Identificação da Experiência

A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO DA PESSOA IDOSA ÀS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19.

Ano da experiência : 
2020
Região da Prática: 
Sul
Município: 
balneário Camboriú
Instituição Responsável: 
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Parceiros: 
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL
Coordenação da experiência: 
Anna Christina Barrichello E Roséle Fontes da Silva Machado
Telefone institucional: 
(47) 3264-0192
Email da coordenação: 
suasbc.gestao@gmail.com

Esfera, eixo e categoria

Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
Eixo temático: 
Experiência relacionadas à pandemia de COVID-19
Categoria da experiência relacionada à Covid-19: 
Isolamento Social e Distanciamento Social

Justificativa

Explique as razões ou acontecimentos que levaram ao planejamento da iniciativa.
O que motivou a realização dessa experiência?: 
Num estudo longitudinal, de base populacional, com idosos residentes em uma capital do sul do Brasil (≥ 60 anos), entrevistados em 2009-2010 (baseline) e em 2013-2014 (seguimento), Krug et al (2019) demonstraram que os idosos que não utilizavam a internet na “baseline” mantiveram esse comportamento no “seguimento”, deixando evidente a exclusão digital dessa população. Tal achado se mostra alarmante, já que os autores constataram “que os idosos que se mantiveram utilizando a internet tiveram maior chance de apresentar ganho cognitivo e menor chance de apresentar declínio cognitivo em comparação àqueles que não faziam uso dessa tecnologia”. (KRUG ET AL, 2019, PG. 10). O estudo também evidenciou “que a maioria dos idosos pesquisados não obteve ganho nem perda cognitiva clinicamente significativa.” (KRUG ET AL, 2019, PG. 8). Para Maia et al (2018) a utilização das tecnologias assistivas possibilita resultados positivos ao suporte à pessoa idosa e seus cuidadores na execução das Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e nas Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), podendo ser aplicadas para melhoria da qualidade de vida de idosos com demência. Assim sendo, uma grande preocupação se fez a partir da “pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação no Brasil” do Comitê Gestor da Internet no Brasil, em 2014, citada por Krug et al (2019), a qual mostrou que “81% dos idosos brasileiros não utilizavam a internet”. Neste sentido, por meio da execução de um projeto de intervenção realizado durante o estágio acadêmico em Serviço Social junto à Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú, buscou-se, por meio de Oficinas Pedagógicas de Informática, democratizar o acesso aos saberes em Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), com foco na pessoa idosa, de forma a estreitar seus laços familiares e sociais, especialmente num cenário de pandemia como a COVID-19, promovendo saúde e inclusão social.

Objetivos

Detalhe os objetivos da proposta, o que se esperava alcançar.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
Buscou-se democratizar o acesso da pessoa idosa às tecnologias da informação e comunicação, de forma a modificar a realidade (de exclusão) dessa população diante as inovações tecnológicas, fazendo com que estes cidadãos e cidadãs se apropriassem do seu protagonismo, fazendo uma transição tranquila do mundo analógico para a era digital, como forma de estreitar laços familiares e sociais, possibilitando que a população atendida conheça, desfrute, respire, habite, explore, socialize de forma plena e segura o território onde sua vida ocorre, especialmente num cenário de pandemia como a COVID-19, promovendo saúde e inclusão social, facilitando o processo de atendimento, via tele atendimento - via telemedicina. Buscou-se, ainda, demonstrar o quanto é possível exercer a cidadania por meio da internet, por exemplo, acompanhando a posição na fila do SUS, emitindo o passaporte da vacina, enfim, usando a intuitividade para pesquisar e experimentar novos saberes em informática. As oficinas buscaram mitigar os efeitos negativos da COVID-19 referentes a sensação de isolamento ou abandono, mostrando que com o uso da internet (redes sociais), é possível estar próximo e em contato. Enfim, por meio da percepção de que a transição do mundo analógico para o digital pode ser suave, sem stress, de forma lúdica, tranquila é que as Oficinas Pedagógicas de Informática foram realizadas. Ainda como objetivos específicos, também se buscou promover os devidos encaminhamentos às redes de assistência social e saúde, conforme as demandas identificadas na população atendida, porém, não se identificou a necessidade de encaminhamentos.

