Ano: 
2018
Categoria: 
Prevenção de doenças e agravos em pessoas idosas (quedas, violência, suicídio, doenças crônicas não transmissíveis, uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas; acidentes de trânsito, saúde sexual e prevenção à ISTs/HIV-Aids e hepatites virais, etc.)
Região da Prática: 
Sudeste
Município: 
São Paulo
Instituição Responsável: 
Ambulatório Médico de Especialidades - AME Idoso Sudeste - SES São Paulo/SPDM
Coordenação da experiência: 
Eduardo Canteiro Cruz
Telefone institucional: 
(11) 4280-2860
Email da coordenação: 
eduardo.cruz@ameidososudeste.spdm.org.br
Qual a esfera da experiência?: 
Grupo A - Estados e DF
O que motivou a realização dessa experiência?: 
O risco de cair aumenta com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e a sua maior longevidade. Trata-se de condição com possibilidade de prevenção que demanda recursos que são escassos e aumenta a demanda por cuidados de longa duração. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes com quedas representam a sexta causa de morte envolvendo pessoas acima dos 65 anos de idade. Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que destes, 6% a 44% são danos graves, como fraturas, hematomas subdurais e outros sangramentos, que podem levar ao óbito. A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. O evento queda cursa com declínio funcional e consequente aumento de mortalidade. Ações efetivas de identificação de riscos específicos e ações de prevenção focadas nos riscos são necessárias para reduzir a frequência de quedas nos idosos.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
O objetivo geral foi conscientizar usuários da unidade sobre riscos e prevenção de quedas, com definição objetiva do risco de quedas individualmente e participação de grupos de orientação sobre medidas preventivas.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Orientação sobre equilíbrio e atividade física
Orientação sobre cuidado dos pés
Orientação sobre riscos ambientais e comportamentais
Avaliação clínica cognitiva, acuidade auditiva e visual e detecção de fatores de risco com classificação de risco de queda conforme escala de Downton
Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Foram agendados 308 idosos, compareceram e tiveram participação em todas as modalidades oferecidas e avaliação clínica completa 250 idosos, sendo 196 mulheres com idades entre 60 e 88 anos e 54 homens com idades entre 60 e 96 anos.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Houve divulgação entre os usuários do AME Idoso Sudeste através de cartazes e informações durante as consultas e atividades desenvolvidas na unidade.
Onde foi desenvolvida?: 
A Campanha de Prevenção de Queda 2017 foi uma iniciativa local, tendo acontecido no AME Idoso Sudeste, com território de abrangência regiões sul e sudeste do município de São Paulo e municípios circunvizinhos da região do Grande ABC, região dos Mananciais e região da Rota dos Bandeirantes do Estado de São Paulo.
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Foram abertas agendas e agendados sequencialmente por demanda espontânea.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
308
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
Houve absenteísmo de 58 pacientes (18%). Os pacientes que compareceram, participaram de todas as atividades propostas.
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
250
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
Absenteísmo por motivos diversos (condições clínicas, deficiência de acompanhante, problema de transporte, etc.).
Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
Todos os pacientes foram previamente agendados. A campanha foi estruturada de forma em que cada paciente foi avaliado por uma equipe multiprofissional, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educador Físico, Enfermagem e Médicos, em sistema de rodízio, no modelo a seguir apresentado com duração média de 3 horas para todo circuito. 1) Oficina: Exercícios de força muscular e equilíbrio realizada no salão de convivência; 2) Palestra: Focando a importância da atividade física na prevenção de quedas. 3) Oficina: Focando nos riscos ambientais e comportamentais, tendo como exemplo a casa modelo demonstrando riscos ambientais domésticos e principais comportamentos de risco. 4) Palestra: Riscos ambientais e comportamentais. 5) Oficina: Cuidados com os pés, identificação de problemas de sensibilidade. 6) Palestra: Cuidado com os pés. 7) Avaliação de fisioterapia: Avaliação de equilíbrio e marcha. 8) Avaliação médica geriátrica: Avaliação médica de risco de queda constou de: a. Avaliação clínica com ênfase em doenças que cursam com instabilidades posturais, hipotensão ou outras causas de quedas. b. Avaliação cognitiva de risco de queda através de orientação temporoespacial e auto percepção. c. Avaliação funcional da marcha, uso de aditamentos e audição. Ao final do atendimento geriátrico, foi aplicada escala de risco de queda Downton com resultado do risco de queda com entrega de cópia da avaliação para o paciente com orientações sobre riscos e necessidade de tratamentos e acompanhamentos e eventualmente reconciliação medicamentosa. 9) Avaliação médica oftalmológica: acuidade visual foi avaliada com escala de Snellen e anotada acuidade visual com classificação em portador de déficit visual ou não portador de déficit visual com possível relação ao risco de queda Houve distribuição de materiais do tipo folhetos educativos "Cuidado com os pés" e "Prevenção de quedas" além da escala de avaliação de risco de queda individual para cada participante. Os pacientes classificados como de alto risco para queda foram recrutados após seis meses para nova avaliação e reforço de orientação quanto aos riscos.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
