Ano: 
2018
Categoria: 
Atendimento em grupo com pessoas idosas (grupos terapêuticos, grupos operativos, etc.)
Região da Prática: 
Sul
Município: 
Curitiba
Instituição Responsável: 
Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba
Coordenação da experiência: 
Serviço de Psicologia do Hospital do Idoso Zilda Arns
Telefone institucional: 
(41) 3316-5910
Email da coordenação: 
psicologia.hiza@feaes.curitiba.br.gov
Qual a esfera da experiência?: 
Grupo B - Municípios
O que motivou a realização dessa experiência?: 
A partir da grande demanda de familiares em processo de luto antecipatório, seguido de morte de seu ente querido, no atendimento do Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), o Serviço de Psicologia do HIZA atentou pela necessidade de desenvolver um programa de atenção a pessoas enlutadas do hospital, criando-se, assim, o ambulatório do luto.
O que se esperava modificar ou realizar através da iniciativa?: 
O objetivo da implementação do ambulatório foi ofertar a continuidade do acompanhamento psicológico ao paciente ou aos familiares após a alta hospitalar ou óbito. O Ambulatório do Luto visou oferecer um ambiente facilitador para o paciente falar sobre a perda, objetivando a aceitação da morte como realidade vigente, ou seja, viabilizar uma possível elaboração do luto.
Descreva as metas para o desenvolvimento da experiência (de 1 a 4, no maximo): 
Oferecer um espaço de acolhimento e escuta terapêutica a pessoas enlutadas do Hospital do Idoso Zilda Arns (familiares e pacientes que perderam alguém próximo), visando proporcionar suporte psicológico aos participantes
Possibilitar um espaço de identificação e troca de experiência entre os integrantes na modalidade em grupo.
Auxiliar os participantes a reorganizarem suas atividades cotidianas e projetos de vida na ausência do ente querido, sem desqualificar os sentimentos de saudade e afeto
Qual o perfil dos idosos envolvidos nessa experiência?: 
Adultos do sexo masculino ou feminino que apresentam demanda psicológica decorrente da perda de ente querido (esposa, marido, irmão, filhos, entre outros). Considerando que o Hospital é referência no cuidado ao idoso, a maior parte do público é idoso.
De que forma a experiência foi divulgada ao público?: 
Divulgação por meio de cartazes, fundo de telas dos computares do hospital, entrevistas em rádios e televisão, reunião com representantes das unidades do Sistema Único de Saúde, multimídia dos transportes públicos, palestras e participação em eventos.
Onde foi desenvolvida?: 
O projeto foi voltado inicialmente ao público do Hospital do Idoso Zilda Arns (2015-2016). Neste ínterim, observou-se grande resistência dos pacientes em participar e possíveis falhas no encaminhamento. A partir destas dificuldades, em 2017, uma nova proposta foi apresentada, com intensificação da divulgação no próprio hospital, bem como divulgação para outras unidades que compõem a rede do Sistema Único de Saúde, como os Centros de Atenção Psicossocial/CAPS e Unidades Básicas de Saúde/UBS do município de Curitiba/PR.
Como os idosos foram selecionados para participar?: 
Os participantes são selecionados por meio de triagem psicológica.
Quantos idosos pretendiam alcançar com essa experiência?: 
20
Quantos idosos participaram da experiência, por ano de atividade?: 
- Em 2016: 9 participantes, dos quais 7 eram idosos; - Em 2017: 26 participantes, dos quais 17 eram idosos; - Em 2018: 22 participantes, dos quais 13 eram idosos. Ressalta que houve participantes que iniciaram o acompanhamento psicológico desde a criação do ambulatório e permanecem até os dias atuais, sendo contabilizado uma vez em cada ano.
Ao final, ou até o momento, quantos idosos participaram da experiência?: 
28
Qual o principal motivo da saída dos idosos nas atividades da experência? Porque deixaram de participar?: 
Alguns motivos da saída dos idosos no ambulatório são: residir longe do hospital, indisponibilidade de familiares acompanharem nas consultas, perda frequente de consultas, não adesão ao tratamento, luto elaborado etc.
