O processo de envelhecimento traz consigo uma série de transformações biológicas, fisiológicas, psicológicas, entre outras, mas tais transformações não devem e não podem ser um fator de impedimento à prática de atividades físicas e vivência da corporeidade do indivíduo idoso, (SANTOS, 1999). Segundo IBGE (2000) o número de idosos (60 anos e mais de idade) chega a 14,5 milhões passando a representar 9,1% da população brasileira. O Estado do Espírito Santo tem uma população de idosos de cerca de 350 mil pessoas, constituindo 8,72% da população geral. Entre os fatores que causam mais óbitos nesse público estão às doenças do aparelho circulatório (infartos, anginas, acidente vascular encefálico, hipertensão) que representam 42% do total de mortes. Em seguida, vem os acidentes por causas externas (22%), como acidentes de trânsito; em terceiro lugar estão os cânceres (17%); logo após as doenças do aparelho respiratório (12%); e, por fim, as doenças endócrinas e nutricionais, como diabetes, desnutrição e obesidade (7%). O número de fraturas de fêmur já chegou a ser de 28 para cada cem mil habitantes, um número alto, segundo a referência técnica da Secretaria Estadual de Saúde do Espírito Santo (ESPÍRITO SANTO, 2010). As políticas públicas governamentais têm procurado implementar modalidades de atendimento aos idosos tais como, Centros de Convivência, que são espaço destinados à prática de atividade física, cultural, educativa, social e de lazer, como forma de estimular sua participação no contexto social que se está inserido, (NERI, 2000). A população de idosos vem crescendo cada vez mais e percebe-se que são os idosos que buscam ter uma velhice ativa. Portanto a saúde tem que estar preparada para receber esta população procurando maneiras de melhorar sua qualidade de vida (SANTOS, 2006). O projeto proposto para a terceira idade reflete em benefícios e a fisioterapia trabalha com esta população visando sempre à prevenção e a promoção de sua saúde para que eles possam ter maior independência funcional, melhora da auto-estima, retorno ao convívio social, através de exercícios físicos, orientações e conscientização (MOREIRA, 2008).

Participam do projeto pessoas acima de 60 anos todos uniformizados, com supervisão de 01 fisioterapeuta, 01 nutricionista para controle de peso, altura e circunferência abdominal, e 02 técnicos de enfermagem para aferição de PA antes das atividades. Os idosos com restrição médica só participam do projeto mediante indicação médica. As atividades acontecem com duas turmas num período de 01 e além das atividades físicas são realizadas também mensalmente palestras educativas na qual o tema fica a escolha dos participantes do projeto, onde são convidados Médicos, Dentistas, Enfermeiros, Assistente Social entre outros.

A cada 3 meses da data inicial da intervenção do projeto, é realizada avaliação dos prontuários dos pacientes monitorados para verificar o retorno dos mesmos as consultas agendadas, para programação da busca ativa aos faltosos.
È utilizado o formulário de avaliação de atividade que apresentará o nome dos pacientes, a idade, endereço, telefone, a frequência às consultas, qual a data da ultima visita, qual a melhora do quadro, ou se apresenta alguma queixa, apresenta alguma patologia que possibilite contra indicação aos exercícios físicos, é hipertenso, diabético, obeso, ou se estar acima ou abaixo do peso, e se faz uso de medicamentos, apresenta alguma alergia, mora sozinho, apresenta alguma incapacidade física, e anotações a algumas observações encontradas com este paciente.