As principais dificuldades foram: • Organização do evento com antecedência suficiente para abertura de agendas no sistema CROSS do Estado de São Paulo. • Inserção das atividades nos espaços e períodos de atendimento, sem aumentar horários de trabalho dos colaboradores e sem prejudicar as atividades regulares da unidade. • Como o evento constou de várias etapas, foi cansativo para alguns idosos.
Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
Resultados objetivos: participação de 250 idosos da ação de prevenção de quedas, com risco detectado em 47%. Orientações gerais e específicas dadas aos idosos sobre prevenção de quedas. Resultados subjetivos: conscientização sobre fatores de risco individuais e ambientais e sobre estratégias para prevenção. A experiência foi positiva para integração e organização da equipe multiprofissional, que passou a ter um olhar diferenciado para os riscos de quedas, que foi incorporado nas rotinas diárias de atendimento e orientações. A experiência foi também um piloto de atendimento em formato de circuito de atividades, com aproveitamento de recursos humanos e espaços físicos ao máximo. O engajamento dos diretores da instituição na organização e participação ativa nas atividades propostas foi motivador para toda equipe multiprofissional envolvida no atendimento dos idosos.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Avaliação objetiva de risco realizada com alto risco de queda detectado em 47% dos idosos
Identificados principais medicamentos relacionados a alto risco de quedas
Orientações gerais e específicas sobre prevenção de quedas dadas aos participantes: orientações sobre cuidados com os pés, atividade física, cuidado geral com a saúde.
Orientações sobre riscos ambientais enfatizadas com uso do recurso "casa modelo"
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Foram identificados 118 (47,2%) idosos com alto risco de queda e 132 (52,8%) com baixo risco. Das mulheres, 107 (54,6%) tiveram baixo risco de queda e 89 (45,4%) alto risco, sendo que 87,6% dos alto risco tiveram índices 3 a 5 – variação de zero a 8. Dos homens, 25 (46,3%) tiveram baixo risco e 29 (53,7%) alto risco, sendo que 93,1% dos alto risco tiveram índices 3 a 5 – variação de zero a 6. O critério queda anterior foi positivo em 63,6% dos idosos com alto risco e em 22,7% dos com baixo risco com diferença estatística significante (p<0,01), sendo a média de 1,9 queda no grupo de alto risco e 1,7 queda no grupo de baixo risco. A diminuição da acuidade visual (< 20/40 na tabela de Snellen) foi detectada em 50% no alto risco de queda e em 22,7% no baixo risco (p<0,01). A baixa acuidade auditiva ocorreu em 47,5% no alto risco e 13,6% no baixo risco (p<0,01). Alteração da sensibilidade nos MMII ocorreu em 17,8% no alto risco e 1,5% no baixo risco (p<0,01). A marcha com bom desempenho ocorreu em 49,2% no alto risco e 68,9% do baixo risco (p<0,01). Idosos com baixo risco de queda 50 (37,9%) não faziam uso de nenhum medicamento das classes relacionadas ao risco de queda comparados àqueles 11 (9,3%) com alto risco (p<0,01). Somente 2 indivíduos (1,7%) com alto risco de queda e 12 (9,1%) com baixo risco não faziam uso de nenhum medicamento regular (p<0,01). A frequência das classes de medicamentos usados pelos idosos seguiu o mesmo padrão de ordem para os dois grupos de risco. A classe mais frequente foi de anti-hipertensivos não diuréticos (77,1% no alto risco e 48,5% no baixo risco), seguida por diuréticos (50,8% no alto risco e 15,2% no baixo risco), antidepressivos (22% no alto risco e 6,1% no baixo risco), sedativos (21,2% no alto risco e 6,1% no baixo risco) e antiparkinsonismo (1,7% no alto risco e 1,5% no baixo risco). Quanto ao número de classes de medicamento tivemos zero em 9,3% no alto risco e 37,9% no baixo risco, 1 classe de medicamento em 27,1% do alto risco e 47,7% no baixo risco, 2 classes de medicamento em 48,3% do alto risco e 13,6% do baixo risco, 3 classes de medicamento em 11,9% do alto risco e 0,8% do baixo risco, 4 classes de medicamento em 3,4% do alto risco e 0% do baixo risco e nenhum idoso fazia uso das 5 classes de medicamento simultaneamente. Antidepressivos e sedativos foram mais frequentes nos idosos com alto risco de queda (43,2%) do que naqueles com baixo risco (12,1%) (p<0,01).
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
Houve reuniões para análise dos dados obtidos na campanha, com planejamento de estratégias de abordagens nos grupos de terapias e nos grupos de convivência com atividades físicas. Seis meses depois das ações da Campanha de Prevenção de Quedas os idosos co
Quais os pontos positivos da experiência?: 
A utilização do Índice de Downton como instrumento de avaliação de risco de quedas foi satisfatória. Cerca da metade dos idosos avaliados tiveram alto risco de queda, com significância estatística em todos os critérios analisados quando comparados aos de baixo risco. O conhecimento dos critérios individualizados permite elaboração de planos de cuidado para o indivíduo com orientações específicas para redução do risco global de queda. Drogas anti-hipertensivas não-diuréticas e diuréticos foram as principais drogas utilizadas pelos idosos relacionadas ao risco de queda. A avaliação objetiva do risco de queda pode ser útil para orientar a revisão da prescrição médica com intuito de mitigar interações medicamentosas com possível redução do risco. O conhecimento de riscos específicos permite orientações mais precisas e provavelmente mais eficientes para prevenção de quedas nos idosos. O recurso “casa modelo” foi fundamental na demonstração prática dos riscos ambientais e comportamentos de risco para quedas. A experiência foi bem sucedida no modelo circuito, com aproveitamento ótimo de espaço físico e recursos humanos.
Quais as limitações da experiência?: 
Limitação da experiência alguns pacientes não trouxeram lista de medicamentos, limitando a reconciliação e identificação de riscos. Seleção de pacientes usuários da unidade, alguns já estavam inseridos em práticas físicas, trazendo viés de seleção, com amostra não representando a população geral de idosos.
2018
-
Sudeste
Campanha de Prevenção de Quedas no AME Idoso

