A adoção de propostas de Instrumentos de Avaliação do Idoso para Atenção Básica a partir do apoio temático aos municípios do Estado é o aspectos central desta experiência. Nesse sentido, um dos desafios centrais da Coordenação Estadual de Saúde do Idoso da Secretaria de Estado da Saúde do Rio Grande do Sul é organizar, pactuar e implantar uma linha de cuidados integrais (promoção, prevenção, tratamento e reabilitação), que proponha a organização de itinerários terapêuticos coordenados por intermédio de equipes multiprofissionais, com atuação interdisciplinar, priorizando o atendimento a parcela de idosos com risco maior de fragilização. A utilização de instrumentos que possam detectar idosos em situação de vulnerabilidade e risco, através de um conjunto de variáveis objetivas, uniformizando o conceito de fragilidade para os profissionais de saúde da Atenção Primária em Saúde é uma alternativa para garantir o sucesso da adequada alocação de pessoas idosas em uma estratégia longitudinal de cuidados.

Temos desenvolvido, enquanto proposta de trabalho, a realização de Apoio Temático para as equipes municipais de Atenção Primária em Saúde, realizando capacitações para adoção de instrumentos para avaliação multidimensional do idoso. O trabalho é desenvolvido conjuntamente às Coordenadorias Regionais de Saúde,através de oficinas com as equipes de Estratégia de Saúde da Família (ESF). Nas dinâmicas realizadas, utilizamos dois instrumentos de apoio para classificação de risco e fragilidade: a Avaliação Multidimensional Rápida da Pessoa Idosa e o Protocolo de Identificação do Idoso Vulnerável, que são parte integrante da nova Caderneta de Saúde da Pessoa Idosa. Estes instrumentos propõem uma síntese do que deve ser realizado pelas equipes de ESF com objetivo de garantir qualidade de vida a seus idosos. A incorporação dessas novas tecnologias de cuidado da população idosa é o passo mais importante para modificar o olhar sobre o processo do envelhecimento, saindo da abordagem com enfoque na doença e evoluindo em benefício da funcionalidade global dos idosos através do monitoramento de situações que põem em risco a independência e a autonomia do idoso. Representam uma avaliação rápida que deve ser utilizada para identificar problemas de saúde e condicionantes de declínio funcional em pessoas idosas.

O grupo tem conseguido manter os seus membros há 3 anos, com poucas desistências e boa participação. São observadas melhoras importantes nos exames laboratoriais, com diminuição dos níveis de Colesterol Total, Colesterol LDL e triglicerídeos. São observados também aumentos nos níveis de Colesterol HDL e melhora dos hábitos alimentares. Como consequência disso, em conjunto com a prática de atividades físicas, acontece a redução de peso.