Ano: 
2018
Categoria: 
Promoção da saúde da pessoa idosa (práticas corporais e atividades físicas, alimentação e nutrição, experiências inovadoras de educação em saúde etc.)
Região da Prática: 
Sul
Município: 
Florianópolis
Instituição Responsável: 
UFSC
Parceiros: 
Secetaria de Saúde do Município
Coordenação da experiência: 
Tânia Bertoldo Benedetti
Telefone institucional: 
(48) 3721-9462
Email da coordenação: 
taniabertoldobenedetti@gmail.com
Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
O que motivou a realização dessa experiência?: 
Com o envelhecimento há um aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que, além de liderarem o ranking das mortes no Brasil, diminuem significativamente a qualidade de vida e elevam, consideravelmente, os custos ao sistema público de saúde. Para prevenir ou controlar as DCNTs, a adoção e a manutenção de estilos saudáveis de vida, como a prática regular de atividades físicas e mudanças nos hábitos alimentares, devem ser incentivados. Idosos mais ativos e com uma alimentação saudável utilizam menos os recursos públicos como consultas médicas, internações hospitalares, utilização de medicamentos e vivem com muito mais qualidade e independência por mais tempo. O governo brasileiro tem apoiado diversas iniciativas que buscam promover saúde por meio de programas comunitários que modifiquem o estilo de vida da população. -. De norte a sul do país, observa-se um aumento dos programas de atividades físicas e hábitos saudáveis oferecidos por universidades, prefeituras e governo federal, especialmente na Atenção Básica à Saúde. Apesar do aumento nos incentivos públicos voltados à promoção de um estilo de vida saudável, as estatísticas de inatividade física e de DCNTs na população é preocupante. Como demonstram os relatórios governamentais o sobrepeso e a obesidade não param de aumentar em todas as faixas etárias [VIGITEL, 2017]. Os estudos na área de saúde relacionados à alimentação e atividade física buscam compreender as melhores formas de promover um estilo de vida ativo à população. Os programas de atividade física oferecidos para idosos nas comunidades têm demonstrado resultados na melhoria da saúde dos praticantes, mas com limitações. Aspectos como o alcance, o alto custo a falta de tempo, de profissionais, de interesse, de diferentes horários, estão entre algumas barreiras que impedem ou dificultam a participação regular e assídua da população a estes tipo de programas [Benedetti et al., 2017]. Infelizmente, por meio desse modelo, não conseguimos sensibilizar a maioria dos idosos sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis e melhorar as taxas de retenção. Os programas que utilizam técnicas comportamentais como o Active Living Every Day, (REF) ensinam as pessoas conhecimentos importantes a serem adotados para manterem hábitos saudáveis por longos períodos de tempo que levem em consideração a forma que fizer mais sentido para suas vidas. E, parece que os programas de mudança comportamental apresentam melhor relação custo-benefício quando comparados aos programas “tradicionais” de mudança de hábitos. Embora ambos sejam efetivos na promoção de benefícios à saúde. O presente projeto implementou o programa VAMOS – “Vida Ativa Melhorando a Saúde” para idosos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os participantes do programa de Atividade Física para a Terceira Idade no Centro de Desportos Centros da UFSC. Testamos o programa que tem como objetivo motivar as pessoas a adotarem um estilo de vida ativo e saudável. As UBS e a universidade são espaços que permitem mobilizar grande número de idosos com DCNTs a adotarem e manterem uma vida mais saudável. Enfim, este projeto busca oferecer um novo modelo para adoção de estilos de vida ativo que também seja capaz de auxiliar no controle e prevenção de DCNTs dos idosos. O programa VAMOS é uma proposta inovadora, criativa e com grande potencial no Brasil. Acreditamos que este projeto será de grande valia para o futuro da saúde pública brasileira e ajudará a trazer melhor saúde para a população, em especial, a idosa.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