TÍTULO COMPLETO: Campanha de Prevenção de Quedas no AME Idoso Sudeste 2017 – CIRCUITO DA PREVENÇÃO

INTRODUÇÃO

O risco de cair aumenta com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e a sua maior longevidade. Trata-se de condição com possibilidade de prevenção que demanda recursos que são escassos e aumenta a demanda por cuidados de longa duração. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes com quedas representam a sexta causa de morte envolvendo pessoas acima dos 65 anos de idade. Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que destes, 6% a 44% são danos graves, como fraturas, hematomas subdurais e outros sangramentos, que podem levar ao óbito. A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. O evento queda cursa com declínio funcional e consequente aumento de mortalidade.

Ações efetivas de identificação de riscos específicos e ações de prevenção focadas nos riscos são necessárias para reduzir a frequência de quedas nos idosos.

OBJETIVOS

O objetivo geral foi conscientizar usuários da unidade sobre riscos e prevenção de quedas, com definição objetiva do risco de quedas individualmente e participação de grupos de orientação sobre medidas preventivas.

METAS

  • Orientação sobre equilíbrio e atividade física;
  • Orientação sobre cuidado dos pés;
  • Orientação sobre riscos ambientais e comportamentais;
  • Avaliação clínica cognitiva, acuidade auditiva e visual e detecção de fatores de risco com classificação de risco de queda conforme escala de Downton.

PÚBLICO-ALVO

Foram agendados 308 idosos, compareceram e tiveram participação em todas as modalidades oferecidas e avaliação clínica completa 250 idosos, sendo 196 mulheres com idades entre 60 e 88 anos e 54 homens com idades entre 60 e 96 anos.

NÚMERO DE PARTICIPANTES

250

DIVULGAÇÃO

Houve divulgação entre os usuários do AME Idoso Sudeste através de cartazes e informações durante as consultas e atividades desenvolvidas na unidade.

ATIVIDADES

Todos os pacientes foram previamente agendados.

A campanha foi estruturada de forma em que cada paciente foi avaliado por uma equipe multiprofissional, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educador Físico, Enfermagem e Médicos, em sistema de rodízio, no modelo a seguir apresentado com duração média de 3 horas para todo circuito.