Metas

Detalhe as metas estabelecidas para o funcionamento da prática. Exemplo: META 1: distribuir 1000 exemplares de material didático sobre prevenção de quedas. META 2: diminuir as internações por quedas entre idosos em n%.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Contribuir para que os alunos emitissem o Certificado Nacional de Vacinação COVID-19, por meio do aplicativo Conecte SUS Cidadão;
Possibilitar que os alunos se conectassem à rede pública de internet da prefeitura, favorecendo o acesso à informações, especialmente relacionadas à saúde e em tecnologias da informação e comunicação.
Promover o acesso dos usuários aos aplicativos da saúde, para realizar consultas e verificar exames

Abrangência

Onde foi desenvolvida?: 
Atendeu todo munícipes que se interessou, independente da sua regional de saúde.
Esta experiência já participou de alguma edição de seleção anterior?: 
Não

Público-alvo

Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Após captar voluntários para ministrarem as Oficinas, num prazo de 20 dias, promover a formação destes futuros monitores para que atuem/participem do projeto de maneira compatível com os preceitos da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Instagram e material impresso (cronograma de oficinas) distribuído na recepção das UBS, CRAS e Casa da Mulher e em mídias
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
as inscrições eram abertas para o idoso que quisesse participar, respeitando-se o limite máximo de pessoas da sala, conforme o cenário da Pandemia permitisse. Para promover interações intergeracionais, a Oficina recebia o público em geral.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
75
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
Contando que foram cerca de 50 encontros e a média de alunos por encontro era de aproximadamente 16, há uma média de 600 idosos participaram das Oficinas, isso pois, ainda que a rotatividade dos alunos fosse alta, havia um grupo assíduo de alunos.
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
600
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
Alguns saiam para fazer outras atividades, também deixavam de vir por compromissos familiares, entre outros.

Implementação

Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
Foram realizadas Oficinas Pedagógicas de Informática, visando alcançar como público a população idosa. As aulas tinham uma hora de duração, inicialmente uma vez por semana e posteriormente duas vezes por semana. O foco do conhecimento das oficinas estava nos saberes dos alunos idosos e não no da professora/voluntária, possibilitando com isso, a valorização dos saberes da pessoa idosa, As oficinas tinham a preocupação em apresentar uma percepção de como se busca o conhecimento na era digital e como o saber do idoso é algo de muito valor nos dias atuais, independente de se estar na era digital. Buscou-se ainda desmistificar a informática e diminuir a sensação de medo enfrentada por muitos idosos diante o computador ou o smartphone. Para uma melhor compreensão das questões relacionadas às Tecnologias da Informação e Comunicação, uma das estratégias utilizadas era fazer o máximo possível de comparações entre o mundo digital com o mundo “de antigamente”, como por exemplo, estabelecer a relação entre ter que viajar para ver um filho distante e a possibilidade de usar um smartphone para ver e interagir com esse filho sem ter que sair de casa, assiom como acessar o aplicativo ConectSUS, Alô Saúde e telemedicina. Questões referentes a segurança da informação também foram abordadas. A principal motivação para a realização das oficinas foi promover a inclusão digital e social da pessoa idosa, favorecendo que um mundo de novas descobertas e possibilidades fosse possível para esse público. A motivação também considerou os estudos de Krug et al (2019) conforme apontado: [...] achados mostram relações já evidenciadas na literatura, porém ressaltam a importância da relação do uso de internet com o melhor desempenho cognitivo de idosos. Nesse sentido, estimular políticas de promoção da inclusão digital de idosos pelo uso da internet pode auxiliar na melhoria ou na preservação da função cognitiva dessa população, com impacto direto na diminuição de doenças relacionadas a problemas cognitivos e, consequentemente, na melhora da saúde e da qualidade de vida. (KRUG ET AL, 2019, PG. 10) O principal resultado verificado no questionário de avaliação aplicado ao final do projeto foi que 50% dos alunos que responderam o referido questionário “concorda” que “seu conhecimento em informática foi ampliado” e 43,8% “concorda plenamente” com a referida afirmação. Ainda sobre o questionário de avaliação, 93,8% das respostas indicaram “SIM”, que o uso das redes sociais durante a pandemia de COVID-19 ajudou a evitar a sensação de isolamento social. Nesse sentido, vemos como positiva a iniciativa que objetivou democratizar o acesso da pessoa idosa aos saberes das tecnologias da informação e comunicação, especialmente no cenário de pandemia da COVI-19, promovendo saúde e inclusão.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
Alta rotatividades dos alunos, fazendo com que a metodologia das oficinas tivesse que ser adaptada para aulas curtas, que não exigissem uma sequência ou continuidade para um próximo encontro. Os conteúdos (assuntos) eram adaptados para um único encontro, possibilitando receber novos alunos a cada aula, sem que houvesse perda de conteúdo para quem estivesse chegando pela primeira vez.