A proposta contempla várias expectativas. Dentre elas podemos citar o empoderamento dos idosos para que ocorra a mudança de estilo de vida a partir do conhecimento, ou seja, entendendo os benefícios da prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável os idosos adquiram autonomia para a mudança. Além disso, a proposta de oferecer uma ferramenta que possa ser adotada pela equipe de saúde ou de outros profissionais e inserida na rotina das UBS é de extrema importância. Com adoção maior,o alcance aos idosos também é maior, e com a proposta acontecendo por turmas, é possível implementar o programa para várias turmas, uma seguida da outra. A efetividade do programa é observada em cada uma das turmas, ou seja, a mudança no estilo de vida em relação à prática de atividade física e a alimentação tem sido relatada em cada um dos grupos que oferecemos o programa. A implementação do programa ocorre conforme o previsto, a partir de um curso via Ensino a Distância que capacita e certifica profissionais da saúde para implantá-lo. O programa tem se mostrado sustentável, ou seja, no acompanhamento por um ano dos idosos que realizaram o programa está se mantendo parte dos resultados da efetividade. A ideia principal é oferecer um programa baseado em evidências e efetivo.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Desenvolver um programa que forneça autonomia e empoderamento dos idosos.
Contribuir para o aumento do percentual de idosos praticantes de atividades físicas e com melhores hábitos alimentares.
Mudar o comportamento em relação a prática de atividade física e a alimentação
Buscar um maior alcance de idosos participando do programa.
Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Idosos, acima de 60 anos, alguns grupos específicos para obesos.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Cartazes, convites pelas ACS, convites em turmas específicas
Onde foi desenvolvida?: 
O programa já foi desenvolvido com vários grupos. A proposta inicial do programa era apenas para idosos, mas como os próprios idosos relataram na sua primeira aplicação, ele deveria ser oferecido tambem para adultos para que pudessem adquirir os conhecimentos o mais cedo possível Já oferecemos o programa VAMOS para idosos participantes das Unidades Básicas de Saúde de Florianópolis, da Academia da Saúde de Belo Horizonte, no hospital da Universidade do Estado de Pernambuco e nos grupos de atividade física oferecido aos idosos pelo Centro de Desportos da UFSC.
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Por meio de convite.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
200
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
Em cada turma que oferecemos o programa em média participam 20 idosos. Até o momento já oferecemos o programa para mais de 20 turmas, sendo que específico para idosos 10 turmas e nos últimos três anos oferecemos para 08 turmas sendo 5 específicas para idosos (que é o nosso foco).
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
180
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
O programa VAMOS ele tem um inicio e fim. Ou seja, poucos idosos desistem do programa. Os que desistem fazem no inicio do programa por incompatibilidade de horário, por razões específicas de saúde. Realizamos um estudo sobre as barreiras para participar do programa e dentre elas problemas de saúde do participante ou de algum familiar foi o mais citado.
Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
O VAMOS é oferecido durante três meses, em 12 encontros semanais de 1h30min a duas horas de duração. A metodologia utilizada é de educação em saúde, ou seja, o programa não concentra atividades tradicionais de prática de atividade física ou práticas culinárias, pelo contrário, é um espaço para as pessoas compartilharem seus comportamentos e forma de melhorá-los. Esses encontros são conduzidos por um profissional de saúde de nível superior, chamado de multiplicador, certificado pelo Treinamento on-line para Multiplicadores do Programa VAMOS. Sugerimos que este profissional esteja sempre acompanhado por outro profissional da equipe de saúde, o qual o auxiliará com a preparação do ambiente e atividades de cada um dos encontros. Recomendamos que cada turma do VAMOS seja oferecido para, no máximo, 25 pessoas. Cada idoso recebe o material didático impresso que contempla 12 cadernos com diferentes temas referentes a cada um dos encontros do programa. O material didático é distribuído ao longo do programa, ou seja, a cada encontro o idoso recebe o caderno correspondente. Após a adoção do programa pela equipe de saúde, são distribuídos os cartazes, flyers e cartões de visitas pelos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, auxiliar de enfermagem, equipe multiprofissional e agentes comunitários de saúde) na comunidade adjacente a UBS. Uma vez definida a turma é acordado o primeiro encontro com local, data e horário adequados aos idosos. O protocolo de implementação do VAMOS prevê para cada encontro: a preparação do ambiente, a recepção dos idosos, a condução da seção (conteúdo e atividades) e o lanche para os idosos. O espaço físico necessário para os encontros deverá acomodar aproximadamente 30 pessoas sentadas e, se possível, deverá ter uma mesa. O grupo é composto por um multiplicador, um auxiliar e entre 6 e 25 idosos. O local deve ter acessibilidade para idosos e pessoas com alguma limitação, iluminação