TÍTULO COMPLETO: Oficina sobre as ferramentas para construção da Linhas de cuidado de atenção à pessoa idosa no Estado do Maranhão
INTRODUÇÃO
O envelhecimento é um fenômeno mundial e nos países em desenvolvimento, como o Brasil, esse fenômeno tem ocorrido de maneira extremamente acelerada e muitas das vezes sem que haja uma estrutura organizada para prestação dos cuidados demandados por essa população etária. Entendemos que para além de garantirmos que as pessoas vivam mais, é necessário que tenham longevidade com qualidade de vida, tendo acesso aos serviços de atenção, de acordo com as suas necessidades e peculiaridades. Portanto, cabe aos gestores de saúde, o planejamento de maneira a garantir o uso mais eficiente possível dos recursos disponíveis, capacitando suas equipes e garantindo estrutura adequada para que os indicadores de atenção sejam positivos e comprovem que a pessoa idosa está tendo acesso ao Sistema Único de Saúde - SUS de Qualidade, sem sofrer com a desorganização dos diversos serviços que o atendem, quer seja na área da saúde, assistência, educação ou segurança. De acordo com a Política Nacional de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa, a atenção integral e integrada deverá ser estruturada em uma Linha de Cuidado, com foco no usuário, baseada em direitos, necessidades, preferências e ser conduzida por uma lógica de corresponsabilidade entre todos os entes que compõe essa Rede, incluindo representações da sociedade. A organização da atenção à Pessoa Idosa em Linhas de Cuidados contribui para superar a fragmentação, reduzindo a distância entre os diversos pontos de atenção e garantindo a Integralidade das ações com um fluxo rápido e oportuno em todos os níveis da atenção. A Linha de Cuidado da Saúde da Pessoa Idosa é uma ferramenta imprescindível para uma atenção a saúde efetiva e de qualidade.
OBJETIVOS
- Disseminar o conceito de Linha de cuidado, fazendo com que sejam implementadas todas as ferramentas de cuidado necessárias para sua implantação;
- Suscitar aos municípios identificarem as estruturas existentes de atenção a pessoa idosa nos seus municípios, bem como levantar quais as ações que as mesmas já realizavam;
- Provocar a análise dos fluxos existentes, incentivando o olhar crítico de intercessões, sobreposições e necessidade de reengenharias internas que possibilitem articulações de cooperação e continuidade de atenção;
- Propiciar momentos de construções coletivas de protocolos de acessos e exemplificar na prática possíveis pactuações interinstitucionais entre as entidades existentes nos municípios;
- Buscar aproximar os diversos saberes, tais como o da assistência à saúde, educação, assistência social, segurança entre outros, com grupos de trabalhos heterogêneos durante toda Oficina.
METAS
- Receber retorno do diagnóstico de pelo menos 80% dos municípios selecionados;
- Capacitar 40 % dos municípios do Estado em 3 anos;
- Identificar as Instituições que compõe a Rede de atenção à pessoa idosa em pelo menos 80% dos municípios selecionados.
PÚBLICO-ALVO
Ambos os sexos, a partir dos 60 anos de idade.
NÚMERO DE PARTICIPANTES
6000
DIVULGAÇÃO
Por meio de comunicações interinstitucionais (Ofícios, e-mail).
ATIVIDADES
Primeiramente definíamos em qual Regional do Estado iríamos realizar a Oficina, uma vez definida, articulávamos juntamente com as Regionais a divulgação, comunicação, mobilização dos municípios ligados as essa Regionais. Após a definição encaminhávamos para as Secretarias dos municípios selecionados um Questionário semiestruturado, cujo objetivo era fazer com que os dados de estrutura, processos, ligados a atenção a pessoa idosa já pudessem ser levantados antes da Oficina propriamente dita. A Oficina acontecia durante dois dias intensivos, e essa era totalmente balizada pelos eixos da Política de Atenção à Pessoa Idosa, levando em conta os dados coletados anteriormente por meio dos questionários, e algumas vezes complementado durante as oficinas, a partir da vivência de cada profissional e ou gestor presente na mesma. Intercalávamos momentos de aulas expositivas com projeções de filmes de planejamento, e atividades práticas de construção de prioridades, a partir do perfil epidemiológico da população idosa de cada município, as estruturas existentes. Fazíamos ainda exercícios para elaboração de protocolos de acesso (ambulatorial e/ou Hospitalar) e uma simulação de um plano de implementação de processos para acompanhamento. Fazendo com que ao término da Oficina os participantes tivessem desenvolvido uma habilidade maior para reorganização dos processos internos de cada instituição, possibilitando ambiente propicia para uma atenção mais organizada, segura, resolutiva e eficiente da pessoa idosa dentro da lógica de Linha de cuidado.
EQUIPE
01 Enfermeira Sanitarista
01 Administradora (especialista em Gerontologia)
01 Instrutora nas oficinas e assessora (construção e execução da experiência junto a SES).
EQUIPAMENTOS E RECURSOS FINANCEIROS
- Estrutura incluindo: auditórios com materiais audiovisuais, como Datashow, som, flipchart, quadros brancos, cavaletes, caneta laser (apontador), rede de internet;
- Outros materiais: cartolinas, papeis kraft, chamex de várias cores, pilots, lápis para quadros brancos, fitas adesivas, tesouras, pastas, canetas, etc.
Custo entre R$ 12.000 e R$ 17.000 por evento. Os custos envolveram: passagens, combustíveis, diárias, Coffee Breack, alimentação para os participantes, materiais didáticos.
RESULTADOS
Disseminação do conceito de Linha de cuidado. Levantamos um perfil dos municípios que trabalhamos em relação as estruturas existentes de atenção a pessoa idosa, bem como levantamos quais as ações que os mesmos já realizavam. Provocamos a análise dos fluxos existentes, incentivando o olhar crítico de intercessões, sobreposições e necessidade de reengenharias internas que possibilitem articulações de cooperação e continuidade de atenção. Propiciamos momentos de construções coletivas de protocolos de acessos e exemplificar na prática possíveis pactuações interinstitucionais entre as entidades existentes nos municípios.