicólogo, médico, enfermeiro, fisioterapeuta, técnico de enfermagem, assistente social e farmacêutico). A atuação fonoaudiológica no indivíduo com Covid-19 inicia-se após a melhora e estabilização clínica do paciente, quando o profissional investiga as possíveis sequelas da intubação orotraquel e a possibilidade de alimentação por via oral, determinando consistência, quantidade, postura e necessidade de terapia fonoaudiológica. E assim, durante a pandemia tivemos um aumento do número de idosos com sequela de Covid-19, sendo estes assistidos pela equipe do Serviço de Atenção Domiciliar, o que vislumbrou a necessidade da implementação deste projeto de alerta contra a broncoaspiração.