adequada, ventilação e clima agradáveis, banheiro, acesso à água, cadeiras confortáveis, acesso a tomadas de energia e lixeiras. Cada encontro é conduzido da seguinte forma: O multiplicador chega com antecedência, no mínimo 30 minutos, para preparar o ambiente. As cadeiras da sala são dispostas em circulo e, pontualmente no horário acordado, o multiplicador acolhe os idosos. Enquanto os idosos se acomodam na sala é registrada a frequência (quando da falta de um idoso o multiplicador entra em contato logo após o encontro para saber os motivos). Em seguida é distribuído o material didático a cada um dos idosos. O multiplicador inicia sua fala dando as boas-vindas, faz uma rápida atividade de descontração com os idosos e, em seguida, esclarece o objetivo daquele encontro. Em seguida solicita que cada um dos idosos faça um relato de como foi sua semana, em especial, sobre alguma mudança que tenha conseguido realizar na atividade física e/ou alimentação. Após este momento, o multiplicador inicia o encontro introduzindo o tema do dia. Ao longo da seção são realizadas atividades reflexivas, algumas são registradas pelos idosos (para aqueles com dificuldade de ler e escrever o multiplicador auxilia) no seu material didático, bem como estabelecimento de pequenas metas semanais, todas individuais (ex: caminhar 10 minutos ao dia, utilizar mais escadas ao invés de elevador, inserir mais verduras na alimentação, ingerir mais água, reduzir o consumo de sal ou açúcar, incluir uma fruta a mais ao dia). Ao final do encontro é realizado o momento do lanche saudáveis (dando preferências a produtos preparados de forma mais natural possível). No primeiro encontro este lanche é oferecido pela equipe de saúde. Nos demais encontros, os idosos se dividem e se responsabilizam por este lanche.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
O programa VAMOS foi muito bem aceito pela maioria das equipes de saúde e pelos idosos. Por ser uma proposta inovadora, as dificuldades são voltadas a compreensão das equipes de saúde sobre a proposta do programa, de forma que nem todas as equipes de saúde se comprometem com a implementação do mesmo
Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
As pesquisas realizadas com o VAMOS vêm apresentando resultados efetivos em relação à atividade física, alimentação, massa corporal e qualidade de vida. Houve redução do comportamento sedentário, aumento da atividade física leve e incremento de 10% no tempo de atividade física em intensidades moderada/vigorosa, menor consumo de temperos industrializados, redução do consumo de sal e óleo de cozinha, aumento do consumo de hortaliças (verduras e legumes) crus, redução de 0,5kg de massa corporal média e aumento da percepção da qualidade de vida. O programa VAMOS tem grande potencial para ser utilizado como estratégia de mudança de comportamento para atividade física e alimentação saudável contribuindo ainda mais para a promoção de saúde e prevenção de agravos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis à população idosa brasileira.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Muitos idosos adquiriram mais autonomia para a prática de atividades físicas e hábitos alimentares.
Aumentou o nível de atividade física moderada e vigorosa e diminuiu o tempo sedentário.
A mudança de comportamento começou a acontecer, embora ainda lentamente.
Mais oferta e consequentemente mais pessoas participando do programa VAMOS.
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
O que observamos por meio do nosso estudo que a uma procura maior de idosos querendo fazer o programa VAMOS. Embora por necessitar de material didático que tem um custo não conseguimos atender a demanda gerada. Em cada turam atendemos até 25 idosos, sendo que até o momento ja oferecemos 10 turmas para idosos, portanto em torno de 200 idosos já realizaram o programa VAMOS. Como resultado o que temos observado é o aumento no nível de atividade física moderada e Vigorosa, diminuição do tempo sedentário e aumento no consumo de frutas e verduras.
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Sim
Com que frequência se reúne?: 
quinzenalmente
Quais os pontos positivos da experiência?: 
- Ser um programa que tem inicio e fim, assim tem maior alcance. - Um programa que faz os idosos participantes pensarem sobre os seus hábitos alimentares e de atividade física. - Um programa em construção e com validação por meio de construções de teses e dissertações. - Um programa fácil de ser aplicado e que qualquer profissional da área da saúde poderá aplicar desde que faça o curso de certificação (disponível on-line).
Quais as limitações da experiência?: 
- O programa ainda necessita de ajustes. - O programa tem um custo em torno de R$ 100,00 por participante.
2018
-
Sul
Programa VAMOS