1) Oficina: Exercícios de força muscular e equilíbrio realizada no salão de convivência;

2) Palestra: Focando a importância da atividade física na prevenção de quedas.

3) Oficina: Focando nos riscos ambientais e comportamentais, tendo como exemplo a casa modelo demonstrando riscos ambientais domésticos e principais comportamentos de risco.

4) Palestra: Riscos ambientais e comportamentais.

5) Oficina: Cuidados com os pés, identificação de problemas de sensibilidade.

6) Palestra: Cuidado com os pés.

7) Avaliação de fisioterapia: Avaliação de equilíbrio e marcha.

8) Avaliação médica geriátrica: Avaliação médica de risco de queda constou de:

a.         Avaliação clínica com ênfase em doenças que cursam com instabilidades posturais, hipotensão ou outras causas de quedas.

b.         Avaliação cognitiva de risco de queda através de orientação temporoespacial e auto percepção.

c.         Avaliação funcional da marcha, uso de aditamentos e audição.

Ao final do atendimento geriátrico, foi aplicada escala de risco de queda Downton com resultado do risco de queda com entrega de cópia da avaliação para o paciente com orientações sobre riscos e necessidade de tratamentos e acompanhamentos e eventualmente reconciliação medicamentosa.

9) Avaliação médica oftalmológica: acuidade visual foi avaliada com escala de Snellen e anotada acuidade visual com classificação em portador de déficit visual ou não portador de déficit visual com possível relação ao risco de queda

Houve distribuição de materiais do tipo folhetos educativos "Cuidado com os pés" e "Prevenção de quedas" além da escala de avaliação de risco de queda individual para cada participante.

Os pacientes classificados como de alto risco para queda foram recrutados após seis meses para nova avaliação e reforço de orientação quanto aos riscos.

EQUIPE

Fisioterapeutas (3) – participaram da organização das atividades, atendimento e orientação

Enfermeiros (3) – participaram da organização das atividades, atendimento e orientação

Médicos (1 geriatra, 1 oftalmologista, 1 clínico) – participaram da organização das atividades, atendimento aplicando escala de Downton, avaliação de visão e orientação

Educador físico (1) – participou da organização das atividades e orientação

Terapeuta ocupacional (1) - participou da organização das atividades e orientação

EQUIPAMENTOS E RECURSOS FINANCEIROS

Sala de eventos, sala de fisioterapia, consultórios e casa modelo.

RESULTADOS

Resultados objetivos: participação de 250 idosos da ação de prevenção de quedas, com risco detectado em 47%. Orientações gerais e específicas dadas aos idosos sobre prevenção de quedas.

Resultados subjetivos: conscientização sobre fatores de risco individuais e ambientais e sobre estratégias para prevenção.

A experiência foi positiva para integração e organização da equipe multiprofissional, que passou a ter um olhar diferenciado para os riscos de quedas, que foi incorporado nas rotinas diárias de atendimento e orientações.

A experiência foi também um piloto de atendimento em formato de circuito de atividades, com aproveitamento de recursos humanos e espaços físicos ao máximo.

O engajamento dos diretores da instituição na organização e participação ativa nas atividades propostas foi motivador para toda equipe multiprofissional envolvida no atendimento dos idosos.

