Ano: 
2019
Categoria: 
Prevenção de doenças e agravos em pessoas idosas (quedas, violência, suicídio, doenças crônicas não transmissíveis, uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas; acidentes de trânsito, saúde sexual e prevenção à ISTs/HIV-Aids e hepatites virais, etc.)
Região da Prática: 
Sul
Município: 
Florianópolis
Instituição Responsável: 
Secretaria Municipal de Saúde
Parceiros: 
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ( professores e estagiários dos cursos de medicina, enfermagem, fonoaudiologia e educação física).
Coordenação da experiência: 
Luís Rafaeli Coutinho
Telefone institucional: 
(48) 3239-1500
Email da coordenação: 
luisrafaelli29@gmail.com
Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
O que motivou a realização dessa experiência?: 
O Centro de Saúde de Coqueiros abrange um grande número de idosos. O aumento do risco de AVC nesta população e a vulnerabilidade aos fatores de risco motivaram a realização desta experiência. Que também foi ampliada para os demais usuários da unidade.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
- Prevenção do acidente vascular cerebral; - Identificação da população vulnerável aos fatores de risco e com maior probabilidade de AVC; - Ampliação da cobertura de saúde da população idosa; - Gestão dos indicadores epidemiológicos: - Construção de redes de atenção e cuidado.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Elaboração de material para educação e promoção de saúde ao AVC e fatores de risco
Concientização dos fatores de risco de AVC
Construção de um Projeto de Saúde no Território
Otimização do Projeto Terapêutico Singular
Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Indivíduos idosos de ambos os sexos saudáveis ou não.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Atividade aberta para participação dentro da unidade de saúde e divulgada nos grupos e atendimentos já existentes.
Onde foi desenvolvida?: 
A experiência foi desenvolvida no Centro de Saúde de Coqueiros que contempla a população dos bairros Coqueiros e Estreito no município de Florianópolis.
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Os idosos foram convidados a participarem da atividade sem critérios de exclusão..
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
150
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
- 2017 ( 68 )
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
68
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
Migração para outro território e baixa corresponsabilização aos fatores de risco modificáveis.
Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
A população alvo envolveu usuários do Centro de Saúde de Coqueiros que compareciam ao CS para aferição da pressão arterial, que aguardavam na sala de espera da unidade de saúde ou que participavam de grupos de promoção da saúde existentes na unidade e que aguardavam consulta médica. Os usuários eram convidados a participarem da pesquisa respondendo a um questionário pré-elaborado para estimar o risco de AVC na população. O questionário era composto pelas seguintes variáveis: sexo, idade, etnia/raça, pressão alta referida, prática de atividade física, alimentação (consumo diário de frutas e verduras), histórico familiar de doenças cardiovasculares (HA, Infarto, AVC e Trombose), estresse (ter passado por um forte estresse no último ano), uso de anticoncepcional, diabetes e tabagismo. Além disso, foi realizada a aferição da pressão arterial e de medidas antropométricas para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que foram realizadas em uma sala específica do CS. O estimador de risco usado encontra-se disponibilizado gratuitamente pela REDE BRASIL AVC (redebrasil avc.org.br) e representa um importante aliado para as equipes de saúde no rastreamento da população vulnerável ao desenvolvimento do AVC, permitindo planejar e intervir de forma multiprofissional nos fatores de risco modificáveis. Os dados coletados foram armazenados no programa Excel e foram realizadas análises estatísticas descritivas e de associação por meio do Teste do Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. As análises foram conduzidas no programa STATA 12.0. Os participantes recebiam materiais explicativos sobre o acidente vascular cerebral e sobre os principais fatores de risco relacionados. Após a comunicação do resultado eram realizadas as devidas orientações e encaminhamentos, assim como, convite para participação em rodas de discussão e conversas realizadas de forma coletiva na unidade.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
Disponibilidade de carga horária dos profissionais NASF, professores e estagiários no Centro de Saúde para abrangência maior do número de idosos. E oferecimento de um atendimento mais amplo do programa para a comunidade.
Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
O estimador de risco usado se mostrou um importante aliado para as equipes de saúde no rastreamento da população vulnerável ao desenvolvimento do AVC, permitindo planejar e intervir de forma multiprofissional nos fatores de risco modificáveis. Contribuindo no projeto terapêutico singular e no projeto de saúde no território. Foi criada uma rede de atenção e cuidados aos pacientes que apresentaram alto e moderado risco de AVC. Os pacientes classificados como baixo risco também receberam orientações e os devidos encaminhamentos quando necessário. A triagem e os encaminhamentos foram efetivos para consultas, atendimentos coletivos e PIC's existentes na unidade. Foi possi Os principais resultados obtidos foram: o aumento do nível de conscientização do indivíduo, família e comunidade quanto ao autocuidado e limitações das deficiências proporcionada pelo AVC. Proporcionando maior autonomia e independência das pessoas com diagnóstico específico de fatores de risco; prevenção de vícios e intervenção aos fatores de risco modificáveis relacionadas ao AVC; promoção da qualidade de vida e resgate a inclusão de uma rotina mais saudável nos grupos de promoção à saúde como o grupo de caminhada, corrida e pedalada e o grupo de alimentação saudável e qualidade de vida; introdução do conceito de corresponsabilidade no tratamento, bem como a possibilidade de resgatar a condição do indivíduo ser assistido integral e interdisciplinarmente, independente da condição social. E sim pelos simples fatores de ricos. Fugindo do modelo biomédico tradicional e com uma equipe transdisciplinar intervindo em prol da comunidade. Ações voltadas à educação em saúde da comunidade, com a criação de espaços coletivos e/ou rodas de conversa, assim como incentivo na participação de grupos de promoção da saúde, representaram uma importante estratégia para as equipes de saúde da unidade.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Educação em saúde e concientização para os fatores de risco do acidente vascular cerebral.