Resultados

Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
No que diz respeito a atenção à pessoa idosa, observou-se que os alunos passaram a se sentir mais seguros em relação à informática. Ainda havia um certo receio em relação ao computador, porém, com o smartphone era um pouco diferente, os alunos aparentavam menos receio. Os alunos mais assíduos vinham bem motivados para as oficinas, criando um belo vínculo com a voluntária que dava as oficinas. Sobre a organização dos serviços, observou-se pouca mudança, a não ser pela necessidade de se higienizar as carteiras antes do início das oficinas e manter o uso de máscara. O planejamento de novas ações precisa rever um espaço mais adequado para as aulas, no sentido de se sair de um modelo de sala de aula (laboratório de informática) para um espaço que promova a convivência/vivências em informática. Onde o grupo possa se reunir e chamar o Ifood para fazer um lanche, ou marcar um podcast ou live para trocar experiências, enfim, busca-se ir além da sala/laboratório, busca-se um espaço onde se viva e experimente a informática como parte do dia-a-dia.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
emissão do Certificado Nacional de Vacinação COVID-19 não foi de todo possível por problemas na internet, também pelo fato de que nem todos conseguiram fazer a conta gov.br no tempo da aula.
ossibilitar que os alunos se conectassem com a internet pública da prefeitura. Foi possível que a maioria dos alunos fizesse o devido cadastro e se conectasse à internet da prefeitura.
Muitos usuários conseguiram se cadastrar no CONECTSUS, assim como buscar a UBS via whatssap e telemedicina
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
O principal resultado verificado no questionário de avaliação aplicado ao final do projeto foi que 50% dos alunos que responderam o referido questionário “concorda” que “seu conhecimento em informática foi ampliado” e 43,8% “concorda plenamente” com a referida afirmação. Ainda sobre o questionário de avaliação, 93,8% das respostas indicaram “SIM”, que o uso das redes sociais durante a pandemia de COVID-19 ajudou a evitar a sensação de isolamento social.
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
Semanalmente
Quais os pontos positivos da experiência?: 
Motivar a pessoa idosa a se apropriar de conhecimentos na área de informática e usá-la como parte do seu dia-a-dia. Possibilitar novas experiências, em informática, para a pessoa idosa. Mitigar a possível sensação de medo que o idoso possa sentir ao lidar com a informática. A partir dos conhecimentos em informática estreitar laços familiares, emocionais e sociais.
Quais as limitações da experiência?: 
Ter acesso a ambiente adequado para ministrar as oficinas, bem como, aos equipamentos de informática (computador, impressora, smartphone, internet boa, etc.) Falta de voluntários para dar as Oficinas Pedagógicas de Informática.
2020
-
Sul
A DEMOCRATIZAÇÃO DO ACESSO DA PESSOA IDOSA ÀS TECNOLOGIAS DE INFORMAÇÃO E COMUNICAÇÃO EM TEMPOS DE COVID-19.
Introdução
Num estudo longitudinal, de base populacional, com idosos residentes em uma capital do sul do Brasil (≥ 60 anos), entrevistados em 2009-2010 (baseline) e em 2013-2014 (seguimento), Krug et al (2019) demonstraram que os idosos que não utilizavam a internet na “baseline” mantiveram esse comportamento no “seguimento”, deixando evidente a exclusão digital dessa população. Tal achado se mostra alarmante, já que os autores constataram “que os idosos que se mantiveram utilizando a internet tiveram maior chance de apresentar ganho cognitivo e menor chance de apresentar declínio cognitivo em comparação àqueles que não faziam uso dessa tecnologia”. (KRUG ET AL, 2019, PG. 10). O estudo também evidenciou “que a maioria dos idosos pesquisados não obteve ganho nem perda cognitiva clinicamente significativa.” (KRUG ET AL, 2019, PG. 8). Para Maia et al (2018) a utilização das tecnologias assistivas possibilita resultados positivos ao suporte à pessoa idosa