Descreva detalhadamente como eram as atividades realizadas: 
O Grupo Terapêutico em Luto ocorre semanalmente. Os participantes se apresentam e relatam acerca suas vivências do luto (tristeza, sentimento de culpa, vazio, impotência, desamparo, perda do sentido da vida, negação, raiva, revolta, etc.) e as dificuldades que estão vivenciando no momento atual, bem como discorrem sobre as vivências de enfrentamento do luto (religião, uso medicamentos estabilizadores do humor, família, atividades físicas, culturais, etc.). Durante o grupo, percebe-se o compartilhamento das experiências, a identificação da dor da perda, o acolhimento realizado aos sujeitos que demonstram fragilidade emocional, favorecendo o efeito terapêutico e a elaboração do luto de cada integrante. Nos atendimentos individuais, que ocorrem semanalmente, o paciente relata sobre as suas vivências do luto e as vivências de enfrentamento. Pode-se motivar nessa modalidade de atendimento o desenvolvimento do autoconhecimento e de resignificação da perda do ente querido pelo paciente.
Descreva quais as dificuldades encontradas para realização das atividades.: 
No início, foi encontrada a dificuldade de adesão dos pacientes ao Grupo Terapêutico ao Luto, bem como percebeu-se falha na divulgação do serviço. A partir destas dificuldades, em 2017, uma nova proposta foi apresentada, com intensificação da divulgação no próprio hospital, bem como divulgação para outras unidades que compõem a rede do Sistema Único de Saúde. Definiu-se, portanto, um novo fluxo de encaminhamento. Neste fluxo, os pacientes são encaminhados inicialmente para um ambulatório de triagem, no qual são avaliados pela psicóloga responsável e definida qual a melhor indicação para o paciente, acompanhamento individual ou participação no grupo terapêutico em luto.
Quais foram os resultados observados depois da implementação?: 
As mudanças observadas foram: - reformulação do projeto inicial; - maior adesão dos pacientes ao Grupo Terapêutico em Luto e no atendimento individual, após a intensificação da divulgação do serviço para outras unidades que compõem a rede do SUS; - atender pacientes, familiares de pacientes em cuidados paliativos em luto antecipatório, bem como oferecer continuidade neste acompanhamento a todos os familiares que necessitarem após o óbito do paciente; - melhora dos sintomas do luto dos participante.
Descreva os resultados observados de acordo com as metas previstas: 
Implantou-se o ambulatório de psicologia para atendimento ao luto.
Constitui-se um espaço de acolhimento e troca de experiência entre os integrantes no grupo terapêutico em luto
Formou-se um serviço de atendimento psicológico que auxilia o paciente no processo de elaboração do luto
Descreva em forma de indicadores quantitativos (números, proporções, taxas) os resultados alcançados pela experiência.: 
Percebeu-se um aumento significativo do número dos participantes no Ambulatório do Luto entre 2015 e 2018. O total de beneficiados foram 46 pacientes, dos quais 28 eram idosos, ou seja quase 61% dos participantes eram idosos. Entre 2016 e 2018 houve aumento de quase 150% dos participantes idosos.
Existe equipe responsável pelo monitoramento/avaliação da experiência?: 
Não
Com que frequência se reúne?: 
semanal
Quais os pontos positivos da experiência?: 
Os pontos positivos foram: criação de um serviço de psicologia ao atendimento ao luto, percepção da necessidade de aprimoramento da divulgação do serviço, acolhimento de pacientes que estão vivenciando o luto por perda de um ente querido, não gerou gastos significativos, a equipe que presta o serviço são funcionárias do hospital que se dispuseram se, forma voluntária, a trabalhar no ambulatório do luto.
Quais as limitações da experiência?: 
As limitações da experiência estão relacionadas à necessidade de aquisição de um monitoramento e avaliação do serviço, ao número de participantes restrito do ambulatório do luto, visto que apenas duas psicólogas que são responsáveis pelo serviço.
2018
-
Sul
Implantação de um Ambulatório de Psicologia para Atendimento ao Luto