TÍTULO COMPLETO: Programa VAMOS

INTRODUÇÃO

Com o envelhecimento há um aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que, além de liderarem o ranking das mortes no Brasil, diminuem significativamente a qualidade de vida e elevam, consideravelmente, os custos ao sistema público de saúde. Para prevenir ou controlar as DCNTs, a adoção e a manutenção de estilos saudáveis de vida, como a prática regular de atividades físicas e mudanças nos hábitos alimentares, devem ser incentivados. Idosos mais ativos e com uma alimentação saudável utilizam menos os recursos públicos como consultas médicas, internações hospitalares, utilização de medicamentos e vivem com muito mais qualidade e independência por mais tempo. O governo brasileiro tem apoiado diversas iniciativas que buscam promover saúde por meio de programas comunitários que modifiquem o estilo de vida da população. -. De norte a sul do país, observa-se um aumento dos programas de atividades físicas e hábitos saudáveis oferecidos por universidades, prefeituras e governo federal, especialmente na Atenção Básica à Saúde. Apesar do aumento nos incentivos públicos voltados à promoção de um estilo de vida saudável, as estatísticas de inatividade física e de DCNTs na população é preocupante. Como demonstram os relatórios governamentais o sobrepeso e a obesidade não param de aumentar em todas as faixas etárias [VIGITEL, 2017]. Os estudos na área de saúde relacionados à alimentação e atividade física buscam compreender as melhores formas de promover um estilo de vida ativo à população. Os programas de atividade física oferecidos para idosos nas comunidades têm demonstrado resultados na melhoria da saúde dos praticantes, mas com limitações. Aspectos como o alcance, o alto custo, a falta de tempo, de profissionais, de interesse, de diferentes horários, estão entre algumas barreiras que impedem ou dificultam a participação regular e assídua da população a estes tipo de programas [Benedetti et al., 2017]. Infelizmente, por meio desse modelo, não conseguimos sensibilizar a maioria dos idosos sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis e melhorar as taxas de retenção. Os programas que utilizam técnicas comportamentais como o Active Living Every Day, (REF) ensinam as pessoas conhecimentos importantes a serem adotados para manterem hábitos saudáveis por longos períodos que levem em consideração a forma que fizer mais sentido para suas vidas. E, parece que os programas de mudança comportamental apresentam melhor relação custo-benefício quando comparados aos programas “tradicionais” de mudança de hábitos. Embora ambos sejam efetivos na promoção de benefícios à saúde. O presente projeto implementou o programa VAMOS – “Vida Ativa Melhorando a Saúde” para idosos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os participantes do programa de Atividade Física para a Terceira Idade no Centro de Desportos Centros da UFSC. Testamos o programa que tem como objetivo motivar as pessoas a adotarem um estilo de vida ativo e saudável. As UBS e a universidade são espaços que permitem mobilizar grande número de idosos com DCNTs a adotarem e manterem uma vida mais saudável. Enfim, este projeto busca oferecer um novo modelo para adoção de estilos de vida ativo que também seja capaz de auxiliar no controle e prevenção de DCNTs dos idosos. O programa VAMOS é uma proposta inovadora, criativa e com grande potencial no Brasil. Acreditamos que este projeto será de grande valia para o futuro da saúde pública brasileira e ajudará a trazer melhor saúde para a população, em especial, a idosa.

OBJETIVOS

  • O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa proposta contempla várias expectativas. Dentre elas podemos citar o empoderamento dos idosos para que ocorra a mudança de estilo de vida a partir do conhecimento, ou seja, entendendo os benefícios da prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável os idosos adquiram autonomia para a mudança. Além disso, a proposta de oferecer uma ferramenta que possa ser adotada pela equipe de saúde ou de outros profissionais e inserida na rotina das UBS é de extrema importância. Com adoção maior, o alcance aos idosos também é maior, e com a proposta acontecendo por turmas, é possível implementar o programa para várias turmas, uma seguida da outra. A efetividade do programa é observada em cada uma das turmas, ou seja, a mudança no estilo de vida em relação à prática de atividade física e a alimentação tem sido relatada em cada um dos grupos que oferecemos o programa. A implementação do programa ocorre conforme o previsto, a partir de um curso via Ensino a Distância que capacita e certifica profissionais da saúde para implantá-lo. O programa tem se mostrado sustentável, ou seja, no acompanhamento por um ano dos idosos que realizaram o programa está se mantendo parte dos resultados da efetividade. A ideia principal é oferecer um programa baseado em evidências e efetivo.