Promoção de saúde e mudança do estilo de vida dos participantes.
Criação de uma rede de cuidados aos pacientes classificados como alto e médio risco de AVC. E orientações aos pacientes classificados como baixo risco.
Aumento na cobertura em saúde da população idosa.
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Participaram do estudo 132 usuários, com média de idade de 58,7 (11,0) anos, destes 51,52% eram idosos (60 anos e mais), a maioria do sexo feminino (64,39%) e raça branca (90,15%). Quanto aos fatores de risco para o AVC, a prevalência de Hipertensão Arterial (HA) referida foi 45,45% e 42,42% referiu fazer tratamento medicamentoso. Já a real prevalência de HA obtida por meio de aferição, foi igual a 51,52%. Com relação às questões genéticas, 78,79% da população afirmou ter histórico familiar de doenças cardiovasculares. A maioria (68,18%) disse ter passado por um fator estressante no último ano e apenas 4,55% relatou fazer uso de anticoncepcional hormonal. Aproximadamente 50% da população está ou já esteve exposta ao tabagismo, já que a prevalência de tabagismo referida foi de 15,15%, enquanto a de ex-tabagistas foi 33,93%. Com relação ao estilo de vida, observou-se bons hábitos alimentares, pois a maioria (74,24%) relatou consumir frutas todos os dias, assim como verduras (79,55%), e praticar atividade física (68,18%). Foi verificada a validade das respostas relacionadas à HA. Observou-se que apenas 57,35% dos usuários com HA detectada na aferição, referiram este agravo, sugerindo um subdiagnóstico de HA na população. Com relação ao risco estimado de um episódio de AVC entre os usuários do CS Coqueiros, verificou-se alto risco de AVC em 41,67% dos avaliados, risco moderado em 23,48% e baixo risco em 34,85%. Observou-se associação entre alto risco para o AVC e: ser do sexo feminino (p=0.046); ser idoso (p<0.001); ter HA diagnosticada por aferição (p<0.001); referir ter HA (p<0.001); referir uso de medicamentos para HA (p<0.001); ser tabagista (p=0.019) e referir diabetes (p<0.001).
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
A equipe se reunia a cada 03 meses e as análise estatísticas são realizadas em planilha no Microsoft Excel para subsidiar as devidas avaliações.
Quais os pontos positivos da experiência?: 
- Integração entre profissionais, professores e estagiários em benefício da pessoa idosa; - Uso de ferramenta tecnológica e inovação na prevenção da pessoa idosa na atenção primária; - Promoção de saúde e mudança do estilo de vida dos participantes; - Aumento da cobertura em saúde no território de doenças crônicas não transmissíveis e fatores de risco modificáveis ao acidente vascular cerebral; - Levantamento de indicadores epidemiológicos no território; - Triagem e encaminhamento efetivo para consultas, atendimentos coletivos e PIC's existentes na unidade; - Prevenção também de outras doenças cardiovasculares; - Ampliação do programa aos demais usuários do C.S; - Inexistência de custos financeiros adicionais.
Quais as limitações da experiência?: 
- Tempo reduzido para matriciamento entre a equipe NASF e da ESF na unidade de saúde em virtude da carga horária dos profissionais envolvidos; - Tempo disponível para mineração e análise dos dados obtidos dentro do ambiente de trabalho; - Promoção de atividades intersetoriais relacionadas à prática; - Comunicação pelas unidades hospitalares dos casos de AVC no território no momento da alta hospitalar para intervenção imediata e avaliação da prevenção.
2019
-
Sul
Estratégia de prevenção de acidente vascular cerebral na população idosa: identificação de risco e vulnerabilidade no âmbito da atenção primária
Introdução
O Centro de Saúde de Coqueiros abrange um grande número de idosos. O aumento do risco de AVC nesta população e a vulnerabilidade aos fatores de risco motivaram a realização desta experiência. Que também foi ampliada para os demais usuários da unidade.