Introdução
O risco de cair aumenta com o avançar da idade, o que coloca esta síndrome geriátrica como um dos grandes problemas de saúde pública devido ao aumento expressivo do número de idosos na população e a sua maior longevidade. Trata-se de condição com possibilidade de prevenção que demanda recursos que são escassos e aumenta a demanda por cuidados de longa duração. De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), acidentes com quedas representam a sexta causa de morte envolvendo pessoas acima dos 65 anos de idade. Quedas de pacientes produzem danos em 30% a 50% dos casos, sendo que destes, 6% a 44% são danos graves, como fraturas, hematomas subdurais e outros sangramentos, que podem levar ao óbito. A queda pode gerar impacto negativo sobre a mobilidade dos pacientes, além de ansiedade, depressão e medo de cair de novo, o que acaba por aumentar o risco de nova queda. O evento queda cursa com declínio funcional e consequente aumento de mortalidade. Ações efetivas de identificação de riscos específicos e ações de prevenção focadas nos riscos são necessárias para reduzir a frequência de quedas nos idosos.
Objetivos
O objetivo geral foi conscientizar usuários da unidade sobre riscos e prevenção de quedas, com definição objetiva do risco de quedas individualmente e participação de grupos de orientação sobre medidas preventivas.
Metas
  1. Orientação sobre equilíbrio e atividade física
  2. Orientação sobre cuidado dos pés
  3. Orientação sobre riscos ambientais e comportamentais
  4. Avaliação clínica cognitiva, acuidade auditiva e visual e detecção de fatores de risco com classificação de risco de queda conforme escala de Downton
Público alvo
Foram agendados 308 idosos, compareceram e tiveram participação em todas as modalidades oferecidas e avaliação clínica completa 250 idosos, sendo 196 mulheres com idades entre 60 e 88 anos e 54 homens com idades entre 60 e 96 anos.
Divulgação
Houve divulgação entre os usuários do AME Idoso Sudeste através de cartazes e informações durante as consultas e atividades desenvolvidas na unidade.
Número de participantes
250
Atividades
Todos os pacientes foram previamente agendados. A campanha foi estruturada de forma em que cada paciente foi avaliado por uma equipe multiprofissional, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Educador Físico, Enfermagem e Médicos, em sistema de rodízio, no modelo a seguir apresentado com duração média de 3 horas para todo circuito. 1) Oficina: Exercícios de força muscular e equilíbrio realizada no salão de convivência; 2) Palestra: Focando a importância da atividade física na prevenção de quedas. 3) Oficina: Focando nos riscos ambientais e comportamentais, tendo como exemplo a casa modelo demonstrando riscos ambientais domésticos e principais comportamentos de risco. 4) Palestra: Riscos ambientais e comportamentais. 5) Oficina: Cuidados com os pés, identificação de problemas de sensibilidade. 6) Palestra: Cuidado com os pés. 7) Avaliação de fisioterapia: Avaliação de equilíbrio e marcha. 8) Avaliação médica geriátrica: Avaliação médica de risco de queda constou de: a. Avaliação clínica com ênfase em doenças que cursam com instabilidades posturais, hipotensão ou outras causas de quedas. b. Avaliação cognitiva de risco de queda através de orientação temporoespacial e auto percepção. c. Avaliação funcional da marcha, uso de aditamentos e audição. Ao final do atendimento geriátrico, foi aplicada escala de risco de queda Downton com resultado do risco de queda com entrega de cópia da avaliação para o paciente com orientações sobre riscos e necessidade de tratamentos e acompanhamentos e eventualmente reconciliação medicamentosa. 9) Avaliação médica oftalmológica: acuidade visual foi avaliada com escala de Snellen e anotada acuidade visual com classificação em portador de déficit visual ou não portador de déficit visual com possível relação ao risco de queda Houve distribuição de materiais do tipo folhetos educativos "Cuidado com os pés" e "Prevenção de quedas" além da escala de avaliação de risco de queda individual para cada participante. Os pacientes classificados como de alto risco para queda foram recrutados após seis meses para nova avaliação e reforço de orientação quanto aos riscos.
Resultados
Resultados objetivos: participação de 250 idosos da ação de prevenção de quedas, com risco detectado em 47%. Orientações gerais e específicas dadas aos idosos sobre prevenção de quedas. Resultados subjetivos: conscientização sobre fatores de risco individuais e ambientais e sobre estratégias para prevenção. A experiência foi positiva para integração e organização da equipe multiprofissional, que passou a ter um olhar diferenciado para os riscos de quedas, que foi incorporado nas rotinas diárias de atendimento e orientações. A experiência foi também um piloto de atendimento em formato de circuito de atividades, com aproveitamento de recursos humanos e espaços físicos ao máximo. O engajamento dos diretores da instituição na organização e participação ativa nas atividades propostas foi motivador para toda equipe multiprofissional envolvida no atendimento dos idosos.

Ficha técnica

Município:
São Paulo
Instituição Responsável:
Ambulatório Médico de Especialidades - AME Idoso Sudeste - SES São Paulo/SPDM
Coordenação da experiência:
Eduardo Canteiro Cruz
Email da coordenação:
eduardo.cruz@ameidososudeste.spdm.org.br
Telefone institucional:
(11) 4280-2860
Esfera da experiência:
Grupo A - Estados e DF
Categoria da experiência:
Prevenção de doenças e agravos em pessoas idosas (quedas, violência, suicídio, doenças crônicas não transmissíveis, uso abusivo de álcool, tabaco e outras drogas; acidentes de trânsito, saúde sexual e prevenção à ISTs/HIV-Aids e hepatites virais, etc.)
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