METAS

  • Desenvolver um programa que forneça autonomia e empoderamento dos idosos;
  • Contribuir para o aumento do percentual de idosos praticantes de atividades físicas e com melhores hábitos alimentares;
  • Mudar o comportamento em relação a prática de atividade física e a alimentação;
  • Buscar um maior alcance de idosos participando do programa.

PÚBLICO-ALVO

Idosos, acima de 60 anos, alguns grupos específicos para obesos.

NÚMERO DE PARTICIPANTES

200

DIVULGAÇÃO

Cartazes, convites pelas ACS, convites em turmas específicas.

ATIVIDADES

O VAMOS é oferecido durante três meses, em 12 encontros semanais de 1h30min a duas horas de duração. A metodologia utilizada é de educação em saúde, ou seja, o programa não concentra atividades tradicionais de prática de atividade física ou práticas culinárias, pelo contrário, é um espaço para as pessoas compartilharem seus comportamentos e forma de melhorá-los. Esses encontros são conduzidos por um profissional de saúde de nível superior, chamado de multiplicador, certificado pelo Treinamento on-line para Multiplicadores do Programa VAMOS. Sugerimos que este profissional esteja sempre acompanhado por outro profissional da equipe de saúde, o qual o auxiliará com a preparação do ambiente e atividades de cada um dos encontros. Recomendamos que cada turma do VAMOS seja oferecido para, no máximo, 25 pessoas. Cada idoso recebe o material didático impresso que contempla 12 cadernos com diferentes temas referentes a cada um dos encontros do programa. O material didático é distribuído ao longo do programa, ou seja, a cada encontro o idoso recebe o caderno correspondente. Após a adoção do programa pela equipe de saúde, são distribuídos os cartazes, flyers e cartões de visitas pelos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, auxiliar de enfermagem, equipe multiprofissional e agentes comunitários de saúde) na comunidade adjacente a UBS. Uma vez definida a turma é acordado o primeiro encontro com local, data e horário adequados aos idosos. O protocolo de implementação do VAMOS prevê para cada encontro: a preparação do ambiente, a recepção dos idosos, a condução da seção (conteúdo e atividades) e o lanche para os idosos. O espaço físico necessário para os encontros deverá acomodar aproximadamente 30 pessoas sentadas e, se possível, deverá ter uma mesa. O grupo é composto por um multiplicador, um auxiliar e entre 6 e 25 idosos. O local deve ter acessibilidade para idosos e pessoas com alguma limitação, iluminação adequada, ventilação e clima agradáveis, banheiro, acesso à água, cadeiras confortáveis, acesso a tomadas de energia e lixeiras. Cada encontro é conduzido da seguinte forma: O multiplicador chega com antecedência, no mínimo 30 minutos, para preparar o ambiente. As cadeiras da sala são dispostas em círculo e, pontualmente no horário acordado, o multiplicador acolhe os idosos. Enquanto os idosos se acomodam na sala é registrada a frequência (quando da falta de um idoso o multiplicador entra em contato logo após o encontro para saber os motivos). Em seguida é distribuído o material didático a cada um dos idosos. O multiplicador inicia sua fala dando as boas-vindas, faz uma rápida atividade de descontração com os idosos e, em seguida, esclarece o objetivo daquele encontro. Em seguida solicita que cada um dos idosos faça um relato de como foi sua semana, em especial, sobre alguma mudança que tenha conseguido realizar na atividade física e/ou alimentação. Após este momento, o multiplicador inicia o encontro introduzindo o tema do dia. Ao longo da seção são realizadas atividades reflexivas, algumas são registradas pelos idosos (para aqueles com dificuldade de ler e escrever o multiplicador auxilia) no seu material didático, bem como estabelecimento de pequenas metas semanais, todas individuais (ex: caminhar 10 minutos ao dia, utilizar mais escadas ao invés de elevador, inserir mais verduras na alimentação, ingerir mais água, reduzir o consumo de sal ou açúcar, incluir uma fruta a mais ao dia). Ao final do encontro é realizado o momento do lanche saudáveis (dando preferências a produtos preparados de forma mais natural possível). No primeiro encontro este lanche é oferecido pela equipe de saúde. Nos demais encontros, os idosos se dividem e se responsabilizam por este lanche.

