Segundo Severiano et al. (2018), a prevalência de doenças degenerativas, como a DP, tornou-se cada vez mais significativa com o aumento da expectativa de vida observado em todo o mundo. Garcia-Ruiz e Espay (2017) também apontam que a DP está associada ao envelhecimento e a maior expectativa de vida da população, porém o estilo de vida sedentário também tem grande contribuição para a manifestação da doença. As manifestações motoras são amplamente tratadas com a Fisioterapia. Dentre os vários recursos utilizados, a Fisioterapia aquática é aquela que utiliza os efeitos físicos, fisiológicos e cinesiológicos advindos da imersão do corpo em piscina aquecida como recurso auxiliar da reabilitação ou prevenção de alterações funcionais. A ação terapêutica da água aquecida acarreta aumento do metabolismo e diminuição da tensão muscular, proporcionando um ambiente agradável, confortável e relaxante. Além disso, um dos efeitos provocados pela imersão em meio hídrico seria o aumento dos níveis de dopamina no sistema nervoso central, que se mantêm por algumas horas após a imersão (SACCHELLI; ACCACIO; RADI, 2007). A pertinência da presente proposta de pesquisa baseia-se na relevância social e de saúde pública, que a prevenção de quedas e a capacidade funcional e/ou redução da gravidade dos seus efeitos assume atualmente numa sociedade com uma população portadora da Doença de Parkinson em ampla expansão. Levando em linha de conta que essas intervenções comunitárias através do Método Watsu (relaxamento) apresentam um custo reduzido e benefícios elevados, consideramos que os conhecimentos obtidos através desta pesquisa revelar-se-ão da maior importância, já que poderão fornecer informações importantes e relevante para a execução de medidas a médio e longo prazo que visem a melhoria da capacidade funcional e a prevenção de quedas nesta população. Assim, este estudo torna-se relevante pois a utilização deste recurso terapêutico no manejo clínico do paciente com DP traria enormes benefícios aos sintomas motores. Esses benefícios seriam utilizados na Fisioterapia aquática através do Método Watsu que é um método suave, caracterizado por alongamentos, movimentos rítmicos rotacionais e em espirais, trações e manipulações articulares, ora livres ora sequenciais, nos quais o terapeuta oferece apoio total, assemelhando-se a uma dança na água. Essas transições são tão importantes quanto às posturas em si, criando um sentido de continuidade e fluxo, que desenvolve confiança e ajuda o paciente a relaxar. Esse movimento rítmico promove ao paciente uma grande sensação de bem-estar o que favorece a diminuição da ansiedade e depressão e melhora a percepção da qualidade de vida. As manifestações motoras que os pacientes com DP desenvolvem, como capacidade funcional, são tão importantes quanto a qualidade de vida. Aliar a terapia aquática na tentativa de minimizar e prevenir quedas é de grande importância, pois trará ao paciente sensação de bem-estar e consequente melhor percepção da sua qualidade de vida. Estudos que busquem esta associação ainda são escassos na literatura e ensaios clínicos que visem este objetivo são válidos para elucidar que o Método Watsu poderá ser mais um recurso a ser utilizado com pacientes com DP minimizando esses sintomas.