A Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa é uma iniciativa da Secretaria Municipal da Saúde do município de São Paulo, sem financiamento estadual ou federal. No município de São Paulo, a organização da atenção e da gestão do SUS caracteriza-se, ainda hoje, por intensa fragmentação de serviços, de programas, de ações e de práticas clínicas, existindo incoerência entre a oferta e as necessidades da população idosa. Frente à inexistência de uma rede organizada, com diversos pontos de atenção desarticulados, a Rede de Atenção à Saúde da Pessoa Idosa (RAS Pessoa Idosa) propõe-se a organizar o cuidado em saúde para este segmento populacional, que abranja todos os pontos de atenção, com realização de ações e serviços de promoção e proteção da saúde, prevenção de agravos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde, em tempo oportuno, superando a fragmentação existente, de forma a promover a integralidade baseada nas necessidades dessa população, centrada no indivíduo e considerando sua integração na família e na comunidade.

A organização da rede tem acontecido da seguinte forma: inicialmente, foi constituído um Grupo Condutor da implantação da Rede, com participação de representantes da Atenção Básica, das Áreas Técnicas, da Atenção Especializada, da Atenção Hospitalar, da Regulação e da Vigilância em Saúde. Foram realizadas seis reuniões: na primeira reunião, foram discutidos os objetivos e a metodologia de construção da RASPI, tendo em vista o plano de metas da cidade de São Paulo para o período de 2013-2016, que previu a construção de oito novas Unidades de Referência à Saúde do Idoso (URSI), as quais, em conjunto com as sete unidades existentes, comporão quinze unidades de referência no nível secundário da atenção. O Plano de Metas também prevê a implantação de cinco Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI) e quinze Centros Dia, ambos os equipamentos pertencentes à SMADS.