EQUIPE

04 Professores Doutores de Instituição de Ensino Superior Nacional (Universidade Federal de Santa Catarina - UFSC - e Universidade Federal de Minas Gerais - UFMG):

02 Profissional de Educação Física

01 Profissional do Design

01 Profissional da Nutrição

04 Professores Doutores de Instituição de Ensino Superior Internacional (University of Nebraska Medical Center – UNMC – e University of Illinois at Urbana-Champaign – UIUC). 13 Estudantes de Graduação e Pós-Graduação:

07 Profissionais de Educação Física

03 Profissionais da Nutrição

01 Bolsista PIBIC

02 Alunos voluntários

02 Profissionais da equipe de saúde das UBS:

01 Multiplicador (profissional de nível superior certificado pelo Treinamento VAMOS)

01 Agente Comunitário de Saúde

Outros profissionais da equipe auxiliam na divulgação do programa dentro da UBS (recepção, sala de espera e consultórios).

EQUIPAMENTOS E RECURSOS FINANCEIROS

  • Físico: 1 sala que acomoda em torno de 30 pessoas (25 participantes, o multiplicador, um auxiliar) para os encontros. Este espaço físico geralmente é cedido pela UBS (sala de reuniões) ou então na própria comunidade (salão da igreja, salão comunitário);
  • Materiais: Cartazes, flyers, cartões de visita e material didático (12 livretos para cada um dos participantes);
  • Equipamentos: 1 balança, 1 estadiômetro e uma fita métrica para realizar as avaliações antropométricas e 25 pedômetros (contadores de passo) que são distribuídos aos participantes;
  • cada multiplicador recebe uma camiseta para ser usada quando da realização dos encontros.

As quantidades dependerão do tamanho da comunidade a ser convidada e o número de participante no programa. Este material é subsidiado por recursos federais que financiam o projeto ou por recursos da própria instituição idealizadora do projeto. O programa tem um custo em torno de R$ 100,00 por pessoa participante.

RESULTADOS

As pesquisas realizadas com o VAMOS vêm apresentando resultados efetivos em relação à atividade física, alimentação, massa corporal e qualidade de vida. Houve redução do comportamento sedentário, aumento da atividade física leve e incremento de 10% no tempo de atividade física em intensidades moderada/vigorosa, menor consumo de temperos industrializados, redução do consumo de sal e óleo de cozinha, aumento do consumo de hortaliças (verduras e legumes) crus, redução de 0,5kg de massa corporal média e aumento da percepção da qualidade de vida. O programa VAMOS tem grande potencial para ser utilizado como estratégia de mudança de comportamento para atividade física e alimentação saudável contribuindo ainda mais para a promoção de saúde e prevenção de agravos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis à população idosa brasileira.