TÍTULO COMPLETO: Implantação de um ambulatório de psicologia para atendimento ao luto

INTRODUÇÃO

A partir da grande demanda de familiares em processo de luto antecipatório, seguido de morte de seu ente querido, no atendimento do Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), o Serviço de Psicologia do HIZA atentou pela necessidade de desenvolver um programa de atenção a pessoas enlutadas do hospital, criando-se, assim, o ambulatório do luto.

OBJETIVOS

  • Ofertar a continuidade do acompanhamento psicológico ao paciente ou aos familiares após a alta hospitalar ou óbito;
  • Oferecer um ambiente facilitador através do Ambulatório do Luto para o paciente falar sobre a perda, objetivando a aceitação da morte como realidade vigente, ou seja, viabilizar uma possível elaboração do luto.

METAS

  • Oferecer um espaço de acolhimento e escuta terapêutica a pessoas enlutadas do Hospital do Idoso Zilda Arns (familiares e pacientes que perderam alguém próximo), visando proporcionar suporte psicológico aos participantes;
  • Possibilitar um espaço de identificação e troca de experiência entre os integrantes na modalidade em grupo;
  • Auxiliar os participantes a reorganizarem suas atividades cotidianas e projetos de vida na ausência do ente querido, sem desqualificar os sentimentos de saudade e afeto.

PÚBLICO-ALVO

Adultos do sexo masculino ou feminino que apresentam demanda psicológica decorrente da perda de ente querido (esposa, marido, irmão, filhos, entre outros). Considerando que o Hospital é referência no cuidado ao idoso, a maior parte do público é idoso.

NÚMERO DE PARTICIPANTES

20

DIVULGAÇÃO

Divulgação por meio de cartazes, fundo de telas dos computares do hospital, entrevistas em rádios e televisão, reunião com representantes das unidades do Sistema Único de Saúde, multimídia dos transportes públicos, palestras e participação em eventos.

ATIVIDADES

O Grupo Terapêutico em Luto ocorre semanalmente. Os participantes se apresentam e relatam acerca suas vivências do luto (tristeza, sentimento de culpa, vazio, impotência, desamparo, perda do sentido da vida, negação, raiva, revolta, etc.) e as dificuldades que estão vivenciando no momento atual, bem como discorrem sobre as vivências de enfrentamento do luto (religião, uso medicamentos estabilizadores do humor, família, atividades físicas, culturais, etc.). Durante o grupo, percebe-se o compartilhamento das experiências, a identificação da dor da perda, o acolhimento realizado aos sujeitos que demonstram fragilidade emocional, favorecendo o efeito terapêutico e a elaboração do luto de cada integrante. Nos atendimentos individuais, que ocorrem semanalmente, o paciente relata sobre as suas vivências do luto e as vivências de enfrentamento. Pode-se motivar nessa modalidade de atendimento o desenvolvimento do autoconhecimento e de ressignificação da perda do ente querido pelo paciente.

EQUIPE

02 psicólogas

EQUIPAMENTOS E RECURSOS FINANCEIROS

  • 15 Cartazes (utilização de papel, computador e impressora) para divulgação do Ambulatório do Luto no próprio hospital;
  • 1 sala para realizar o Grupo Terapêutico em Luto;
  • 1 consultório para atendimento das triagens psicológicas e das consultas individuais.

Os materiais de divulgação do Ambulatório, como os cartazes, foram ofertados pela Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde-FEAES. Estima-se que os custos dos papéis e tinta da impressora para os cartazes foram de R$50,00.

RESULTADOS

As mudanças observadas foram: - reformulação do projeto inicial; maior adesão dos pacientes ao Grupo Terapêutico em Luto e no atendimento individual, após a intensificação da divulgação do serviço para outras unidades que compõem a rede do SUS; atender pacientes, familiares de pacientes em cuidados paliativos em luto antecipatório, bem como oferecer continuidade neste acompanhamento a todos os familiares que necessitarem após o óbito do paciente; melhora dos sintomas do luto dos participante.

