Quais foram os resultados observados depois da implementação?:
Até o momento foram realizadas 42 visitas domiciliares dos quais 25 (59,5%) apresentam presença de declínio funcional e 17 (40,5 %) possuem possível declínio funcional; em ambos aplicados o IVCF e a avaliação multidimensional da pessoa idosa. Em relação à idade, 42,8% estão entre 60 a 74 anos e o mesmo percentual verifica-se na faixa etária de 75-84 anos e 14,3% têm acima de 85 anos.
Analisamos que a maioria dos idosos (52,4%) considera ter uma saúde regular ou ruim e por conta disso deixaram de realizar as atividades básicas e instrumentais da vida diária. Grande parte deles afirmou que deixaram de fazer as compras tanto para casa como para o seu cuidado (64,3%) e não fazem pequenos trabalhos domésticos leves (57%). Quem fica responsável pela parte financeira é sempre algum familiar, na grande parte os filhos, que residem na mesma residência ou próximo.
Percebeu-se que os idosos quando perdem parte da sua autonomia e independência apresentam um quadro depressivo ou por vezes episódios de desanimo e tristeza (83,3%), perdendo o interesse em atividades antes realizadas. Isso reflete diretamente no cuidado à saúde, pois o idoso diminui o autocuidado, alimenta-se inadequadamente e pode negar-se a seguir as recomendações dos profissionais de saúde.
Outro fator avaliado foi à capacidade física, muitos apresentam alguma dificuldade para caminhar (88%), e o uso de mais de cinco medicamentos foi verificado em 83,3%, o que constata a polifarmácia e a presença de mais de uma patologia.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas:
Avaliação multidimensional do idoso
Avaliação do idoso em domicílio
Pactuação do plano de cuidados com a família
Aumento da autonomia dos idosos
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.:
- percentual de idosos com declínio funcional;
- percentual de idosos com possível declínio funcional;
- percentual de realização de atividades domésticas e cotidianas;
- percentual de idosos com limitação para deslocamento;
- percentual de idosos com sinais e sintomas de depressão;
- percentual de idosos com polifarmácia;
Com que frequência se reúne?:
Quais os pontos positivos da experiência?:
- elevada satisfação dos pacientes atendidos;
- avaliação em domicílio e sob aspecto multidimensional;
- envolvimento da família no plano de cuidados;
Quais as limitações da experiência?:
- carga horária destinada ao projeto;
Outras informações/resultados relevantes:
Com o projeto percebeu-se a necessidade constante de acompanhamento da pessoa idosa, bem como uma atenção multiprofissional. É importante que o plano de cuidados seja sistematizado com o idoso, família e equipe de saúde, pois a atenção compartilhada promove maior possibilidade de sucesso. E este deve conter estratégias de promoção e prevenção: as ações curativas para as situações presentes, as paliativas para aquelas sem cura, porém, substanciais para a melhora da qualidade de vida e também as reabilitadoras, para promover o restabelecimento das funções.
Ao propor metas que envolvam a participação do idoso no cuidado a sua saúde, e a família de forma atenciosa ajudando e encorajando nesses cuidados, pode-se haver uma melhora nos quadros depressivos que são freqüentes nessa fase. Uma terapêutica adequada pode estimular a autonomia para o autocuidado, assim como adaptações no ambiente e rotina.
Essencial criar o vínculo com os profissionais e o binômio idoso e família, visto que o elo estabelecido depende de fatores importantes como empatia e compromisso e terá reflexos diretos nos resultados.
Na execução, percebemos a necessidade de ampliar a carga horária, investimento em capacitação e atuação integrada com outras políticas públicas.