O projeto intitulado "Pra vida toda valer a pena" tem o propósito de atender às demandas da Secretaria de Saúde e Assistência Social, devido ao elevado número de idosos referenciados na rede de serviço, com suspeita e diagnóstico de Alzheimer, e para atender às demandas dos cuidadores e familiares. Considerando que a doença de Alzheimer é uma doença degenerativa que afeta a memória e o processamento de informações até seus sintomas mais limitantes , sendo o tipo de demência mais prevalente nos idosos. O cuidado centrado na família é parte integrante da Política do SUAS e do SUS, a acolhida, o acompanhamento, a convivência comunitária, a prevenção de situações de violação de direitos. Também o acompanhamento em saúde e o cuidado ao paciente e sua família configura-se de extrema importância antes e após o diagnóstico de Alzheimer. Como objetivo principal do projeto destacamos a importância de atender o idoso com suspeita e diagnóstico de Alzheimer e sua família, principalmente com um diagnóstico recente, a fim de auxiliar na prevenção da progressão da doença até seus sinais e sintomas considerados mais graves. O projeto foi dividido da seguinte forma: em uma semana eram atendidos os pacientes e na semana seguinte os familiares. Nesse intervalo os familiares eram orientados a realizar algumas atividades de fortalecimento para a memória em casa. Durante cada encontro previamente planejado com a equipe para os pacientes, eram organizados materiais impressos para entregar aos idosos, geralmente trabalhados com imagens. Pois alguns idosos não eram alfabetizados. Em alguns encontros foram trabalhados jogos com eles, pensados conforme a particularidade de cada um. Em outros encontros foi realizado um convite para um profissional psicológo. A proposto do projeto prevê que outros profissionais sejam convidados ao longo do acontecimento dos encontros. Conforme os encontros foram acontecendo conseguimos identificar a melhor forma de trabalhar com cada idoso, pois os sintomas ainda que iniciais já estavam presentes e para alguns a dificuldade era maior. Entre os idosos, foi possível perceber que alguns possuíam maior atenção visual, outros maior atenção auditiva. Ainda assim, todos tinham 100% de atenção ao exercício físico realizado no início de cada encontro. Com base nesses resultados foi que os encontros foram acontecendo e sendo adaptados para cada paciente idoso convivendo com Alzheimer ou com a suspeita do diagnóstico. Nos encontros com a família, os quais ocorriam em semanas intercaladas, foram trazidos temas pertinentes e de grande relevância para para eles. Nos primeiros encontros foi discutido o tema "O que é o Alzheimer", o que foi de extrema importância pois os familiares se identificaram e também trouxeram suas próprias experiências e conseguiram se identificar no discurso do outro. No decorrer dos encontros, os familiares também recebiam orientações para o cuidado com paciente e também como deveriam trabalhar o autocuidado como forma de potencializar o cuidado com o ente querido. Assim como para os pacientes, para os familiares também está previsto o convite para participação de diferentes profissionais a fim de enriquecer a experiência e proporcionar maior qualidade de vida, tanto para os pacientes quanto para os familiares. Até o momento os resultados têm sido bastante satisfatórios e nos fazem pensar cada mais em novas abordagens para o trabalho com os idosos e familiares que convivem com o Alzheimer.