Introdução
Com o envelhecimento há um aumento da prevalência de Doenças Crônicas Não Transmissíveis (DCNTs), que, além de liderarem o ranking das mortes no Brasil, diminuem significativamente a qualidade de vida e elevam, consideravelmente, os custos ao sistema público de saúde. Para prevenir ou controlar as DCNTs, a adoção e a manutenção de estilos saudáveis de vida, como a prática regular de atividades físicas e mudanças nos hábitos alimentares, devem ser incentivados. Idosos mais ativos e com uma alimentação saudável utilizam menos os recursos públicos como consultas médicas, internações hospitalares, utilização de medicamentos e vivem com muito mais qualidade e independência por mais tempo. O governo brasileiro tem apoiado diversas iniciativas que buscam promover saúde por meio de programas comunitários que modifiquem o estilo de vida da população. -. De norte a sul do país, observa-se um aumento dos programas de atividades físicas e hábitos saudáveis oferecidos por universidades, prefeituras e governo federal, especialmente na Atenção Básica à Saúde. Apesar do aumento nos incentivos públicos voltados à promoção de um estilo de vida saudável, as estatísticas de inatividade física e de DCNTs na população é preocupante. Como demonstram os relatórios governamentais o sobrepeso e a obesidade não param de aumentar em todas as faixas etárias [VIGITEL, 2017]. Os estudos na área de saúde relacionados à alimentação e atividade física buscam compreender as melhores formas de promover um estilo de vida ativo à população. Os programas de atividade física oferecidos para idosos nas comunidades têm demonstrado resultados na melhoria da saúde dos praticantes, mas com limitações. Aspectos como o alcance, o alto custo a falta de tempo, de profissionais, de interesse, de diferentes horários, estão entre algumas barreiras que impedem ou dificultam a participação regular e assídua da população a estes tipo de programas [Benedetti et al., 2017]. Infelizmente, por meio desse modelo, não conseguimos sensibilizar a maioria dos idosos sobre a importância de adquirir hábitos saudáveis e melhorar as taxas de retenção. Os programas que utilizam técnicas comportamentais como o Active Living Every Day, (REF) ensinam as pessoas conhecimentos importantes a serem adotados para manterem hábitos saudáveis por longos períodos de tempo que levem em consideração a forma que fizer mais sentido para suas vidas. E, parece que os programas de mudança comportamental apresentam melhor relação custo-benefício quando comparados aos programas “tradicionais” de mudança de hábitos. Embora ambos sejam efetivos na promoção de benefícios à saúde. O presente projeto implementou o programa VAMOS – “Vida Ativa Melhorando a Saúde” para idosos nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) e os participantes do programa de Atividade Física para a Terceira Idade no Centro de Desportos Centros da UFSC. Testamos o programa que tem como objetivo motivar as pessoas a adotarem um estilo de vida ativo e saudável. As UBS e a universidade são espaços que permitem mobilizar grande número de idosos com DCNTs a adotarem e manterem uma vida mais saudável. Enfim, este projeto busca oferecer um novo modelo para adoção de estilos de vida ativo que também seja capaz de auxiliar no controle e prevenção de DCNTs dos idosos. O programa VAMOS é uma proposta inovadora, criativa e com grande potencial no Brasil. Acreditamos que este projeto será de grande valia para o futuro da saúde pública brasileira e ajudará a trazer melhor saúde para a população, em especial, a idosa.
Objetivos
A proposta contempla várias expectativas. Dentre elas podemos citar o empoderamento dos idosos para que ocorra a mudança de estilo de vida a partir do conhecimento, ou seja, entendendo os benefícios da prática regular de atividade física e de uma alimentação saudável os idosos adquiram autonomia para a mudança. Além disso, a proposta de oferecer uma ferramenta que possa ser adotada pela equipe de saúde ou de outros profissionais e inserida na rotina das UBS é de extrema importância. Com adoção maior,o alcance aos idosos também é maior, e com a proposta acontecendo por turmas, é possível implementar o programa para várias turmas, uma seguida da outra. A efetividade do programa é observada em cada uma das turmas, ou seja, a mudança no estilo de vida em relação à prática de atividade física e a alimentação tem sido relatada em cada um dos grupos que oferecemos o programa. A implementação do programa ocorre conforme o previsto, a partir de um curso via Ensino a Distância que capacita e certifica profissionais da saúde para implantá-lo. O programa tem se mostrado sustentável, ou seja, no acompanhamento por um ano dos idosos que realizaram o programa está se mantendo parte dos resultados da efetividade. A ideia principal é oferecer um programa baseado em evidências e efetivo.
Metas
  1. Desenvolver um programa que forneça autonomia e empoderamento dos idosos.
  2. Contribuir para o aumento do percentual de idosos praticantes de atividades físicas e com melhores hábitos alimentares.
  3. Mudar o comportamento em relação a prática de atividade física e a alimentação
  4. Buscar um maior alcance de idosos participando do programa.
Público alvo
Idosos, acima de 60 anos, alguns grupos específicos para obesos.