e seus cuidadores na execução das Atividades Básicas de Vida Diária (ABVD) e nas Atividades Instrumentais de Vida Diária (AIVD), podendo ser aplicadas para melhoria da qualidade de vida de idosos com demência. Assim sendo, uma grande preocupação se fez a partir da “pesquisa sobre o uso das tecnologias da informação e comunicação no Brasil” do Comitê Gestor da Internet no Brasil, em 2014, citada por Krug et al (2019), a qual mostrou que “81% dos idosos brasileiros não utilizavam a internet”. Neste sentido, por meio da execução de um projeto de intervenção realizado durante o estágio acadêmico em Serviço Social junto à Secretaria de Desenvolvimento e Inclusão Social de Balneário Camboriú, buscou-se, por meio de Oficinas Pedagógicas de Informática, democratizar o acesso aos saberes em Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs), com foco na pessoa idosa, de forma a estreitar seus laços familiares e sociais, especialmente num cenário de pandemia como a COVID-19, promovendo saúde e inclusão social.
Objetivos
Buscou-se democratizar o acesso da pessoa idosa às tecnologias da informação e comunicação, de forma a modificar a realidade (de exclusão) dessa população diante as inovações tecnológicas, fazendo com que estes cidadãos e cidadãs se apropriassem do seu protagonismo, fazendo uma transição tranquila do mundo analógico para a era digital, como forma de estreitar laços familiares e sociais, possibilitando que a população atendida conheça, desfrute, respire, habite, explore, socialize de forma plena e segura o território onde sua vida ocorre, especialmente num cenário de pandemia como a COVID-19, promovendo saúde e inclusão social, facilitando o processo de atendimento, via tele atendimento - via telemedicina. Buscou-se, ainda, demonstrar o quanto é possível exercer a cidadania por meio da internet, por exemplo, acompanhando a posição na fila do SUS, emitindo o passaporte da vacina, enfim, usando a intuitividade para pesquisar e experimentar novos saberes em informática. As oficinas buscaram mitigar os efeitos negativos da COVID-19 referentes a sensação de isolamento ou abandono, mostrando que com o uso da internet (redes sociais), é possível estar próximo e em contato. Enfim, por meio da percepção de que a transição do mundo analógico para o digital pode ser suave, sem stress, de forma lúdica, tranquila é que as Oficinas Pedagógicas de Informática foram realizadas. Ainda como objetivos específicos, também se buscou promover os devidos encaminhamentos às redes de assistência social e saúde, conforme as demandas identificadas na população atendida, porém, não se identificou a necessidade de encaminhamentos.
Metas
  1. Contribuir para que os alunos emitissem o Certificado Nacional de Vacinação COVID-19, por meio do aplicativo Conecte SUS Cidadão;
  2. Possibilitar que os alunos se conectassem à rede pública de internet da prefeitura, favorecendo o acesso à informações, especialmente relacionadas à saúde e em tecnologias da informação e comunicação.
  3. Promover o acesso dos usuários aos aplicativos da saúde, para realizar consultas e verificar exames
Público alvo
Após captar voluntários para ministrarem as Oficinas, num prazo de 20 dias, promover a formação destes futuros monitores para que atuem/participem do projeto de maneira compatível com os preceitos da Política Nacional do Idoso e do Estatuto do Idoso.
Divulgação
Instagram e material impresso (cronograma de oficinas) distribuído na recepção das UBS, CRAS e Casa da Mulher e em mídias
Número de participantes
600
Atividades
