TÍTULO COMPLETO: Implantação de um ambulatório de psicologia para atendimento ao luto
INTRODUÇÃO
A partir da grande demanda de familiares em processo de luto antecipatório, seguido de morte de seu ente querido, no atendimento do Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), o Serviço de Psicologia do HIZA atentou pela necessidade de desenvolver um programa de atenção a pessoas enlutadas do hospital, criando-se, assim, o ambulatório do luto.
OBJETIVOS
- Ofertar a continuidade do acompanhamento psicológico ao paciente ou aos familiares após a alta hospitalar ou óbito;
- Oferecer um ambiente facilitador através do Ambulatório do Luto para o paciente falar sobre a perda, objetivando a aceitação da morte como realidade vigente, ou seja, viabilizar uma possível elaboração do luto.
METAS
- Oferecer um espaço de acolhimento e escuta terapêutica a pessoas enlutadas do Hospital do Idoso Zilda Arns (familiares e pacientes que perderam alguém próximo), visando proporcionar suporte psicológico aos participantes;
- Possibilitar um espaço de identificação e troca de experiência entre os integrantes na modalidade em grupo;
- Auxiliar os participantes a reorganizarem suas atividades cotidianas e projetos de vida na ausência do ente querido, sem desqualificar os sentimentos de saudade e afeto.
PÚBLICO-ALVO
Adultos do sexo masculino ou feminino que apresentam demanda psicológica decorrente da perda de ente querido (esposa, marido, irmão, filhos, entre outros). Considerando que o Hospital é referência no cuidado ao idoso, a maior parte do público é idoso.
NÚMERO DE PARTICIPANTES
20
DIVULGAÇÃO
Divulgação por meio de cartazes, fundo de telas dos computares do hospital, entrevistas em rádios e televisão, reunião com representantes das unidades do Sistema Único de Saúde, multimídia dos transportes públicos, palestras e participação em eventos.
ATIVIDADES
O Grupo Terapêutico em Luto ocorre semanalmente. Os participantes se apresentam e relatam acerca suas vivências do luto (tristeza, sentimento de culpa, vazio, impotência, desamparo, perda do sentido da vida, negação, raiva, revolta, etc.) e as dificuldades que estão vivenciando no momento atual, bem como discorrem sobre as vivências de enfrentamento do luto (religião, uso medicamentos estabilizadores do humor, família, atividades físicas, culturais, etc.). Durante o grupo, percebe-se o compartilhamento das experiências, a identificação da dor da perda, o acolhimento realizado aos sujeitos que demonstram fragilidade emocional, favorecendo o efeito terapêutico e a elaboração do luto de cada integrante. Nos atendimentos individuais, que ocorrem semanalmente, o paciente relata sobre as suas vivências do luto e as vivências de enfrentamento. Pode-se motivar nessa modalidade de atendimento o desenvolvimento do autoconhecimento e de ressignificação da perda do ente querido pelo paciente.
EQUIPE
02 psicólogas
EQUIPAMENTOS E RECURSOS FINANCEIROS
- 15 Cartazes (utilização de papel, computador e impressora) para divulgação do Ambulatório do Luto no próprio hospital;
- 1 sala para realizar o Grupo Terapêutico em Luto;
- 1 consultório para atendimento das triagens psicológicas e das consultas individuais.
Os materiais de divulgação do Ambulatório, como os cartazes, foram ofertados pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde-FEAES. Estima-se que os custos dos papéis e tinta da impressora para os cartazes foram de R$50,00.
RESULTADOS
As mudanças observadas foram: - reformulação do projeto inicial; maior adesão dos pacientes ao Grupo Terapêutico em Luto e no atendimento individual, após a intensificação da divulgação do serviço para outras unidades que compõem a rede do SUS; atender pacientes, familiares de pacientes em cuidados paliativos em luto antecipatório, bem como oferecer continuidade neste acompanhamento a todos os familiares que necessitarem após o óbito do paciente; melhora dos sintomas do luto dos participante.