À semelhança do que se tem verificado em outros países, o Brasil registra um crescente aumento no número de pessoas idosas e, consequentemente, das doenças crônicas e incapacidades. Para tantos indivíduos, as imagens negativas da velhice se apresentam como um declínio geral e irreversível do ser/estar no mundo, principalmente no que tange às incapacidades. São situações que interferem no dia a dia dos idosos, que precisam aprender a lidar com as perdas sofridas ao longo de suas vidas. Reconhecer as necessidades e as especificidades dos idosos e seus cuidadores, direcionar práticas para a promoção da saúde e melhorar a qualidade de vida são objetivos principais do Projeto “Atenção Preventiva e Educativa em Saúde do Idoso: o cuidado e as redes sociais de apoio”, que busca ampliar os estudos e debates sobre o tema. No Brasil, país onde são oferecidas poucas alternativas de cuidados formais de qualidade, a tarefa de apoiar um idoso é desempenhada por familiares, sendo a família reconhecida legalmente pela constituição brasileira como responsável pelos cuidados necessários aos seus membros idosos, que assume um novo papel para o qual não recebeu nenhum tipo de formação ou orientação. Delegar a familiar a função de cuidar necessita de clareza sobre a estrutura familiar, o tipo de cuidado oferecido, as características da doença e o acompanhamento profissional. Para garantir a qualidade e a continuidade dos cuidados a um parente idoso, acredita-se que é necessário oferecer uma rede de apoio social à família. A população idosa cresce a cada ano, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Para que a condição de vida desta população melhore e na tentativa de desmistificar a ideia de que envelhecer significa adoecer, o projeto trabalha as habilidades, o cuidado e a prevenção essenciais para os idosos, oferecendo apoio nutricional, odontológico, fisioterapêutico, farmacêutico, além da orientação na prevenção de doenças e nos cuidados aos idosos dependentes domiciliares.