Divulgação
Cartazes, convites pelas ACS, convites em turmas específicas
Número de participantes
180
Atividades
O VAMOS é oferecido durante três meses, em 12 encontros semanais de 1h30min a duas horas de duração. A metodologia utilizada é de educação em saúde, ou seja, o programa não concentra atividades tradicionais de prática de atividade física ou práticas culinárias, pelo contrário, é um espaço para as pessoas compartilharem seus comportamentos e forma de melhorá-los. Esses encontros são conduzidos por um profissional de saúde de nível superior, chamado de multiplicador, certificado pelo Treinamento on-line para Multiplicadores do Programa VAMOS. Sugerimos que este profissional esteja sempre acompanhado por outro profissional da equipe de saúde, o qual o auxiliará com a preparação do ambiente e atividades de cada um dos encontros. Recomendamos que cada turma do VAMOS seja oferecido para, no máximo, 25 pessoas. Cada idoso recebe o material didático impresso que contempla 12 cadernos com diferentes temas referentes a cada um dos encontros do programa. O material didático é distribuído ao longo do programa, ou seja, a cada encontro o idoso recebe o caderno correspondente. Após a adoção do programa pela equipe de saúde, são distribuídos os cartazes, flyers e cartões de visitas pelos profissionais de saúde (médicos, enfermeiros, dentistas, auxiliar de enfermagem, equipe multiprofissional e agentes comunitários de saúde) na comunidade adjacente a UBS. Uma vez definida a turma é acordado o primeiro encontro com local, data e horário adequados aos idosos. O protocolo de implementação do VAMOS prevê para cada encontro: a preparação do ambiente, a recepção dos idosos, a condução da seção (conteúdo e atividades) e o lanche para os idosos. O espaço físico necessário para os encontros deverá acomodar aproximadamente 30 pessoas sentadas e, se possível, deverá ter uma mesa. O grupo é composto por um multiplicador, um auxiliar e entre 6 e 25 idosos. O local deve ter acessibilidade para idosos e pessoas com alguma limitação, iluminação adequada, ventilação e clima agradáveis, banheiro, acesso à água, cadeiras confortáveis, acesso a tomadas de energia e lixeiras. Cada encontro é conduzido da seguinte forma: O multiplicador chega com antecedência, no mínimo 30 minutos, para preparar o ambiente. As cadeiras da sala são dispostas em circulo e, pontualmente no horário acordado, o multiplicador acolhe os idosos. Enquanto os idosos se acomodam na sala é registrada a frequência (quando da falta de um idoso o multiplicador entra em contato logo após o encontro para saber os motivos). Em seguida é distribuído o material didático a cada um dos idosos. O multiplicador inicia sua fala dando as boas-vindas, faz uma rápida atividade de descontração com os idosos e, em seguida, esclarece o objetivo daquele encontro. Em seguida solicita que cada um dos idosos faça um relato de como foi sua semana, em especial, sobre alguma mudança que tenha conseguido realizar na atividade física e/ou alimentação. Após este momento, o multiplicador inicia o encontro introduzindo o tema do dia. Ao longo da seção são realizadas atividades reflexivas, algumas são registradas pelos idosos (para aqueles com dificuldade de ler e escrever o multiplicador auxilia) no seu material didático, bem como estabelecimento de pequenas metas semanais, todas individuais (ex: caminhar 10 minutos ao dia, utilizar mais escadas ao invés de elevador, inserir mais verduras na alimentação, ingerir mais água, reduzir o consumo de sal ou açúcar, incluir uma fruta a mais ao dia). Ao final do encontro é realizado o momento do lanche saudáveis (dando preferências a produtos preparados de forma mais natural possível). No primeiro encontro este lanche é oferecido pela equipe de saúde. Nos demais encontros, os idosos se dividem e se responsabilizam por este lanche.
Resultados
As pesquisas realizadas com o VAMOS vêm apresentando resultados efetivos em relação à atividade física, alimentação, massa corporal e qualidade de vida. Houve redução do comportamento sedentário, aumento da atividade física leve e incremento de 10% no tempo de atividade física em intensidades moderada/vigorosa, menor consumo de temperos industrializados, redução do consumo de sal e óleo de cozinha, aumento do consumo de hortaliças (verduras e legumes) crus, redução de 0,5kg de massa corporal média e aumento da percepção da qualidade de vida. O programa VAMOS tem grande potencial para ser utilizado como estratégia de mudança de comportamento para atividade física e alimentação saudável contribuindo ainda mais para a promoção de saúde e prevenção de agravos relacionados às doenças crônicas não transmissíveis à população idosa brasileira.

Ficha técnica

Município:
Florianópolis
Instituição Responsável:
UFSC
Coordenação da experiência:
Tânia Bertoldo Benedetti
Email da coordenação:
taniabertoldobenedetti@gmail.com
Telefone institucional:
(48) 3721-9462
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Promoção da saúde da pessoa idosa (práticas corporais e atividades físicas, alimentação e nutrição, experiências inovadoras de educação em saúde etc.)
Parceiros:
Secetaria de Saúde do Município
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Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br