Foram realizadas Oficinas Pedagógicas de Informática, visando alcançar como público a população idosa. As aulas tinham uma hora de duração, inicialmente uma vez por semana e posteriormente duas vezes por semana. O foco do conhecimento das oficinas estava nos saberes dos alunos idosos e não no da professora/voluntária, possibilitando com isso, a valorização dos saberes da pessoa idosa, As oficinas tinham a preocupação em apresentar uma percepção de como se busca o conhecimento na era digital e como o saber do idoso é algo de muito valor nos dias atuais, independente de se estar na era digital. Buscou-se ainda desmistificar a informática e diminuir a sensação de medo enfrentada por muitos idosos diante o computador ou o smartphone. Para uma melhor compreensão das questões relacionadas às Tecnologias da Informação e Comunicação, uma das estratégias utilizadas era fazer o máximo possível de comparações entre o mundo digital com o mundo “de antigamente”, como por exemplo, estabelecer a relação entre ter que viajar para ver um filho distante e a possibilidade de usar um smartphone para ver e interagir com esse filho sem ter que sair de casa, assiom como acessar o aplicativo ConectSUS, Alô Saúde e telemedicina. Questões referentes a segurança da informação também foram abordadas. A principal motivação para a realização das oficinas foi promover a inclusão digital e social da pessoa idosa, favorecendo que um mundo de novas descobertas e possibilidades fosse possível para esse público. A motivação também considerou os estudos de Krug et al (2019) conforme apontado: [...] achados mostram relações já evidenciadas na literatura, porém ressaltam a importância da relação do uso de internet com o melhor desempenho cognitivo de idosos. Nesse sentido, estimular políticas de promoção da inclusão digital de idosos pelo uso da internet pode auxiliar na melhoria ou na preservação da função cognitiva dessa população, com impacto direto na diminuição de doenças relacionadas a problemas cognitivos e, consequentemente, na melhora da saúde e da qualidade de vida. (KRUG ET AL, 2019, PG. 10) O principal resultado verificado no questionário de avaliação aplicado ao final do projeto foi que 50% dos alunos que responderam o referido questionário “concorda” que “seu conhecimento em informática foi ampliado” e 43,8% “concorda plenamente” com a referida afirmação. Ainda sobre o questionário de avaliação, 93,8% das respostas indicaram “SIM”, que o uso das redes sociais durante a pandemia de COVID-19 ajudou a evitar a sensação de isolamento social. Nesse sentido, vemos como positiva a iniciativa que objetivou democratizar o acesso da pessoa idosa aos saberes das tecnologias da informação e comunicação, especialmente no cenário de pandemia da COVI-19, promovendo saúde e inclusão.
Resultados
No que diz respeito a atenção à pessoa idosa, observou-se que os alunos passaram a se sentir mais seguros em relação à informática. Ainda havia um certo receio em relação ao computador, porém, com o smartphone era um pouco diferente, os alunos aparentavam menos receio. Os alunos mais assíduos vinham bem motivados para as oficinas, criando um belo vínculo com a voluntária que dava as oficinas. Sobre a organização dos serviços, observou-se pouca mudança, a não ser pela necessidade de se higienizar as carteiras antes do início das oficinas e manter o uso de máscara. O planejamento de novas ações precisa rever um espaço mais adequado para as aulas, no sentido de se sair de um modelo de sala de aula (laboratório de informática) para um espaço que promova a convivência/vivências em informática. Onde o grupo possa se reunir e chamar o Ifood para fazer um lanche, ou marcar um podcast ou live para trocar experiências, enfim, busca-se ir além da sala/laboratório, busca-se um espaço onde se viva e experimente a informática como parte do dia-a-dia.

Ficha técnica

Município:
balneário Camboriú
Instituição Responsável:
SECRETARIA MUNICIPAL DE SAÚDE
Coordenação da experiência:
Anna Christina Barrichello E Roséle Fontes da Silva Machado
Email da coordenação:
suasbc.gestao@gmail.com
Telefone institucional:
(47) 3264-0192
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Isolamento Social e Distanciamento Social
Parceiros:
SECRETARIA DE DESENVOLVIMENTO E INCLUSÃO SOCIAL
> Conheça todas as experiências inscritas de 2020
> Conheça todas as experiências inscritas de 2021

Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br