Introdução
A partir da grande demanda de familiares em processo de luto antecipatório, seguido de morte de seu ente querido, no atendimento do Hospital do Idoso Zilda Arns (HIZA), o Serviço de Psicologia do HIZA atentou pela necessidade de desenvolver um programa de atenção a pessoas enlutadas do hospital, criando-se, assim, o ambulatório do luto.
Objetivos
O objetivo da implementação do ambulatório foi ofertar a continuidade do acompanhamento psicológico ao paciente ou aos familiares após a alta hospitalar ou óbito. O Ambulatório do Luto visou oferecer um ambiente facilitador para o paciente falar sobre a perda, objetivando a aceitação da morte como realidade vigente, ou seja, viabilizar uma possível elaboração do luto.
Metas
  1. Oferecer um espaço de acolhimento e escuta terapêutica a pessoas enlutadas do Hospital do Idoso Zilda Arns (familiares e pacientes que perderam alguém próximo), visando proporcionar suporte psicológico aos participantes
  2. Possibilitar um espaço de identificação e troca de experiência entre os integrantes na modalidade em grupo.
  3. Auxiliar os participantes a reorganizarem suas atividades cotidianas e projetos de vida na ausência do ente querido, sem desqualificar os sentimentos de saudade e afeto
Público alvo
Adultos do sexo masculino ou feminino que apresentam demanda psicológica decorrente da perda de ente querido (esposa, marido, irmão, filhos, entre outros). Considerando que o Hospital é referência no cuidado ao idoso, a maior parte do público é idoso.
Divulgação
Divulgação por meio de cartazes, fundo de telas dos computares do hospital, entrevistas em rádios e televisão, reunião com representantes das unidades do Sistema Único de Saúde, multimídia dos transportes públicos, palestras e participação em eventos.
Número de participantes
28
Atividades
O Grupo Terapêutico em Luto ocorre semanalmente. Os participantes se apresentam e relatam acerca suas vivências do luto (tristeza, sentimento de culpa, vazio, impotência, desamparo, perda do sentido da vida, negação, raiva, revolta, etc.) e as dificuldades que estão vivenciando no momento atual, bem como discorrem sobre as vivências de enfrentamento do luto (religião, uso medicamentos estabilizadores do humor, família, atividades físicas, culturais, etc.). Durante o grupo, percebe-se o compartilhamento das experiências, a identificação da dor da perda, o acolhimento realizado aos sujeitos que demonstram fragilidade emocional, favorecendo o efeito terapêutico e a elaboração do luto de cada integrante. Nos atendimentos individuais, que ocorrem semanalmente, o paciente relata sobre as suas vivências do luto e as vivências de enfrentamento. Pode-se motivar nessa modalidade de atendimento o desenvolvimento do autoconhecimento e de resignificação da perda do ente querido pelo paciente.
Resultados
As mudanças observadas foram: - reformulação do projeto inicial; - maior adesão dos pacientes ao Grupo Terapêutico em Luto e no atendimento individual, após a intensificação da divulgação do serviço para outras unidades que compõem a rede do SUS; - atender pacientes, familiares de pacientes em cuidados paliativos em luto antecipatório, bem como oferecer continuidade neste acompanhamento a todos os familiares que necessitarem após o óbito do paciente; - melhora dos sintomas do luto dos participante.

Ficha técnica

Município:
Curitiba
Instituição Responsável:
Fundação Estatal de Atenção Especializada em Saúde de Curitiba
Coordenação da experiência:
Serviço de Psicologia do Hospital do Idoso Zilda Arns
Email da coordenação:
psicologia.hiza@feaes.curitiba.br.gov
Telefone institucional:
(41) 3316-5910
Esfera da experiência:
Grupo B - Municípios
Categoria da experiência:
Atendimento em grupo com pessoas idosas (grupos terapêuticos, grupos operativos, etc.)
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Coordenação de Saúde da Pessoa Idosa/DAPES/SAS/MS
Telefone: (61) 3315-6226
idoso@saude.gov.br