Objetivos
- Prevenção do acidente vascular cerebral; - Identificação da população vulnerável aos fatores de risco e com maior probabilidade de AVC; - Ampliação da cobertura de saúde da população idosa; - Gestão dos indicadores epidemiológicos: - Construção de redes de atenção e cuidado.
Metas
  1. Elaboração de material para educação e promoção de saúde ao AVC e fatores de risco
  2. Concientização dos fatores de risco de AVC
  3. Construção de um Projeto de Saúde no Território
  4. Otimização do Projeto Terapêutico Singular
Público alvo
Indivíduos idosos de ambos os sexos saudáveis ou não.
Divulgação
Atividade aberta para participação dentro da unidade de saúde e divulgada nos grupos e atendimentos já existentes.
Número de participantes
68
Atividades
A população alvo envolveu usuários do Centro de Saúde de Coqueiros que compareciam ao CS para aferição da pressão arterial, que aguardavam na sala de espera da unidade de saúde ou que participavam de grupos de promoção da saúde existentes na unidade e que aguardavam consulta médica. Os usuários eram convidados a participarem da pesquisa respondendo a um questionário pré-elaborado para estimar o risco de AVC na população. O questionário era composto pelas seguintes variáveis: sexo, idade, etnia/raça, pressão alta referida, prática de atividade física, alimentação (consumo diário de frutas e verduras), histórico familiar de doenças cardiovasculares (HA, Infarto, AVC e Trombose), estresse (ter passado por um forte estresse no último ano), uso de anticoncepcional, diabetes e tabagismo. Além disso, foi realizada a aferição da pressão arterial e de medidas antropométricas para cálculo do Índice de Massa Corporal (IMC), que foram realizadas em uma sala específica do CS. O estimador de risco usado encontra-se disponibilizado gratuitamente pela REDE BRASIL AVC (redebrasil avc.org.br) e representa um importante aliado para as equipes de saúde no rastreamento da população vulnerável ao desenvolvimento do AVC, permitindo planejar e intervir de forma multiprofissional nos fatores de risco modificáveis. Os dados coletados foram armazenados no programa Excel e foram realizadas análises estatísticas descritivas e de associação por meio do Teste do Qui-Quadrado, com nível de significância de 5%. As análises foram conduzidas no programa STATA 12.0. Os participantes recebiam materiais explicativos sobre o acidente vascular cerebral e sobre os principais fatores de risco relacionados. Após a comunicação do resultado eram realizadas as devidas orientações e encaminhamentos, assim como, convite para participação em rodas de discussão e conversas realizadas de forma coletiva na unidade.
Resultados
O estimador de risco usado se mostrou um importante aliado para as equipes de saúde no rastreamento da população vulnerável ao desenvolvimento do AVC, permitindo planejar e intervir de forma multiprofissional nos fatores de risco modificáveis. Contribuindo no projeto terapêutico singular e no projeto de saúde no território. Foi criada uma rede de atenção e cuidados aos pacientes que apresentaram alto e moderado risco de AVC. Os pacientes classificados como baixo risco também receberam orientações e os devidos encaminhamentos quando necessário. A triagem e os encaminhamentos foram efetivos para consultas, atendimentos coletivos e PIC's existentes na unidade. Foi possi Os principais resultados obtidos foram: o aumento do nível de conscientização do indivíduo, família e comunidade quanto ao autocuidado e limitações das deficiências proporcionada pelo AVC. Proporcionando maior autonomia e independência das pessoas com diagnóstico específico de fatores de risco; prevenção de vícios e intervenção aos fatores de risco modificáveis relacionadas ao AVC; promoção da qualidade de vida e resgate a inclusão de uma rotina mais saudável nos grupos de promoção à saúde como o grupo de caminhada, corrida e pedalada e o grupo de alimentação saudável e qualidade de vida; introdução do conceito de corresponsabilidade no tratamento, bem como a possibilidade de resgatar a condição do indivíduo ser assistido integral e interdisciplinarmente, independente da condição social. E sim pelos simples fatores de ricos. Fugindo do modelo biomédico tradicional e com uma equipe transdisciplinar intervindo em prol da comunidade. Ações voltadas à educação em saúde da comunidade, com a criação de espaços coletivos e/ou rodas de conversa, assim como incentivo na participação de grupos de promoção da saúde, representaram uma importante estratégia para as equipes de saúde da unidade.

Ficha técnica

Município:
Florianópolis
Instituição Responsável:
Secretaria Municipal de Saúde
Coordenação da experiência:
Luís Rafaeli Coutinho
Email da coordenação:
luisrafaelli29@gmail.com
Telefone institucional:
(48) 3239-1500
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Prevenção de doenças e agravos em pessoas idosas (quedas, violência, suicídio, doenças crônicas não transmissíveis, uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas; acidentes de trânsito, saúde sexual e prevenção à ISTs/HIV-Aids e hepatites virais, etc.)
Parceiros:
Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC ( professores e estagiários dos cursos de medicina, enfermagem, fonoaudiologia e educação física).
Fotos:
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Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br